segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Encurtador de URL e QR Code

Pessoal,

Há algum tempo falei disso aqui no blog.

Os encurtadores de URL existem para reduzir os loooonnnnggggoooossss endereços de links para alguns endereços mais amigáveis.

Esses serviços fazem "apenas" a tradução de um arquivo de base 36 (as 26 letras minúsculas mais os 10 números) para uma outra base, por exemplo base 62 (26 letras minúsculas + 26 letras maiúsculas + 10 números).

Confuso? Nem tanto. Vamos colocar exemplos de coisas corriqueiras no mundo da informática.

Por exemplo, o número 255!

Por padrão, utilizamos a base decimal (10 números: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Utilizamos a base decimal porque temos 10 dedos nas mãos e aprendemos naturalmente a usar a base decimal. Assim, sempre que vimos um número, já pensamos em base decimal.

Entretanto os números pode ser escritos em outras bases. Mas, nessa situação, devemos indicar que a base não é a base decimal. Assim, devemos indicar se a base é, por exemplo, binária (&B - utiliza apenas "0" e "1"), octal (&O - utiliza números de "0" a "7" - 8 números) ou hexadecimal (&H - utiliza os 10 números mais a letra "a" para o número 10, letra "b" para 11, "c" para 12, "d" para 13, "e" para 14 e "f" para 15). Para decimal deveríamos utilizar &D, mas por padrão todos os números são decimais, exceto quando indicado que a base é outra que não a decimal.

Assim, o número 11 em binário não é onze. Na verdade ele é &B11 que corresponde a 3 na base decimal. Do mesmo modo, o número 11 em base decimal (&D11 - onze) corresponde a &B1011, &O13 ou &HB.

Já o número 255 (em decimal) corresponde a &B11111111, &O377 ou &HFF.

O objetivo é facilitar a utilização de números e realizar cálculos dentro de padrões diferentes. Por exemplo, os computadores só reconhecem "0" - off - e "1" - on. Ou seja, para um computador a base decimal não faz sentido, assim como para nós a base binária, salvo raras exceções, também não faz sentido.

Como os computadores agrupam dados em base de 2, temos número baseados em potência de 2. Se definiu que 8 bits (2ˆ3 bits) correspondem a 1 byte. Como a base decimal iria gerar o número 255, padronizou-se utilizar uma base múltipla de 2 que simplificasse esses números. Optou-se, então, por uma base de 16 caracteres (hexadecimal). Assim, &B11111111 corresponde a &D255 e &HFF (2ˆ8).

Alguns sites fazem esse serviço de conversão automaticamente. Eu gosto desse aqui.

Bom, retornando ao assunto inicial: esses serviços de encurtamento de URL (endereços da Internet) reduzem os endereços utilizando alguma base diferente da que utilizamos para escrever os endereços. O endereço https://jaymebc.blogspot.com/2021/01/controlando-o-transmission-pelo-iphone.html é reduzido para uma frase muito menor como https://tinyurl.com/yxbqt8h9. Ao invés de usar 80 caracteres, utilizamos apenas 28.

Isso foi criado (ou pelo menos ficou mais difundido ou mais relevante) para ser utilizado no Twitter, na época que apenas 140 caracteres eram permitidos (como não tenho Twitter, não sei se ainda são apenas 140 caracteres).

Diversos serviços fazem esse encurtamento. Eu, pessoalmente, gosto muito do tinyURL.com por ser totalmente gratuito e não precisar fazer registro para utilizar o serviço. Outro famoso é o bit.ly, mas agora começou a exigir registro e limitar o número de usos (para vender serviços).

Vários desses encantadores vendem serviços agregados: contagem de quantos cliques foram realizados nos encantadores, padronização dos nomes, geolocalização dos cliques, etc. O Google tinha um serviço bom mas encerrou há uns dois anos atrás. Bom, dê um Google aí para procurar opções ou então clique aqui :)

Aliado a isso, outra boa opção é utilizar um QR Code para conduzir a um link. Se isso parece trivial hoje, quando eu cheguei na internet e isso aqui era tudo mato, há algum tempo bem recente era novidade! A Microsoft chegou a criar um QR code desses em 2009 (Microsoft Tag), mas o serviço morreu nem sei quando. Era bem interessante porque utilizava um tamanho reduzido:


Hoje essesQRCodes estão em todos os lugares. E existe uma infinidade de sites que permitem a criação gratuitamente. Utilizo e recomento esses dois: 



Ambos os serviços são excelentes e oferecem extensas possibilidades para criação de QRCodes com link para pagamentos, direcionamento para site, inserção de eventos em agendas ou criação de Vcards (para contatos para celulares), etc. Muita coisa. Tudo de graça (às vezes custando apenas um cadastro).

Quando esses serviços eram novidade, era necessário instalar aplicativos nos smartphones para que eles conseguissem ler os QRCodes. Hoje isso já está "de série" em todos eles. Basta aponta a câmera e pronto!

Enfim, foi uma atualização de um post lá de 14/11/2010!!!

sábado, 23 de janeiro de 2021

Plex no FreeNAS

 Pessoal,

Antes de fazer o meu FreeNAS, estava assistindo os vídeos gravados pelo Elmedia (porque dava suporte a legenda e o VLC não dava). Contei isso aqui.

Para usar o Elmedia, utilizava a AppleTV. E tudo estava indo bem.

Quando a minha esposa resolveu usar o quarto do filho que nunca veio para fazer quarto de TV, me recusei a colocar mais um ponto de TV a cabo. Lá é onde está a BTV (aqui). A AppleTV foi pra lá também.

Na sala, onde assistimos filmes (por causa do home theather e imagem melhor da TV), estávamos sem opção para ver os filmes e vídeos gravados no NAS. Assim, resolvi usar o NAS para isso!

PlexTV é o nome da solução. Esse programa (tem para AppleTV, computador, iOS e Android, além de vários aparelhos de TV) e funciona muito bem, de um modo completamente profissional.

Basicamente você precisa ter uma versão Plex Server instalado num computador e jogar o sinal para que os outros dispositivos usem o aplicativo Plex para assisitir.

Aqui, eu instalei o PlexServer no FreeNAS (tem um plugin no FreeNAS). Vou falar a verdade: é bem complicadinho (criar usuário, criar jail, linkar uma coisa com outra, etc). Dá um bom trabalho. Vou deixar dois links pra ajudar: este aqui é a orientação do próprio Plex para instalar no FreeNAS; este outro aqui é um tutorial no YouTube muito bom, foi o que me guiou.

Bom, tudo instalado, copiei os filmes para a pasta selecionada e... nada! Os filmes, vídeos, nada apareciam! :(

Assim, fui procurar o que fazer. Descobri que tinha que mandar atualizar no PlexServer. O FreeNAS tem o endereço de onde acessar a página local do PlexServer. Se você usa no seu computador, também tem jeito de fazer isso. Dentro do Jail, tem o endereço (no meu caso, fixei o IP do PlexServer para ficar sempre esse, muito mais fácil - veja como fixar o IP aqui).


Assim, digitei esse endereço que aparece aí: 192.168.1.32 (esse é no meu caso, você tem que descobrir qual o endereço do seu Server).


Abrindo a página do Server, aparece isso. Quando você coloca o cursor em cima de alguma opção (filme, documentário, etc), aparece 3 pontinhos. Clique nesses pontinhos e escolha "Examinar arquivos da biblioteca".

Pronto! O Plex atualiza todos os arquivos da biblioteca. Agora, qualquer arquivo que você acrescentou vai aparecer no Plex.

É isso por hoje!


Controlando o Transmission pelo iPhone!

 Pessoal,


Quando eu tinha Android, uma das coisas legais era a existência de aplicativos com muita liberdade, muito mais liberdade do que a Apple concede na AppStore.

Bom, tanta liberdade tem um preço, às vezes alto. A PlayStore, com frequência, é acusada de hospedar aplicativos maliciosos que roubam informações dos usuários (aqui, aqui, e aqui, para citar apenas alguns exemplos). Quando há denúncias, eles prontamente removem os aplicativos, mas o estrago já foi feito. Isso ocorre também na AppStore da Apple? Sim, é obvio, mas com uma frequência absurdamente reduzida.

A primeira opção para invasão e roubo de dados em qualquer sistema é sempre pelo que tem mais usuários. Assim, isso ocorre mais com Windows e Android, que detêm maior market share em suas áreas. Obviamente os outros sistemas não estão seguros automaticamente, mas a tendência é que sejam alvos numa proporção muito menor do que a de seu market share. Claro que existem camadas de segurança em diversos níveis, mas MacOS, iOS e Linux são, reconhecidamente, mais difíceis de invasão.

(Market share de SO de desktop de 01/2009 - 01/2021 - fonte)

(Market Share de SO de smartphones de 01/2009 - 01/2021 - fonte)

Ou seja, qualquer pessoa que queira roubar dados e tiver pelo menos dois neurônios vai concentrar suas forças em Windows e Android.

E onde entra o controle do Transmission pelo iPhone nisso?

No Android existia uma versão mobile do uTorrent (que eu usava no Mac). Era muito prático: no celular, eu entrava em um site para olhar algum .torrent e fazia o download, remotamente, pelo aplicativo (baixava direto no meu computador). Muito prático.

No iOS, ÓBVIO, não existe isso. Nem em sonho. Mas não quer dizer que não dê para fazer.

A primeira coisa é ter o Transmission instalado no Mac. Feito isso, vá em Preferências do Transmission e habilite o "Ativar acesso remoto". Guarde a porta de escuta. Você pode escolher uma porta não utilizada aqui, se não quiser utilizar a porta padrão (não utilize alguma porta ocupada pois pode haver interferências no funcionamento de outros programas).



Agora vamos ao iPhone. Digite no browser o endereço IP do computador onde o Transmission está instalado. No meu caso é:

http://192.168.1.21:9091/transmission/web


Agora clique em "Go" ou "Ir" para abrir a página. Repare que é bem parecida com a tela do Transmission.

Agora vamos criar um atalho para facilitar o acesso.


Clique nessa caixa com seta ("Enviar para" ou "Send to")

Nessa tela abaixo, role a barra que apareceu (aquela onde aparece as fotos dos contatos do Whatsapp, etc, onde você escolhe para quem quer mandar uma foto, por exemplo). Irá aparecer essas opções e vamos escolher "Add to Home Screen".


Agora você pode escolher o nome que deseja. Pode deixar só Transmission se desejar, por exemplo.


Pronto, agora você já tem um "web app" instalado. Clique nele para abrir o link do Transmission (aquela tela logo depois de digitar o endereço).


Bom, tudo na vida tem limite. No iOS, mais um pouco ainda de limite.

O Safari no iOS não permite copiar alguns links de páginas (pelo menos eu não consegui), mas o Firefox no iOS não teve problemas. Assim, entre em algum site de Torrent, escolha o que deseja baixar, copie o link (as imagens abaixo são apenas para demonstração e o arquivo NÃO será baixado no meu computador, ok?)

No Safari acontece isso:

 

Ou o Safari seleciona o texto mas não dá opção para copiar o link ou, se você clicar no link, ele dá a mensagem de erro que o endereço é invalido.

Esse endereço é o magnet torrent. No Firefox, quando você pressiona no link, aparece uma lista de opções, inclusive copiar o link. Aí copia o link e coloca no Transmission do celular:






(Para reforçar: não baixei o arquivo, apaguei logo após salvar as imagens)

(NÃO escolha a opção DOWNLOAD!!! Clique e segure no link "Get This Torrent" para copiar o link)


(Aí está o link - esse "magnet:?) mais esse monte de informações. Arraste o menu embaixo do link para cima para achar o Copy Link)

(Abra o Transmission no celular e copie o link para essa pasta)

(Enter URL, também conhecido como "clique aqui e cole o link")

(Mande fazer o upload e seja feliz!)



Repare que começou a fazer o download no celular e no computador. Na verdade, começou no computador e a imagem do celular é o espelho do que o Transmission mostra no computador.

Ponto importante: como vocês devem ter reparado, utilizamos o IP da nossa rede local para acessar o Transmission.

Dito isso, se você estiver de fora da sua rede local, precisará acessar a rede local utilizando um IP válido. Falei disso aqui. Minha sugestão é que instalem um VPN (recomendo o PiVIPN, gratuito, que roda perfeitamente em um servidor Linux como Ubuntu Server em uma VM ou em um Raspberry Pi) em seus celulares para acessarem a rede local. Neste link, explico tudo passo a passo como fazer isso.

Bom pessoa, por hoje é só!

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Meus centavos de opinião na questão Twitter/Facebook/etc x Trump - “Discordo do que você diz, e atacarei até a morte seu direito de dizê-lo”.

 Pessoal,

O objetivo aqui não é discutir política ou outra coisa, apenas comentar um assunto que me incomodou bastante.

Dias atrás, quando houve a invasão no Capitólio, em Washington, o presidente americano, Donald Trump, foi acusado de ter incitado seus apoiadores a invadir o Congresso Americano no momento em que ocorria a ratificação da vitória de Joe Biden.

Sem entrar no mérito se houve ou não estímulo do presidente e se isso é motivo para impedimento ou não, um outro assunto me veio a cabeça e parece até mais importante que tudo isso: o fato do Twitter e do Facebook terem excluído Trump de suas plataformas.

Ora, até a Suprema Corte americana já havia reconhecido que o canal de Trump no Twitter era utilizado para comunicados oficiais (a Suprema Corte proibiu Trump de bloquear adversários no Twitter já que ele postava comunicados oficiais do governo americano). 

Assim, a exclusão da conta de Trump não é apenas a exclusão da conta pessoal, mas a exclusão da conta do Presidente dos Estados Unidos. É um pouquinho mais complicado. O Twitter calou não apenas Trump, calou o Presidente dos EUA. Ora, se Trump não pode calar seus adversários, pode ser calado pelo que diz na conta oficial do presidente (segundo a Suprema Corte)?

Além disso, parece haver um julgamento com dois pesos e duas medidas por parte do Twitter e Facebook. O presidente dos EUA foi excluido por "incitar o ódio". Por que pessoas como o aiatolá Khamenei, do Irã, que prega a destruição de Israel, promove o quê? Amor?


Se isso aí não é discurso de ódio, não sei mais o que é...

Outra pérola desse cara aí foi colocar um pôster sugerindo "solução final" para a questão sionista. Não vou colocar a imagem, mas se você quiser ver, está aqui.  Lembrando que "solução final" para questões sobre "judeus" era o que o regime nazista queria e promoveu - o Holocausto. Leia aqui.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, que andou matando uma turma lá na Venezuela que protestavam conta o regime de lá (além dos milhares que morreram por desnutrição), continua com sua conta aberta lá no Twitter.

Ora, um presidente eleito democraticamente tem sua voz calada no Twitter e um ditador ou um religioso que prega a destruição de um país podem continuar? Não sei, me parece errado.

Há quem diga que  são os termos do Twitter e do Facebook, entretanto os termos deveriam valer para todos os casos, não? Ou só valem para quem eles não gostam?

Ainda, cabe ao Twitter ou ao Facebook calarem as pessoas, calar uma conta oficial do presidente dos EUA?

Como diz um ministro do nosso STF que curte vinhos importados e lagosta, são "tempos estranhos".

Não sou favorável a controle estatal das coisas, ainda mais de imprensa, mas o controle apenas na mão de empresas privadas, com esse grau de abrangência, também me preocupa.

A solução? Não faço a mínima idéia, mas acho que estamos indo para o outro lado, o de não solucionar.

Por sorte, não tenho nem Twitter nem Facebook.

Dizem que Voltaire haveria dito “Discordo do que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo”. Parece que ele mesmo não disse isso. Essa frase parece ter sido escrita por uma autora de um biografia dele atribuindo a ele a autoria.

Enfim, a impressão que eu tenho é que a esquerda, seja aqui no Brasil, nos EUA ou em qualquer lugar do mundo gostaria de dizer o que faz na prática: “Discordo do que você diz, e atacarei até a morte seu direito de dizê-lo”. 

Isso que aconteceu, na minha humilde opinião, foi censura. Ponto. O Twitter censurou quem ele não gostava, que falava o que ele não queria ouvir.

Por hoje é isso!

sábado, 9 de janeiro de 2021

Atualizando o NextCloud no FreeNAS

 Pessoal,

Pequena nota sobre atualização do NextCloud no FreeNAS.

Dias atrás fui atualizar o NextCloud no FreeNAS e mandei direto pelo update do Jail. Travou numa tela de "Maintenance Mode":


Como o administrador do sistema sou eu mesmo, tive que me virar para resolver.

Já que não tenho dados sensíveis no NC, poderia simplesmente apagar tudo e reinstalar do zero, mas preferi fazer o mais difícil, claro.

O erro foi ter feito pela update do NC direto no FreeNAS. Deveria ter feito usando "./occ upgrade", mas não sabia. Nem que deveria ter feito assim nem como fazer assim...

A solução é bem simples.

Navegue até:

    /mnt/(jail pool)/iocage/jails/nextcloud/root/usr/local/www/nextcloud/config

Nesta pasta, procure o arquivo "CONFIG.PHP".

Abra ele com o comando "nano config.php" e procure pela linha" 'maintenance' => true," e troque o "true" por "false".

Depois saia com control+x, clique Y para confirmar a gravação no arquivo e recarregue a página do NextCloud.

Deve aparecer algo como isso:


Pelo que eu li, deveria ter dado certo fazendo isso, mas recebi o erro de "504 Gateway Time-out". Assim, reiniciei o jail e... nada! Deu o mesmo erro.

Ou seja, tenho que usar o ./occ mesmo.

Abri o jail do NextCloud no FreeNAS e abri o shell no jail.

$ cd /usr/local/www/nextcloud
$ su -m www -c /bin/sh
$ php ./occ maintenance:mode --off$ php ./occ upgrade

No shell do jail, ficou travado em uma mensagem: "Starting code integrity check...".

Voltei na tela do NC e mandei atualizar e, após vários updates de partes, apareceu a mesma mensagem e deu erro no final :(

Voltei à estaca zero.

Conclusão: vou apagar e reinstalar o NextCloud... 😒😕 Mais fácil.

ATUALIZAÇÃO!

Não vou mais instalar o NextCloud. Quando instalei, não estava nem usando, só ocupando espaço no disco. Como o disco é o mesmo do FreeNAS, é redundância besta.

Hoje uso o iCloud (200GB, compartilhados com a esposa), coloquei lá TUDO que preciso acessar em qualquer lugar e ainda está sobrando 100GB!

Obviamente não coloco fotos, videos e músicas. Mas faço backup de arquivos e documentos de trabalho e acesso no iPhone, iPad e qualquer um dos computadores. Minha esposa acessa no iPhone, no Mac dela e até no Windows daqui de casa e do escritório dela.

Além disso, ainda faço backup das coisas de trabalho no Dropbox e OneDrive. E copio todos pra HD externo e FreeNAS. Estou bem resolvido. Por enquanto.

Criando um executável de Python

Pessoal,


Como disse antes,  estou aproveitando os limões da pandemia pelo Coronavirus e da mudança do hospital para aprender alguma coisa de programação.

Estudei um pouco de C e achei duas coisas: a linguagem é extremamente poderosa mas difícil de utilizar. Os ponteiros, especificamente, são bem complicados e podem causar um bom estrago se usados erroneamente. Entretanto são fundamentais para operações de R/W em arquivos... Outra coisa: no mundo atual, a falta de uma boa GUI (como a obtida com o Xcode, por exemplo) para o C deixa ele para operações de fundo. Sei lá, foi a impressão que eu tive.

O aprendizado do C foi fundamental para, como li em todos os lugares, ir em frente. Assim, quando comecei a estudar Python, senti que a sintaxe lembra muito, muito mesmo, o C. Com muitas facilidades, diga-se de passagem.

Mas o Python, ao contrário do C, é uma linguagem interpretada e não compilada Assim, qualquer programa que eu fizer, precisarei que o usuário tenha o Python instalado e execute uma linha de comando:

 >python3 teste.py

Não é isso que eu quero. Gostaria de tentar fazer algo mais "profissional". Ainda não cheguei na parte de GUI para Python, mas pelo menos descobri como fazer um executável. Isso serve para Mac, Linux e Windows! Ou seja, o programa é feito onde você quiser, basta compilar em para os 3 sistemas e você terá o executável dele pronto!

Para isso, utilizei o "cx_Freeze".

No Mac, fiz assim:

    >python3

    >>>pip install cx_Freeze --upgrade

Pronto, cx_Freeze instalado.

Para executar, basta ir no Terminal (Linux ou Mac) ou CMD (Windows) e digitar:

     >cxfreeze <pasta_onde_está_seu_arquivo_.py> --target-dir <nome_final_do_seu_programa>

No Mac, para escolher a pasta, basta navegar no Finder até onde está o .py e arrastar o arquivo para o Terminal, logo após digitar o cxfreeze e completar a linha de comando.


Após dar <enter>, vai rodar o programa e, quando terminar, aparecerá uma pasta com o nome do programa e o executável lá dentro (no caso, listExtraS04E01 - primo). Crie um atalho e coloque-o onde quiser.

Execute pelo atalho e pronto!


Com certeza existem opções "mais profissionais". Opções como o cx_Freeze existem essas duas que eu sei:

    PyInstaller: instale com o comando "python3 -m pip install pyinstaller", vá até a pasta do seu programa e execute <pyinstaller yourprogram.py> e pronto (teoricamente). No meu caso, o executável encerrava sozinho (não era crash, apenas encerrava antes que eu fizesse alguma coisa no programa).

    py2exe :para criar executáveis para Windows, não é meu caso

Preferi o cx_Freeze, rodou sem problemas.

Esta é uma boa maneira, bem fácil, de começar. Você pode copiar essa pasta para onde quiser e executar o arquivo lá dentro.

Por hoje é isso!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Atualização das férias: Férias Frustradas parte 2

Pessoal, 

No começo do ano falei que minha viagem para Miami tinha sido cancelada por causa do Coronavirus. O plano era jogar a viagem pro fim do ano e aguentar a pandemia quietinho.

2020 veio igual a uma avalanche, teve de tudo. Tudo mesmo, desde o esperado até o inimaginável.

Em outubro resolvi desistir da viagem pra Miami. O pau lá continua quebrando, os voos continuam complicados. Devolvi a passagem sem problemas.

Aí fui ver onde estava "tranquilo": Egito e Turquia. Beleza, marco a viagem pra janeiro e pronto.

Aí vem a realidade e PAH! Fudeu outra viagem. Os casos de COVID voltaram a subir loucamente, Egito e Turquia estão pedindo PCR até da sombra. Desisti e cancelei a viagem. Desta vez vai ter alguma multa, eu acho.

Dois anos sem férias. Ninguém merece!

Pronto!

Feliz 2021!

Palm Tungsten E

Pessoal,

No início do século (falando assim parece MUITO mais tempo do que realmente é...) começaram a aparecer dispositivos portáteis para poder levar alguns arquivos (livros, músicas, planilhas e arquivos de texto) para onde o usuário quisesse. Vários modelos surgiram e morreram nesse períodos. Era tipo um smartphone, sem o telefone!

Basicamente, os dois sistemas mais fortes eram o Windows Mobile (aka Windows CE, da Microsoft) e o PalmOS (da Palm). Os grandes fabricantes eram a Dell e Compaq (que faziam o Dell Axim, por exemplo, e o iPAQ, ambos com Windows Mobile, conhecidos também como Pocket PC) e a Palm e a Sony (que faziam equipamentos com PalmOS - Sony Clie e diversos modelos da Palm).

Nessa época, as telas eram resistivas, ou seja, precisava da "canetinha" para funcionar. As telas hoje são capacitavas, não precisam mais dessas canetas (quem lançou a primeira tela capacitiva? A Apple, no primeiro iPhone).

O PalmOs tinha a maior parte do mercado. A maioria dos aplicativos eram para PalmOs mas o equipamento era mais simples. O Windows Mobile estava lá atrás, mas o SO era muito melhor, só que era difícil arranjar software para ele. Isso mudou depois, mais para o final da década de 2000. A Palm ficou parada no tempo e hoje não existe mais, enquanto o Windows Mobile assumiu a liderança do mercado com o surgimento dos smartphones e só foi cair quando surgiu o iPhone e o sistema Android.

Eu tive um Dell X50 (acho que era esse mesmo). Muito bom, mas muito limitado. Não achava software bom para ele, tudo era para Palm. Vendi pelo preço que paguei um ano antes e comprei um Tungsten E (era bem mais barato, diga-se de passagem - o Dell era uns R$2000 lá em 2004 e o Tungsten era menos de R$1000!). Alguns anos depois aposentei o Tungsten e meu celular e unifiquei no meu primeiro smartphone, o HTC TyTN II (que usava Windows Mobile!), esse sim uma máquina!

Ambos os sistemas eram bem robustos, mas o Windows Mobile era mais voltado para o mercado corporativo (tinha browser, etc) e o Palm era mais para o mercado doméstico.

Existem diversos emuladores de ambos os sistemas. PocketPalm, StyleTAP, PPC Emulator. Só procurar que tem tudo disponível na internet para matar a curiosidade e a saudade. Tem um bom site aqui.

Algumas lembranças não são tão boas - lembro que tinha um cartão de 256MB com um monte de música .mp3 e ficava ouvindo num plantão de CTI na 6a feira de noite. Isso porque eu era recém casado. Uma bosta de lembrança. Foram alguns anos nesse plantão de 6a feira 😩😩

Com os avanços de hardware e maior disponibilidade de programas, o Palm foi decaindo até sumir. Tentaram um soluço com uma versão mais moderna, webOS. Não vingou. A Palm foi comprada pela HP e o webOS foi parar em relógios inteligentes e TVs da LG.

Ainda tenho esse Palm. Funciona muito bem, apesar de todas as restrições do hardware: tela 320x320 pixels, sem câmera, 65k cores, 32MB de memória (expansível com cartão SD) e um processador ARM OMAP (Texas Instrument) 126MHz e bluetooth. Foi o Palm mais barato da linha Tungsten (E, E2, T, T2, T3, T5, W, C) e o mais vendido.

Lembro que tinha uns programas bons para apresentações, planilhas e edição de texto - Documents To Go.


É isso aí. Para a posteridade.

Os Smartphones que já tive!

 Pessoal,

Enquanto estou escrevendo outro post, resolvi colocar aqui os smartphones que já tive e um link para detalhes deles.


















  • Galaxy Nexus (ou SamSung Galaxy X no Brasil - aqui, aqui e aqui)





















































Algumas ponderações:

 - HTC TyTN II era excelente. Boa pega, bateria boa, me atendia muito bem. 

 - Nexus One - produzindo também pela HTC, era um bom telefone com um ecossistema em inicio de vida. O Android, nessa época, estava engatinhando. Sabe essa história de early adopter? Então, sou eu!

 - Galaxy Nexus - Veio capado para o Brasil numa versão Galaxy X, que não teria atualizações; troquei o firmware, ele virou o Galaxy Nexus vendido no EUA (o mesmo hardware). 

 - iPhone 4 - talvez um dos melhores e mais bonitos aparelhos que eu tive. Gostava muito dele, mas dava umas boas travadas também (será pelo jailbreak?).

 - Google Nexus 5 - produzido pela LG, era um excelente telefone. Rápido, bonito. Morreu com um pau na tela (ficava dando uns tremeliques até ficar inutilizável).

 - Motorola Moto X Style - uma bosta. Uma grande bosta. Travava pra caramba, esquentava tanto que dava pra cozinhar nele, se quisesse; não fiquei com ele nem um ano. Um lixo. Meu último Android.

 - iPhone 7 - excelente aparelho. Comprei ele no lançamento nos EUA (2016) e só troquei porque o microfone queimou e a bateria não estava aguentando 6 horas de uso.

 - iPhone SE 2020 - um Frankstein  - corpo do 8, câmera do 10 e processador do 11. O tamanho foi fundamental na escolha, porque detesto telefone grande; ele é idêntico ao 7 e ao 8 em dimensões externas. O leitor digital (ao invés do FaceID) também ajudou bastante na escolha. E claro, o preço - menos da metade do preço do iPhone 12!

Ainda me arrependo de ter vendido o TyTN II. Na época isso fez sentido. Enfim.

Nenhum telefone roubado. Nenhum telefone com tela quebrada. Sou um privilegiado!

Até o próximo post.