domingo, 24 de julho de 2022

Review: Monitor LG UltraWide 29WK600

Pessoal,

Troquei o monitor do meu computador aqui em casa.

Eu tinha um Monitor TV LG M2252D. Excelente monitor, com todas as conexões que eu precisava: um HDMI para o MacMini, um HDMI para o PS4, uma entrada VGA para ligar o MSX japonês (veja aqui) e entradas AV para ligar o Expert (veja aqui). Tinha controle remoto para ligar/desligar e alternar as entradas. Muito bom, atendia-me completamente!

Mas, depois de quase 10 anos de uso, a criança abriu o bico :(

Ele começou a piscar ocasionalmente, depois algumas linhas na metade esquerda da tela começaram a ficar com cores estranhas (independente de trocar os cabos) e, por fim, a definição da metade esquerda da tela ficou bem ruim. Chegou a hora de trocar de monitor.

Procurei bastante algum que tivesse todas essas entradas e tivesse um preço razoável. Não achei.

Então peguei esse aqui: Monitor LG UltraWide 29WK600.

As cores são lindas e super vívidas, o tamanho é excelente (ele é 2560x1080, ou seja, tem cerca de 30% a a mais de tela).


O áudio é beeemmm razoável, Confesso que o monitor antigo, por ter função TV, tinha um áudio muito melhor. Mas esse aqui tem um áudio aceitável passável.

Para resolver essas conexões, vou ter que fazer algumas trocas de cabos aqui, porque ele tem duas entradas HDMI e uma DisplayPort. Assim, vou colocar um cabo Thunderbolt -> DisplayPort para ligar o Mac, um HDMI para ligar o PS4 e vou ter que comprar um HUB HDMI para ligar os dois MSXs (em entrando em um cabo VGA -> HDMI e outro num AV -> HDMI). Deve resolver assim.

O preço foi bom: R$ 1530,00 numa promoção no Amazon. Monitores 4K eram muito maiores e muito mais caros.

As especs todas estão aqui.

Estou há duas semanas com ele e estou satisfeito.

É isso por enquanto.

Dica: Acessando remotamente o NextCloud sem precisar abrir portas do roteador!

Pessoal,


Descobri um serviço bem interessante para conseguir acessar remotamente um serviço rodando em nosso servidor sem precisar de IP fixo ou abrir portas no roteador.

Além disso, vai um macete para instalar o NextCloud do jeito mais fácil que encontrei.

Pra começar, precisaremos de uma máquina para o servidor. No meu caso, criei uma para teste dentro do Proxmox rodando o Ubuntu Server (tem vários posts aqui no blog sobre Ubuntu Server: veja aqui).

Bom, criada a VM e instalado o Ubuntu, dê o comando abaixo para instalar o NextCloud:

sudo snap install nextcloud


Após algum tempo, menos que um minuto, dever receber uma resposta como essa no final:

nextcloud 24.0.1snap1 from Nextcloud installed


O NextCloud está instalado na sua máquina! Fácil!

Para acessar, digite o endereço da VM no browser. Se não souber, digite:

# hostname -I

192.168.1.34


Pronto! Entre no seu NextCloud e divirta-se.

Quer mais? Então vamos habilitar o NextCloud para acessar https.

Primeiro digite: 

# sudo nextcloud.enable-https self-signed


E você deve receber a resposta: 

Generating key and self-signed certificate... done

Restarting apache... done


Agora vamos habilitar o NextCloud a permitir o acesso proveniente de fora da rede local. Primeiro vamos acessar o arquivo de configuração com:

# sudo nano /var/snap/nextcloud/current/nextcloud/config/config.php


Agora procure a linha no arquivo a linha de "trusted_domains":


E troque o endereço aí dentro por um asterisco. Deve ficar assim:


Agora vá ao site https://ngrok.com e faça seu cadastro gratuito. Esse site cria um túnel entre o terminal que você está acessando e o seu computador. Depois, para instalar o serviço no servidor, use o comando:

# sudo snap install ngrok


E você deverá receber uma mensagem como essa se tudo der certo:

ngrok (v3/stable) 3.0.6 from Kyle Wenholz (kyle-ngrok) installed


Agora tem uma pegadinha: para instalar a configuração do Ngrok, você tem que estar no diretório raiz do servidor. Se estiver em outra pasta, receberá uma mensagem de erro. Na página do serviço, após seu cadastro, haverá um link com comando para a instalação. Essa senha muda para cada cadastro e para cada serviço instalado. Aqui o comando para instalar foi:            
E a resposta foi:

Authtoken saved to configuration file: /root/snap/ngrok/79/.config/ngrok/ngrok.yml


Por último, vamos configurar por onde o ngrok vai acessar o NextCloud:

# ngrok http 443


Pronto. Ou quase. Essa última linha direciona o acesso externo para a porta 443 do servidor. Como a nossa conta no Ngrok é gratuita, temos esse endereço feio aqui embaixo (no campo Web Interface)


Digitando esse endereço no navegador, de qualquer browser em qualquer lugar, você acessará seu NextCloud neste servidor.

Assim, se você tiver um docker rodando em outro servidor com acesso por alguma porta específica, basta instalar o Ngrok naquele servidor e configura a porta dele (ao invés da 443) e acessar! Show!

Um detalhe é que ao dar o comando para criar o túnel (esse ngrok http 443), uma janela é aberta (essa figura aí de cima) e ela deverá ficar aberta durante todo o funcionamento do túnel

 - se você sair com da janela com Control+C, o túnel será fechado e seu serviço cairá;
 - se você simplesmente fechar a janela, perderá o controle do túnel (a interface web no site do serviço só permite fechar o túnel na versão paga);
 - para você ter novamente acesso ao controle do túnel, terá que dar o comando: killall ngrok  para fechar o túnel e recriá-lo novamente com ngrok http 443 , mas endereço do túnel será alterado.

Última dica do dia:

Como foi visto, aqui sairá um endereço feio, difícil para lembrar. Para facilitar, use um encurtador de link (já falei disso aqui e aqui). O endereço até pode não ser bonito também, mas será mais curto e mais fácil de lembrar...

Outra opção é criar uma conta no DuckDNS e fazer como eu expliquei aqui. Depois de criar a conta no DuckDNS e ativar o serviço para atualizar seu IP no serviço deles, é fundamental corrigir o trusted_domains (como explicado aí em cima) e autorizar o NextCloud a acessar o https (também explicado aí para cima).

Por hoje é isso!

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Acessando minhas VM de qualquer lugar via browser!

Pessoal,


A novela de conseguir acessar o conteúdo da minha rede de onde eu estiver está chegando perto do fim. Para tanto, faltam poucos detalhes.

Bom, vamos por partes.

A primeira coisa era organizar os dados e backups. Falei disso em vários posts: aqui, aqui e aqui, principalmente, mas no blog basta procurar que falo também em outros posts.

A segunda coisa era criar a ferramenta básica para acessar esses dados na rede. Assim, comentei sobre o Proxmox (aqui) e NAS (tem muitos posts sobre NAS no blog...).

Feito tudo isso, precisava acessar as VMs por algum browser porque seria o jeito mais fácil: isso está resolvido agora!

Cada SO pode ser acessado remotamente de várias maneiras:
    - VNC/Team Viewer: muito bom, mas não serve para VMs rodando versões sem GUI
    - SSH: muito bom, mas só serve para linhas de comando
    - RDP: muito bom, mas só serve para Windows

Ou seja, precisaria acessar cada coisa de um jeito "manual". Não era o que eu queria. Até que descobri o Apache Guacamole! (Sério, queria saber de onde esse povo tira esses nomes...)

Instalei uma versão de Docker (essa versão aqui, bem fácil de instalar) e segui esse tutorial do Techno Tim (ele fez pelo Rancher, eu preferi fazer pelo Portainer).

Bom, após entrar no Portainer e criar um conteiner novo, preencha assim os campos:

Name: guacamole
Image: onze/guacamole
Manual network port: host: 9600 -> container: 8080 TCP (a porta contêiner tem que ser a 8080, mas a host pode ser a que você quiser)
Restart Policies: coloquei Unless Stopped
Volumes: aqui você tem que criar um pasta para arquivos de configuração. Eu já tenho uma pasta criada, mas você tem que fornecer um endereço absoluto. No meu caso, ficou assim: 


Pronto! Suba o docker e acesse a página em qualquer browser digitando <IP do servidor>:9600 (aqui eu uso http://192.168.1.3:9600). Pronto. Só isso! No primeiro acesso, o username e a senha é "guacadmin". Entre, troque a senha e crie uma nova configuração como o Tim mostrou no vídeo. Por via das dúvidas, eu deixei o vídeo aqui embaixo:

(Veja aqui no YT)

Bom, muita coisa interessante pode ser encontrada no próprio site do Guacamole (aqui), mas vou deixar aqui algumas coisas que achei importante não esquecer.

Para Windows, em Edit Connection, não esquecer de colocar o protocolo em RDP! Em Parameters, o hostname deve ficar, idealmente, em um IP reservado (fixo) e a porta padrão RDP é 3389. Além disso, como faço login no Windows apenas com o pin, em username coloquei a login do meu email registrado no Windows (j***@hotmail.com) e a senha do email. Em Securite mode é NLA e marcar "Ignore server certificate". O resto é opcional para cada gosto.

Para Linux, em servidores sem GUI a escolha deve ser SSH. Em Parameters o hostname é, novamente, alguma coisa que resolva a localização e eu prefiro ir direto para o IP. A porta padrão é 22 para o SSH. Depois coloque o username e a senha em Authentication. Em Display, eu escolhi Green on black, mas aí é para cada gosto. E pronto.

Agora faltam duas coisas: provavelmente eu vou criar um servidor novo mais potente e deixar as VM mais parrudas e provavelmente eu vou precisar de um servidor para acessar isso de fora de casa (ainda trabalhando nisso).

Por enquanto é isso!