domingo, 11 de abril de 2021

Como acessar a imagem das Máquinas Virtuais do phpVirtualBox no Ubuntu Server?

Pessoal,

Comentei em um post anterior que iria acessar o Ubuntu Server via SSH.

Sim, a versão Server dá pra acessar por SSH (uma vez que ela não tem ambiente gráfico). Na verdade, todas as versões de Linux são acessíveis via SSH (até Windows e MacOS também), mas para as versões com interface gráfica o acesso apenas por SSH parece ser algo sem sentido...

Reparei uma coisa interessante no phpVirtualBox:



Na interface principal da VM, o campo Display tem em link. Tentei conectar nessa página aí, mas nada de conseguir. E, na segunda imagem, fala de Remote Display. Lendo a documentação do Virtual Box, é dito que ele se conecta via RDP (Remote Desktop Protocol).

Pensei: será que instala no Microsoft Remote Desktop?

Baixei no Mac App Store (só tem lá para Mac), cliquei no link da primeira figura (baixou um arquivinho ".rdp", um pequeno arquivo de configuração (87 bytes apenas).

Abri o Microsoft Remote Desktop, escolhi para importar configurações do arquivo .rdp:



Ele já configura tudo. A única coisa que mudei a resolução da tela. Pronto, apenas isso. De verdade. Clique duas vezes no ícone da máquina e pronto.


Assim, a coisa vai ficar desse jeito: servidor correndo OMV5 (Debian 10) com alguns dockers; Virtual Box rodando com gestão das VM pelo phpVirtualBox e acesso pelo Microsoft Remote Desktop.

Resolvido por hora. Agora dá para instalar Windows, Ubuntu Desktop, testar outras distros de Linux, reinstalar as VM com versões antigas do Windows, OS/2, etc... Uhu!

É isso!

Atualizando o IP público automaticamente para instalar o VPN no OMV5

Pessoal,

Falei neste post aqui sobre IP público, qual a importância dele para o VPN e como instalar o aplicativo do No-IP para atualizar automaticamente o IP público para um serviço gratuito de DNS.

Pois bem, o No-IP faz isso através de graça desde que você entre mensalmente no serviço deles e renove o pedido. Nada de mais mas é um pé no saco, convenhamos.

Pois bem, conheci hoje o DuckDNS. Na verdade eu já conhecia, mas não sei porque preferi o No-IP a ele. Ele faz a mesma coisa que o No-IP, mas sem precisar entrar todo mês.

Pois bem, no FreeNAS corria uma VM com Ubuntu Server que, entre outras coisas, fazia isso. O FreeNAS era baseado no BSD. Já o OMV é baseado no Debian, que é a base para o Ubuntu. Assim, teoricamente, eu poderia configurar o DuckDNS diretamente no console do Debian, só que preferi fazer pela VM do Ubuntu mesmo.

Vamos lá. Antes de tudo, você tem que entrar no site do DuckDNS, logar e escolher o domínio que você quer (o nome do seu domínio será http://<nome>.duckdns.org. Depois clique em "update ip" para o serviço "vincular" o IP público da sua rede ao domínio que você criou.

Como expliquei antes, é mais fácil guardar e digitar http://fulano.duckdns.org que 191.174.19.14. É para isso que serve o DNS. De novo, veja tudo isso bem explicado aqui!

Pois bem, agora abra o terminal do seu computador e vamos instalar. O site já monta um tutorial para instalação, disponível em install. Eu instalei no Ubuntu VM, que é Debian, que origina o Raspberry. Assim, usei o sistema operacional pi que eles mostram.

Vou partir do princípio que você está logado via ssh, é o root mas está na pasta /home/<usuário>. Isso garante que o processo corre na pasta do usuário, instalado e configurado pelo root.

Na pasta /home/<user>, vamos criar o diretório para instalar o programa de atualização. Digite:

mkdir duckdns

Agora vá para o diretório com:

cd duckdns

E vamos abrir o VI para criar o script de instalação:

vi duck.sh

O VI é bem chatinho de usar. Assim que abrir, tecle "i" para inserir textos. Ao final tecle ESC para parar de inserir e :wq (de write e quit) para gravar e sair. No VI copie o texto que está na página do DuckDNS (contém informações individualizadas do seu domínio e seu IP), que começa por "echo":

echo url="https://www.duckdns.org/update?domains=<seu domínio>&token=<seu token>&ip=" | curl -k -o ~/duckdns/duck.log -K -

Agora, ainda dentro desta pasta, vamos alterar as permissões do arquivo para torná-lo executável:

chmod 700 duck.sh

E agora vamos o usar o processo cron para rodar o script a cada 5 minutos (você pode alterar esse tempo se quiser, só mudar no texto a seguir:

crontab -e

E aqui está o texto que vamos colar no crontab. Esse número "5" é o intervalo de tempo para rodar o script:

*/5 * * * * ~/duckdns/duck.sh >/dev/null 2>&1

Salve com "Control+o" e saia com "Control+x".

Agora testaremos o script (se não mostrou nenhum erro, então deu certo):

./duck.sh

Agora vamos ver se a última tentativa foi bem sucedida. Se der OK, deu certo. Se der KO, deu errado.

cat duck.log

Se deu errado, provavelmente o token e/ou o domínio lá de cima estão errados (copie e cole o texto todo diretamente do site do DuckDNS, não daqui do blog, ok?)

E, para finalizar, vamos mandar iniciar automaticamente o cron quando o computador reiniciar. Digite:

sudo service cron start

Pronto, é isso. Agora é instalar o OpenVPN (ou, no meu caso, o PiVPN que é a mesma coisa só que portado para o Pi e é mais leve).

É isso.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Virtual Machine no OMV5 - Rodando o Ubuntu Server 20.04 LTS como VM!

Pessoal,

Consegui instalar VM no OMV5. Deu um bom trabalho e rolou um pouco de "gambiarra", mas deu certo.

Até onde tinha lido, o Debian 10, base o OMV5 não teria suporte ao Virtual Box. O recomendado seria usar o Cockpit. Até tentei várias vezes, mas não consegui fazer funcionar nem f*udendo!

Então pensei: vou instalar um Docker com Ubuntu Server. "Deve funcionar", pensei. Não, não consegui publicar o console do Ubuntu de jeito nenhum.

Então fui tentar instalar o Virtual Box direto pelo console do OMV5. Mas sempre dava um erro. Até que consegui algumas instruções deu certo. Interessante que está no fórum do OMV (veja aqui).

Então a coisa fica assim. No Debian 10 está rolando o OMV5 e o Virtual Box, ambos correndo paralelamente. Dentro do Virtual Box vai correr o Ubuntu Server. Cada um desses tem um IP diferente para acessar pelo Terminal.

Vamos lá. Tudo é feito pelo console do OMV5 (você tem que abrir o Shell, Terminal, Putty ou qualquer forma dessas para acessar o console).

Primeiro vamos instalar o Virtual Box 6.1, última versão no momento da publicação.

        wget -q https://www.virtualbox.org/download/oracle_vbox_2016.asc -O- | sudo apt-key add -

        wget -q https://www.virtualbox.org/download/oracle_vbox.asc -O- | sudo apt-key add -

      echo "deb [arch=amd64] http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian buster contrib" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/virtualbox.list

        sudo apt update

        sudo apt install linux-headers-$(uname -r) dkms

        sudo apt install virtualbox-6.1


Pronto, agora vamos instalar o pack de extensões do Virtual Box:

        cd ~/

    wget https://download.virtualbox.org/virtualbox/6.1.0/Oracle_VM_VirtualBox_Extension_Pack-6.1.0.vbox-extpack

        sudo VBoxManage extpack install Oracle_VM_VirtualBox_Extension_Pack-6.1.0.vbox-extpack


Agora vamos criar o usuário "vbox" e torná-lo membro do "vboxusers":

        adduser vbox

        sudo usermod -aG vboxusers vbox

        sudo systemctl status vboxdrv (para saber se o serviço vboxservices está ok, deve aparecer "active (exited)".


Pronto, se tudo deu certo o Virtual Box foi instalado e está funcionando!

Agora vamos instalar o phpvirtualbox, que vai publicar no navegador a página para criar e gerenciar as VMs que você quiser usar.

        sudo apt-get install php7.3-soap


Agora vamos para outra máquina. Eu baixei este arquivo no Mac, editei e mandei pro Debian pelo FileZilla (veja como aqui).


Extraia o arquivo, renomeie a pasta para "phpvirtualbox" (é mais fácil para trabalhar com este nome), abra o arquivo "config.php-example" que está dentro da pasta, localize e edite o conteúdo destas linhas:

terça-feira, 6 de abril de 2021

Instalando o Plex via Docker no Open Media Vault 5

Pessoal,

Aqui vai como fiz para subir o Plex no OMV5.

Procurei vários tutoriais e achei um bom vídeo no Youtube, Canal DB Tech.

A primeira coisa é determinar qual a divisão das suas mídias. Aqui eu fiz pastas para Clipes, Desenhos, Documentários, Filmes, Séries e Shows.

Além dessas, precisa de uma pasta para configurações. Para essa pasta, eu utilizei a mesma que já tinha feito para o Transmission (veja aqui). Na pasta Config, quando montei no tutorial para subir o Transmission, determinei que a pasta Config do Transmission ficaria em Config/Transmission. Assim, para cada Docker que precisar de uma pasta Config, é só colocar o "/novo Docker", ou seja, Config/Transmission para o Transmission, Config/Plex para o Plex, por aí vai. Fica mais organizado.

Agora, como fizemos com Transmission, você vai precisar saber o número UID do admin e o GID do user. Para conseguir esses números, vá no Shell do OMV (aqui uso o Terminal, via SSH) e digite, em modo SU, "id admin". Esse número é único para cada sistema. Anote o seu porque você vai precisar para muitos Dockers.


Para criar as pastas, vá em "Gestão de Direitos de Acessos", "Pastas Compartilhadas" e crie a pasta que você vai utilizar para armazenar os dados do Plex (Config, se ainda não tiver feito) e os arquivos de Midia.

O macete é criar PRIMEIRO as pastas compartilhadas (em Gestão de Direitos de Acessos). DEPOIS você vai em Serviços -> SMB/CIFS -> Compartilhamentos e adiciona a pasta que você já criou e compartilhou. Faça isso para todas as pastas que desejar criar (uma para configuração e outra para download). Só depois clique na barra amarela para aplicar as atualizações. As autorizações devem "Todos leem e escrevem" nas pastas compatilhadas e "Apenas Convidados" no compartilhamento de SMB.

A lógica aqui é: primeiro você cria a pasta e compartilha, depois você "publica" ela na rede via SMB, depois você aplica essas mudanças. Se fizer fora dessa ordem , não vai conseguir.

Agora você vai ter que conseguir o caminho absoluto de cada uma das pastas que criou. Para isso, dentro de Gestão de Direitos de Acessos -> Pastas Compartilhadas, clique em "Caminho relativo", colunas e selecione "Caminho absoluto".


O caminho absoluto é esse endereço grandão aí, "/srv/dev-disk-by-uuid(...)". O chato é que não tem como copiar esse endereço na página do OMV. Eu fiz o seguinte. Entrei no Firefox (eu normalmente uso o Safari), fui nesse lugar e salvei a página como TXT. Abri o arquivo TXT e copiei de lá o endereço. Lembre-se que ele começa no símbolo "/" e, no caso da pasta Config, termina no "Config/Plex" (para os outros não precisa colocar "/Plex" no final.

Copie tudo isso para um arquivo de texto para ajudar na hora de montar as informações do PlexServer.

Agora você precisará de uma imagem do Plex para o Docker. Eu estou achando as do LinuxServer muito boas. Usei esse aqui: https://hub.docker.com/r/linuxserver/plex/.


Aqui você tem duas opções. Ou fazer como no Transmission (cole o texto no Stacks e editar os campos que nós anotamos) ou fazer no braço.

Se fizer no Stacks, coloque o número do seu UID e GID em PUID e PGID, apague a linha da opção  PLEX-CLAIM e coloque o endereço absoluto em cada linha de "Volumes", mais ou menos assim:

 - /srv/dev-disk-by-uuid-653f3a41-960c-42e7-9d04-c57244dd1800/Config/Plex:/Config
 - /srv/dev-disk-by-uuid-bbab3456-cd03-474e-b55f-ba51e8105adb/Clipes:/Clipes

Faça isso para todas as pastas de mídia que você criou.

Pronto. Clique em "Deploy the Stack" e pule para a parte de configuração do Plex, mais abaixo.

A outra opção você terá que preencher esses campos aí de cima em um Docker novo. A grosso modo é a mesma coisa.

A segunda parte é configurar o Plex Server. Para isso, entre na página do Plex Server: <ip do OMV> : <porta do Plex> /web / index.html (essa porta é 32400 se você não tiver feito nada de errado).

DICA: Não esqueça o "/web/index.html". Eu fiquei meia hora escovando bit aqui tentando entender o que tinha feito de errado até atinar para isso!

Siga as orientações na tela, clique aqui, dispense pagar o Plex Pass, clique ali e vamos embora.

(Clique em "Adicionar Biblioteca")

(Clique em "Filmes" para adicionar Filmes e depois em "Adicionar pastas" para colocar a pasta Filmes que você criou lá atrás)

(Clique na pasta "Filmes" -> Adicionar e finalize com "Adicionar Biblioteca")

Faça isso para cada tipo de mídia (e cada pasta) que você criou.

Depois de tudo feito, clique nos três pontos que aparecem na frente de cada tipo de mídia e escolha "Examinar arquivos da biblioteca" para o Plex vasculhar as pastas e encontrar as mídias.



Pronto! Terminou.

Agora vá ao seu cliente para acessar o Plex e pode assistir.

Lembre-se, esse é o servidor do Plex. Para assistir os vídeos, você precisa de um aplicativo Cliente. Qualquer dúvida, confira a página do Plex.

Só para fazer justiça, aqui está o vídeo de onde tirei algumas informações



É isso!

[Atualização 01]

Mentira, é isso não! Percebi que alguns (vários) vídeos não apareciam no Plex, além de várias e várias pastas vazias. Estou tentando descobrir o que deu errado, mas uma coisa eu imagino: privilégios! Reparem que eu pesquisei lá no "id admin" o usuário "admin", ou seja, o root. Acho que os vídeos estão como usuário o "jaymebc", assim, o correto seria "id jaymebc", que gera o número do usuário jaymebc e não do root. Estou fazendo alguns testes e aviso aqui embaixo se deu certo!

Por enquanto fica assim.

[Atualização 02]

Deu certo mais ou menos. Mas descobri o que estava errado.

Em Gestão de Serviços de Acessos -> Pastas Partilhadas -> ACL (após marcar a pasta partilhada que você quer examinar), estava como proprietário "root". Mudei para admin, apliquei e pronto. Tudo se resolveu.

Como imaginei no começo, tudo é uma questão de obter privilégio do usuário, da pasta e do aplicativo.

Pronto, agora sim: É isso!

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Correção de erros na atualização do OMV

Pessoal,

Instalado o OMV4, fui tentar fazer as atualizações: tudo dando erro!!!

Procurei e achei essas soluções:

1 - algum problema no repositório: edite o arquivo /etc/apt/sources.list e troque o servidor instalado por algum desta lista. No meu caso, troquei o .br pelo .us.

2 - erro de DNS: edite o arquivo /etc/resolv.conf e acrescente o endereço 8.8.8.8 ou algum outro servidor de DNS de sua preferência.

Pronto, resolveu aqui para mim.

É isso.

Quer dizer, deu certo mais ou menos. A opção do Virtual Box saiu mesmo, nem no OMV4 consegui. Como já tinha conseguido arrumar o Plex e o Transmission por Docker no OMV5, resolvei voltar pro OMV5!

Instalei, já organizei os backups, já fiz o Transmission pelo Docker (veja aqui como) e arrumei um jeito fácil de montar o Plex, também pelo Docker.

Assim que terminar esse básico, vou arrumar a VPN (e vou contar como) e rodar um Ubuntu no Docker (preciso ver como publicar ele, isso que me agarrou).

É isso (agora é isso mesmo!)!

Resolvido -> Corrigindo erros de chaves RSA (ssh) no MacOS

Pessoal,

Nessa tentativa toda de arrumar o NAS, me deparei com uma coisa interessante. Na troca de um sistema (FreeNAS) por outro (OMV), quando tentei acessar o Shell do servidor pelo Terminal do Mac com o SSH, apareceu esse erro:


Na verdade, como alterei o IP da máquina (estava reservado, tirei a reserva e reservei novamente), o sistema entende que algo está errado porque a chave de segurança não bate mais. Ele entende que o sistema pode ter sido invadido e não permite mais a conexão.

Para corrigir isso (se você tiver certeza do que está fazendo, ou seja, que você fez isso e não um hacker), tem várias opções.

Preferi fazer essa: no Finder, pressione os botões <Shift + Command + "Ponto">:


Isso vai mostrar os arquivos e pastas ocultos.

Assim, ainda no Finder, clique no seu usuário --> .ssh (que estava oculto) --> abra o arquivo "known_hosts".

Este arquivo contém as chaves RSA registras. Apague a referente ao IP que você mudou.

Para concluir, pressione as teclas de novo para ocultar as pastas ocultas e não fazer besteira!

Pronto.

sábado, 3 de abril de 2021

Instalando Transmission via Docker no Open Media Vault

Pessoal,

Instalei o OMV5 ontem no server aqui em casa.

De cara percebi que vou ter um problema para instalar os plugins. Todos os sites, videos e guias que consultei antes de instalar o OMV mostram que, após instalar os "Extras", eles apareceriam em Serviços, na coluna à esquerda, como aqui:


Veja ali o Virtual Box, por exemplo.

Pois bem, já no meu caso,  isso não aparece de jeito nenhum. Assim, as várias opções disponíveis nos "Extras" não estão aparecendo para mim.

Dei um procurada e parece ser devido à versão que estou usando, o OMV5, baseado no Debian 10. Até o OMV4 era baseado no Debian 9. Isso parece ter algum problema com visualização.

***Atualização: é isso mesmo, o Debian 10 não dá suporte para o Virtual Box. Assim isso tá fora do OMV5. A sugestão sugerida é o Cockpit (que eu já dei uma olhada e não gostei nem um pouco).

Além disso, coisas simples como PlexServer ficaram bem mais complexas, precisando rodar pelo Docker. Ainda estou apanhando um pouco dele, não estou conseguindo subir os vídeos. Assim que resolver, coloco aqui.

(Vim do futuro para fazer uma atualização e um comentário: para subir vídeos para o Plex, veja aqui com fazer.)

Mas o Transmission já está funcionando. Vamos lá!

A melhor dica que consegui para fazê-lo funcionar, do modo mais fácil, foi através dos Stacks do Portainer.

Antes de tudo, você precisa saber o número UID e o GID do user. Para conseguir esses números, vá no Shell do OMV (aqui uso o Terminal) e digite, em modo SU, "id admin" (para saber essas informações do administrador, é claro; para saber outro, use "id <usuário>").


Anote esses números do seu sistema.

Depois, teremos que ir no OMV, em "Gestão de Direitos de Acessos", "Pastas Compartilhadas" e crie a pasta que você vai utilizar para fazer os downloads do Transmission.

O macete é criar PRIMEIRO as pastas compartilhadas (em Gestão de Direitos de Acessos), depois você vai em Serviços -> SMB/CIFS -> Compartilhamentos e adiciona a pasta que você já criou e compartilhou. Faça isso para todas as pastas que desejar criar (uma para configuração e outra para download). Só depois clique na barra amarela para aplicar as atualizações.

A lógica aqui é: primeiro você cria a pasta e compartilha, depois você "publica" ela na rede via SMB, depois você aplica essas mudanças. Se fizer fora dessa ordem , não vai conseguir.

Aqui eu criei uma chamada "Transmission". Note que você precisará conceder acesso total para todos os usuários ("Apenas convidados", essa é a opção que você tem que marcar), além de saber o "caminho absoluto da pasta" e liberá-la no SMB.


Se esse caminho absoluto não estiver aparecendo, vá em Gestão de Direitos de Acesso-> Pastas Partilhadas   e coloque o cursor em cima do nome de alguma das colunas ("Nome", "Dispositivos", etc). Deve aparecer uma seta para baixo. Clique nela com o botão direito do mouse e aparecerá um menu com opções para ordenar e "Columns". Colocando o mouse em cima de "Columns", abre-se outro menu suspenso com várias opções. Escolha "Caminho Absoluto". Esse é o caminho absoluto para a pasta que você precisa acessar.

Além dessa pasta, você também deverá fazer uma para armazenar as configurações. Aqui, fiz uma com o nome "Config" e lá dentro vou colocando tudo: Config/Transmission, Config/Plex, e por aí vai.


Agora vamos para a parte divertida. Acesse o site "hub.docker.org" e localize o repositório que deseja. Eu escolhi esse aqui, do LinuxServer. Eles dão boas dicas para a instalação. É recomendado a instalação pelo Docker Composer.

Basicamente a gente vai copiar este texto, colar no Stacker, editar alguns parâmetros e pronto. As linhas opcionais (Transmission_Web_Home, USER, PASS, Whitelist, Host_whitelist) eu simplesmente tirei. Se você quiser, pode deixar, por exemplo, o user e pass para colocar o nome do usuário e senha.

Dentro do PUID você vai colocar o número do UID do seu sistema; faça a mesma coisa com o PGID.

Dentro de Volumes você vai substituir "<path to data>" pelo endereço da pasta Config/Transmission e "<path to downloads>" você troca pelo endereço do Transmission.

O meu ficou assim:


Agora vá na parte inferior e clique em "Deploy the Stack". Pronto.

Entre no ip do Stack do Transmission (<ip do seu roteador> : <porta que você liberou> / transmissão / web /) e confira se está tudo ok.

Depois você coloca um link como um aplicativo para iPhone, como eu mostrei aqui!

Por enquanto é isso.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Novo NAS - Open Media Vault

Pessoal,

Já contei em vários posts aqui do blog sobre o NAS que eu fiz utilizando o FreeNAS (aqui sobre o próprio OpenMediaVault - OMV - quando fiz um teste no RP3, aqui quando fiz um dual boot no MacWhite para instalar o Ubuntu Server e instalar o NextCloud via Docker, aqui sobre a tentativa frustrada de abrir o roteador para acessar a minha rede fora de casa, aqui sobre a VPN com o OpenVPN e NoIP - solução que vou manter no OMV também -, aqui onde falo das minhas impressões sobre o OMV, XPEnology e FreeNAS e porque tinha decidido a usar o FreeNAS e, por último, aqui onde falo do FreeNAS e utilização para PlexServer e backup - incluindo o TimeMachine).

O FreeNAS é derivado do FreeBSD e o OMV é derivado do Debian (Linux). Ambos são derivados do Unix, mas cada um com uma proposta um pouco diferente. O BSD (que origina o FreeBSD) é a base, inclusive, para o MacOS (sim, o MacOS é derivado do BSD e, assim, do Unix! Linux e MacOS são, de certo modo, primos!).

Quando tinha optado pelo FreeNAS, eu vi e gostei muito da forma de instalar "plugins" nele, pelos Jails. Eu não sabia, todavia, que o OMV também tinha essa opção (OMV Extras). Pelo que percebi, o FreeNAS é um pouco mais complexo devido aos jails, que tem um sistema de permissões mais complexos. O OMV, ao contrário, parece ser um pouco mais flexível.

Como exemplo, não adianta simplesmente instalar um jail do NextCloud ou instalar o Docker no FreeNAS e instalar o NextCloud nele. Para acessar o pool de arquivos, é uma luta. Parece (digo parece porque ainda não instalei isso no OMV) que o sistema de instalação e compartilhamento no OMV é bem mais simples.

Outra coisa que havia me direcionado ao FreeNAS era o suporte à VM. O problema é que o FreeNAS usa toda a RAM que eu coloquei como cache. PQP! Haja RAM! Assim, as VM ficam leeeennnntttttaaaaassss! Inutiliza toda a ideia do negócio. Óbvio que tem solução: colocar um SSD para cache, por exemplo, mas não vou gastar nada com isso.

Aí vi que o o OMV tem suporte a VM também, utilizando o Virtual Box. Acho que aí eu resolvo minha questão com VM.

Além disso, outras coisas motivaram essa troca toda.

Uma delas foi a esdrúxula decisão do Yahoo de acabar com o Auto Forward de mail. Uma das medidas mais antipáticas que já vi. Lá pelos idos 1997, quando a internet começou a chegar no Brasil, eu ainda estava na Faculdade de Medicina da UFMG. Na época, criaram o Centro de Informática Médica na faculdade e disponibilizaram emails para os alunos. Eu tinha um e era bem simples (como toda a internet da época). Aí apareceram o Yahoo Mail (fiz dois, um .com.br e um .com), o HotMail (também fiz um, antes de ser comprado pela Microsoft) e na iG (lembram dela?).

Pois bem, quando saí da faculdade, o acesso ao email da FM-UFMG foi cancelado. Comecei a usar o iG como meu email principal. Depois, mudei para o yahoo.com.br. Quando o Gmail surgiu, a interface dele era melhor e comecei a utilizar o Auto Forward do Yahoo para o Gmail, que acabou sendo a minha interface de email, apesar de receber e responder como yahoo.com.br.

A questão passou a complicar no começo de 2021, quando o Yahoo acabou com o auto forward para as contas gratuitas, alegando que não havia segurança, mas manteve para as contas pagas. Peraí! Não é seguro para conta gratuita mas é seguro para conta paga? PQP! Arranja outra desculpa melhor, né?

Como vários serviços e sites que eu acesso estavam cadastrados com o email Yahoo, fui mudando, ao longo de alguns meses para o Gmail. Atualmente só utilizo o Yahoo para o NoIP e a Apple.

Assim, aproveitei toda essa mudança e vou trocar o serviço do NoIP do Yahoo para Gmail. Só que isso vai resultar na reconfiguração do serviço de DNS dinâmico que preciso para o OpenVPN.

Enfim, dadas as devidas explicações, confirmei que todos os meus arquivos backupados no FreeNAS estão nos meus HD externos e mandei ver na troca do FreeNAS pelo OMV.

Além disso, aproveitei um HD de 500GB parado aqui para colocar no servidor. Assim, ele vai ter um HD de 500GB para rodar o OMV (mais que necessário), além de um de 1TB que já está nele e mais alguns externos para fazer o serviço de Storage.

A instalação é super simples. Após baixar a imagem estável no site deles (eles direcionam para o SourceForge, aqui), basta seguir as instruções na tela. Ja mostrei a instalação no primeiro post da série "Em busca do NAS doméstico (quase) gratuito!". Lá eu tinha mostrado como fazer no RP3 com o RaspOS instalado. Hoje fiz diferente: gravei a ISO baixada num pendrive bootável, desconectei os HDDs do servidor, coloquei o pendrive e reiniciei a máquina. Na hora de escolher onde gravar o OMV, formatei o HD interno da máquina e gravei nele. O resto é só seguir as instruções.

Duas coisas importantes: primeiro, reserve um IP fixo para o server, ajuda muito. Já falei disso aqui e vale sempre recomendar a leitura. Segundo, escolha uma boa senha.

Após instalar e trocar a senha, vá em Sistemas -> Update Management e atualize tudo que houver para ser atualizado.


O OMV, ao contrário do FreeNAS, não tem uma opção para acessar o Shell. E, ao contrário do RP, onde podemos instalar como um programa no RaspOS e acessar o Shell via VNC, o OMV não tem suporte para VNC (não ainda e não o VNC). Assim, ou você precisará de um monitor e um teclado para digitar algumas linhas de comando ou você pode utilizar o SSH. Por padrão, o SSH já está habilitado no OMV e você acessa digitando:

        ssh <usuário>@<endereço do OMV> <enter>

No meu caso, é:

        ssh root@192.168.1.2 <enter>

Usuários do Windows precisam, se não me engano, acessar pelo Putty.

Uma vez dentro do Shell do OMV, instale os "extras" com a seguinte linha de comando:

     wget -O - https://github.com/OpenMediaVault-Plugin-Developers/packages/raw/master/install | bash

Esses extras é que contêm a parte divertida: Docker, Transmission, PlexServer, Vitual Box, etc. Mas vamos falar disso mais pra frente.

Agora vamos preparar os discos para Storage.

Uma das grandes vantagens do FreeNAS e do OMV é aceitarem, nativamente, discos via USB (o XPEnology não aceita nativamente).

Após conectar o disco, vá em File System (ou Sistema de Ficheiros). Veja que o disco que você acabou de conectar NÃO está lá.


O disco, para aparecer, precisa ser "criado". Assim, quando você escolher Criar, aparecerá uma pequena tela que mostrará o disco conectado:


Escolha o disco, crie o nome e formate em EXT4. Como tenho dois discos para backup, ficará assim: o disco do OMV será sda, o primeiro backup será sdb e o terceiro será sdc. Esse é um processo um pouco demorado, a depender do tamanho do disco. Tudo que está nos discos será apagado!

Um detalhe: se a ideia é fazer algum RAID com discos externos, esqueça! O OMV, ao contrário do FreeNAS, não permite!


Não é um grande problema, pelo menos não inicialmente. Posso colocar esses dois discos (ambos de 4TB) para gravarem sequencialmente, mais pra frente comprar um de 8TB para fazer isso também ou, também mais pra frente, comprar uma gaveta e colocar dois discos lá dentro do server. A ver.

Após a criação e formatação dos discos, vamos montá-los no sistemas. Tentei formatar os dois ao mesmo tempo, mas eles estavam sendo persistentemente excluídos. Assim, tirei os dois do computador, liguei um, formatei e montei, depois fiz a mesma coisa com o outro. Aí deu certo. Vejam:


São esses dois, BKP01 e BKP02.

O próximo passo é criar um usuário para acessar os discos e pastas para esses acessos compartilhados na rede.

Assim, vá em em "Gestão de Direitos de Acesso" --> "Utilizador" e crie quantos usuários forem necessários. Aqui eu criei alguns: um para mim e outro para a patroa (cada um terá uma pasta para fazer backup de seus arquivos); um para o Plex (onde vou colocar as mídias), outro para o Transmission. Se precisar, pode-se incluir ou excluir usuários.

Depois, vá em "SMB/CFS" --> "Definições" e ative o SMB em "Ativo" e então vá em "Partilhas" para criar a(s) pasta(s).

Aqui tem um ponto importante: qual o grau de acesso que você quer dar a quem tem acesso a sua rede? Eu escolhi a opção onde o administrador e os usuários cadastro leem e escrevem e os usuários não cadastrados podem apenas ler. Isso vai de acordo com seu interesse.


Se você descer mais as opções, poderá ativar a opção "Time Machine Support" para permitir que o Mac faça o Time Machine. Para isso, optei por criar uma pasta "Time Machine" no outro disco (BKP02).



Para acessar este disco, será pedido um login e senha - é o nome do usuário e senha que você cadastrou!

O próximo passo agora é configurar os backups. Como já fazia tudo pelo Carbon Copy Cloner, é só organizar o destino e mandar começar os backups.

Agora o TimeMachine está rodando e os backups também. E isso vai demorar algumas horas.

Se tudo ficar certinho, vai sair um próximo post para instalar o PlexServer, o Transmission, o OpenVPN e o Virtual Box.

Até o próximo!