terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Atualização do NAS - de novo pro OMV5

 Pessoal,

Acabei voltando meu NAS pro Open Media Vault.

A principal razão foi a paranóia que eu tive de dar um pau e eu não conseguir ler os arquivos dos discos, uma vez que o formato do TrueNAS é o ZFS e ele não é nativo nem no Mac, nem no Linux e nem no Windows.

O OMV, por outro lado, permite que eu escolha o formato de gravação. No caso, escolhi o EXT4, nativo no Linux e que pode ser acessível no Mac e Windows com pouco esforço.

Claro que o ZFS tem uma série de vantagens, só que a minha rede é só aqui pra casa, só pra mim e já com bastante redundância.

Outra coisa é a complexidade das configurações do TrueNAS. Eu, que não tenho formação em redes nem servers, tenho dificuldades para algumas configurações. O OMV, por outro lado, tem tudo simplificado. 

Óbvio que o OMV é mais "limitado" que o TrueNAS, mas a impressão que eu fiquei é a seguinte: quer algo amador, pra ficar em casa? Vá de OMV. Quer algo profissional, para pequenas e médias empresas? Vá de TrueNAS.

Outra questão importante é para crescer o tamanho do meu array. No OMV é só acrescentar os discos e pronto. No TrueNAS, pelo que entendi, depois que você criou um array, para aumentá-lo é um parto.

Enfim, troquei. Estou até pensando em reinstalar o TrueNAS e rodar plugins nele. Ou talvez usar as coisas que quero usar no TrueNAS rodando pelo Docker. Tenho que pensar sobre isso.

Bom, vou só falar de um problema que tive aqui na instalação do OMV e que não tinha tido antes, fica aqui para lembrete meu também.

Quando instalei, ele recebeu um IP aleatório. Obviamente que não iria deixar, então reservei o IP no roteador (já falei disso aqui). Só que só isso não foi suficiente, ele continuou recebendo endereços aleatórios pelo DHCP. Assim, fui em System -> Network -> Interfaces e editei a conexão que tinha. Porém, não me lembro de ter feito isso antes, só editei os campos do IPV4 (estático, o endereço que tinha reservado no roteador, a submáscara de rede e o endereço do roteador no Gateway). Só que eu esqueci que deveria, também, preencher os campos em Advanced Options (DNS servers - o meu roteador e Search domais - coloquei o do Google - 8.8.8.8). Aí os erros de atualização acabaram.

Outra coisa que fiz diferente foi a forma de inserir os discos na VM. Após pluga-los ao computador, o que se liga diretamente ao USB do computador aparece como Hard Disk e os que se ligam no USB-Hub aparecem com USB. O que muda, basicamente, é que a função S.M.A.R.T. só fica ativa para o primeiro caso. Vi um tutorial (aqui) para fazer o bypass dos discos usando o ID físico ou o serial do HDD, mas achei confuso e desnecessário, então preferi fazer do jeito que sempre funcionou pra mim. Em Datacenter -> PVE -> Discos, aparece a lista de todos os discos ligados ao computador.


Aqui eles estão identificados pela lógica Unix (sda, sdb, sdc, etc). Repare na coluna "Uso" que, exato pelo sda (HDD do computador onde está instalado o Proxmox e as VMs), todos estão como "Não". Isso quer dizer que não estão formatados e não podem ser utilizados ainda. Assim, é necessário formatá-los. Depois de identificar cada disco, vá ao Shell do PVE e use os comandos, conforme já explicados aqui:

    # fdisk /dev/sdb (para escolher o disco)

    # d (para deletar a partição; dentro desta opção, você poderá escolher a partição que será deletada)

    # w (para escrever a ordem, ou seja, deletar a partição)

Após fazer isso com todas as partições / discos escolhidos, os discos ainda não estarão disponíveis. Para isso, ainda no Shell, faça o seguinte (para cada disco):

    # mkfs.ext4 /dev/sdb (para criar a partição em formato ext4)

Veja que agora os discos estão formatados:


O próximo passo é criar as partições lógicas. Repare que os discos estão sem partição. Para resolver isso, volte ao Shell e entre no fdisk novamente, agora escolhendo "g" para criar uma tabela de partição GPT (veja mais aqui), depois "n" para criar uma partição e por fim "w" para gravar e sair do fdisk.

Agora fica assim:


Esse processo serve para qualquer VM, seja NAS ou algum SO.

Agora vá em Datacenter -> pve -> Discos -> LVM e clique em "Criar: Volume Group". Escolha o disco e o nome que deseja utilizar para o disco.
Enquanto você vai acrescentado os discos (na coluna da direita), eles já vão aparecendo com unidades lógicas no PVE (na coluna da esquerda):


Agora o trabalho é dentro da VM, no meu caso é no OMV. Inicialmente precisamos disponibilizar essas partições lógicas para a VM. Assim, dentro da sua VM, vá em Hardware -> Adicionar -> Disco Rígido.


O Proxmox tem uma coisa que eu acho estranha: ele pede para você, ao acrescentar o disco na VM, digitar o tamanho do disco em GB. Não adianta colocar o tamanho inteiro (3TB = 3x1024GB = 3072GB por exemplo). Ele aceita apenas o espaço disponível. Assim, para os meus discos (03TB, 04TB e 08TB), fiz essa tabelinha abaixo com o espaço que o Proxmox permite:

03 TB = 2794 GB
04 TB = 3726 GB
08 TB = 7452GB

Fica assim:


E após adicionar todos os discos, fica assim:


Dentro do OMV, vá em Disks e agora aparecerão os discos:


Para minha surpresa, consegui fazer um RAID 1 (espelhado) com os dois discos de 08TB. Essa já era a ideia inicial ao escolher esses dois discos.

Agora é hora de adicionar os usuários (Gestão de Direitos de Acesso -> Utilizador), criar os discos para compartilhamento (Armazenamento -> Sistema de Ficheiros) e criar as pastas compartilhadas (Gestão de Direitos de Acesso -> Pastas Partilhadas). Depois ative o SMB/CIFS e, se quiser usar algum disco (ou pasta compartilhada) como Time Machine, é só ativar no disco/pasta que você quiser.

Tudo isso aí em cima está explicado aqui e aqui.

Outra coisa: pensei em usar o OMV6, mas ele ainda está como instável, alguns plugins estão sendo portados ainda e, portanto, preferi esperar ele ser liberado como estável para utilizar. Afinal, como eu li em algum lugar, NAS é para fazer, configurar tudo e deixar quieto.

Acho que é tudo por hoje!

sábado, 18 de setembro de 2021

Instalando o plugin Plex no TrueNAS

Pessoal,

Confesso que tentei, muito e muito, de verdade, instalar o contêiner do Transmission no Ubuntu.

Tentei montar o disco do TrueNAS no Ubuntu (consegui), tentei acrescentar e apagar arquivos no TrueNAS utilizando o Shell do Ubuntu (consegui) mas não consegui, de jeito nenhum, fazer o Transmission baixar arquivos. Sempre dava o mesmo erro: pasta não encontrada!


A pasta estava lá e eu conseguir acessar pelo Ubuntu, pelo Mac e pelo diabo a quatro, mas o Transmission sempre dava o mesmo erro. Liberei porta no roteador, mudei pasta, instalei e desinstalei o contêiner, apaguei as pastas para que o Docker as criasse, monte e desmontei pasta. Nada.

Interessante é que ele criou as pastas de configuração que foram montadas no mesmo disco... E quando coloco o Transmission no Mac para baixar o mesmo arquivo, o download ocorre sem nenhum problema. E as permissões no TrueNAS para acessar a pasta estão todas corretas.

Imaginei que a mesma coisa ocorreria com o Plex. Aí, para facilitar minha vida, resolvi tentar instalar o Plex direto no TrueNAS.

Pensei comigo: não pode ser tão difícil, o plugin oficial do Plex para o TrueNAS TEM que ser mobral de instalar!

E foi.

Certa vez tinha visto no Youtube alguns tutoriais para instalar esse plugin. Até tinha instalado antes. O cara criava usuário e grupo, criava o jail, instalava o plugin, parava o plugin e o jail, mexia nas permissões, uma confusão de vai pra frente e pra trás. Isso não pode ser tão complicado...

Então fiz diferente. O usuário é o mesmo que eu tenho para acessar o pool pela minha rede doméstica. Esse já estava feito e funcionando normal.

Aí instalei direto o plugin em Plugins -> Plex Media Server -> Install. Aí abre isso aqui:


Deixei esse nome mesmo e coloquei Plex no jail. O jail, pelo que entendi, é o nome que a montagem será feita no sistema de arquivos do TrueNAS. É a mesma coisa que montar o disco no Ubuntu, por exemplo. Deixei também o DHCP, assim o Plex vai criar um IP pra ele diferente do IP do TrueNAS. Enquanto o TrueNAS é acessado pelo 192.168.1.3, o Plex vai ser acessado pelo 192.168.1.35:32400/web. Acredito que se tivesse marcado NAT, seria 192.168.1.3:32400/web o endereço para acessar o Plex.

Aí o plugin e baixado e instado. Depois disso, eu parei o Plex:

(para para o Plex, clique nessa seta primeiro...)

E depois clique em "Stop":

(clique em "Stop" para parar o plugin)

Depois clique em "Mount Points" para acessar o jail diretamente. Clique em "Actions -> Add" para criar um novo jail. Escolha a origem (onde estão seu arquivos de mídia) e o ponto de montagem, ou seja, onde será criado a montagem no TrueNAS (essa montagem não copia nenhum arquivo, só mostra ao plugin onde ele deve buscar no disco remoto os arquivos). No meu caso ficou assim:


Isso aqui tem dois modos de fazer. Um é como eu fiz, criei um jail apenas, um ponto de montagem só. Depois usei o Plex para saber o que deveria buscar em cada pasta (se era filme, clipe de música, documentário, desenho, etc).

Outro modo é criar um jail para cada coisa. Um jail que vai apontar para a pasta "Filmes", outro jail que apontará para "Clipes", outro para "Documentários" e assim por diante. Na hora de criar a biblioteca no Plex, aí você aponta cada coisa para cada jail que criou.

Não sei se uma opção é melhor que outra.

Depois volte aos plugins, selecione o plugin do Plex (já instalado) e mande reiniciar o serviço. Pronto, é só isso. Note que o próprio TrueNAS já mostra qual o endereço para acessar o Plex Server.


No TrueNAS acabou. Agora acesse o endereço do seu Plex no navegador. Vai perguntar se você quer assinar o PlexPass (eu não quis), vai pedir para criar um login/senha para o administrador e depois vai pedir para você criar a biblioteca.

Na coluna da esquerda, desça até "Gerenciar" e clique em "Biblioteca". Escolha "Adicionar Biblioteca":


Escolha o tipo de mídia que você quer criar na biblioteca, depois escolha "Adicionar Pasta" (1) para usar o ponto de montagem que você criou e clique em Próximo (2):


Clique em "Procurar Pasta de Mídia":


Clique no ícone de pasta (1) para navegar até o pasta de montagem (não é a pasta do arquivo, é a pasta de montagem - 2):


E clique em adicionar para... adicionar!


Agora o Plex vai criar os links das mídias.

Depois baixe o aplicativo do Plex para o dispositivo que você vai usar para ver o conteúdo: iPad, iPhone, AppleTV, SmartTV, etc.

O aplicativo é muito bom, caso você não conheça. Quando baixar novas mídias, coloque na pasta lá no pool do TrueNAS, volte ao aplicativo do Plex Server (esse do 192.168.1.35:32400/web), vá novamente em "Gerenciar -> Biblioteca", mas agora clique em "Examinar Arquivos da Biblioteca":


Agora o Plex vai procurar tudo que tem de novo e acrescentar para você poder assistir.

É isso! O objetivo aqui não é explicar o Plex, mas explicar apenas como instalá-lo como plugin do TrueNAS.

Até o próximo post.

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Dica - Como montar uma pasta remota no Ubuntu Server

Pessoal,

Tentei instalar o Transmission no Ubuntu Server. Configurei tudo direitinho (igual expliquei aqui), coloquei um Torrent qualquer pra testar e baixou direitinho.

Entretanto, na hora de escolher a pasta para baixar, coloquei o endereço "/mnt/NAS/Transmission/Downloads" do TrueNAS, mas nada do arquivo aparecer no Finder do Mac.

Depois de gastar algum fosfato, entendi o problema. Como o Portainer roda no Ubuntu Server (ip 192.168.1.44), ele criou a pasta acima. NO UBUNTU SERVER. O TrueNAS roda no 192.168.1.3.

Preciso resolver como acessar isso ou vou ter que repensar como usar o Docker no Ubuntu Server (até porque a ideia era fazer isso para o Plex também).

O TrueNAS tem plugins para o Transmission e para o Plex, mas queria fazer isso pelo Docker e gastar menos recursos da máquina.

Consultei um amigo que usa Linux a bastante tempo e ele me passou esse tutorial aqui. Segui e deu certo.

Basicamente é o seguinte:

No meu caso, no Ubuntu (192.168.1.44), em modo superuser, vou criar uma pasta para montar o compartilhamento com o comando:

mkdir -p /mnt/Transmission

Caso não tenha instalado, é necessário ter o CIFS. Instale assim:

apt install cifs-utils

E agora uso o seguinte comando para montar o compartilhamento na pasta que criei:

mount -t cifs //servidor/compartilhamento -o username=usuario,password=senha /mnt/windows

A minha linha fica assim:

mount -t cifs //192.168.1.3/NAS/Transmission -o username=meu_usuário,password=minha_senha /mnt/Transmission

Para que a pasta seja montada automaticamente quando o Ubuntu for inicializado, deve-se incluir esta linha no final do arquivo /etc/fstab:

//192.168.1.3/NAS/Transmission /mnt/Transmission cifs rw,username=meu_usuário,password=minha_senha 0 0

É isso por enquanto.

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Proxmox - instalando o Docker e o Portainer no Ubuntu

Pessoal,

Continuando a migração para o Proxmox, vou instalar o Docker e o Portainer no Ubuntu Server.

O TrueNAS é uma poço sem fundo de memória. Tudo que você colocar de RAM, ele vai usar! O Ubuntu Server, ao contrário, gasta pouco. Qualquer miserê de memória deixa ele feliz e saltitante. Assim, prefiro instalar o Docker e rodar algumas coisas nele que criar outra VM que vai sugar ainda mais memória e espaço em disco. Além disso, com o Portainer (que fui conhecer no OMV), a administração do Docker fica bem legal.

O Portainer é  uma interface para facilitar a instalação e administração dos conteiners do Docker. Fica muito mais fácil.

Assim, para instalar, vá ao Shell do Ubuntu Server e digite os comandos abaixo para instalar o Docker CE (Community Edition), o Docker Compose e, por fim, o Portainer.

Você também pode usar o SSH/Putty para copiar os comandos e colar no Shell do MacOS, Linux ou Windows, a seu gosto.


Instalando o Docker CE:

Primeiro, atualize o Ubuntu Server e instale os pré-requisitos do sistema:
sudo apt update
sudo apt upgrade
sudo apt-get install apt-transport-https ca-certificates curl gnupg-agent software-properties-common
Agora instale a chave GPG do Docker:
curl -fsSL https://download.docker.com/linux/ubuntu/gpg | sudo apt-key add -
E agora instale o repositório Docker (eu prefiro sempre a versão estável):
sudo add-apt-repository "deb [arch=amd64] https://download.docker.com/linux/ubuntu $(lsb_release -cs) stable"
Atualize novamente o repositório com:
sudo apt update
E agora certifique-se que o Docker está sendo instalado a partir do repositório do Docker e não do repositório do Ubuntu com:
apt-cache policy docker-ce
A saída deve ser assim, mostrando várias versões disponíveis:


Repare na terceira linha que mostra a versão instalada do meu Docker. Se você nunca instalou, deve receber uma coisa mostrando que não está instalado ainda, tipo isso aqui:


Para instalar a versão estável mais recente, use isso:
sudo apt install docker-ce
E verifique o status do serviço com:
sudo systemctl status docker

Deve sair algo assim, mostrando que está ok:


Pronto, Docker instalado. Para testar se está tudo ok, rode um Docker para testar:
sudo docker run hello-world
E deve sair mais ou menos isso:


Fácil, né? Vamos seguir.


Instale o Docker Compose:

Vou instalar o Docker Compose a partir do repositório deles no GitHub. Vá na página deles e descubra qual é a última versão:


Agora instale com:
sudo curl -L "https://github.com/docker/compose/releases/download/1.29.2/docker-compose-$(uname -s)-$(uname -m)" -o /usr/local/bin/docker-compose
Depois de instalar, aplique as permissões para o binário e crie o link para /usr/binary:
sudo chmod +x /usr/local/bin/docker-compose
sudo ln -s /usr/local/bin/docker-compose /usr/bin/docker-compose
Para saber se deu certo, use o comando abaixo:
docker-compose --version
A resposta deve ser algo assim:


Configurar o Portainer:

Para instalar o Portainer, usaremos o Docker:
cd ~/
docker volume create portainer_data
docker run -d -p 8000:8000 -p 9000:9000 --name=portainer --restart=always -v /var/run/docker.sock:/var/run/docker.sock -v portainer_data:/data portainer/portainer
Agora acesse o Portainer pela porta 9000. Aqui em casa, o Ubuntu está rodando no 192.168.1.44. Assim, digite:

    <ip_do_seu_Ubuntu>:9000


Pronto! Crie a senha e entre. Como estamos instalando o Portainer na mesma máquina onde está o Docker, escolha para administrar localmente a aplicação:




Pronto!

No próximo post, vamos reinstalar o Plex.

domingo, 12 de setembro de 2021

Proxmox - instalando o TrueNAS e configurando os discos!

Pessoal,

Como disse no post anterior, o próximo passo seria instalar o TrueNAS.

Vamos criar uma VM onde ele será instalado e faremos o resto por lá (veja aqui como criar uma VM no Proxmox).

Tentei fazer o boot via UEFI na VM. Não deu, ficou travado. Apaguei a VM e reinstalei, agora dando boot via BIOS. deu certo. Aloquei 8GB de RAM, 128GB para o disco do TrueNAS (sendo 16GB de swap, seguindo o programa de instalação) e dois núcleos para o TrueNAS:


Pronto.

Para acessar a interface web do TrueNAS, é só digitar o endereço 192.168.1.30.


Até aqui nenhum mistério. Coloque "root" no usuário e a senha que você escolheu na instalação em "Password".



Depois de gastar algumas horas para e tentar várias formas para fazer o disco ficar disponível para o TrueNAS, entendi que deveria, primeiro, parar a VM com o TrueNAS para conseguir acrescentar o disco.

Acrescentei fazendo um bypass no Proxmox através das configurações da VM do TrueNAS: fui em hardware e acrescentei um disco via USB na VM do TrueNAS. Só depois disso liguei a VM e aí o disco apareceu. Talvez exista outro modo (e acredito que realmente deva existir), mas apenas esse funcionou para mim.

Gastei algumas horas pra descobrir isso. E confesso que a reinicialização da VM demora bastante, pelos menos uns 10 minutos.


Repare que um disco aqui deu erro na inicialização. Na verdade, 3 dos 4 discos deram erro. E como disse, o boot demora demais devido a essa tentativa de ficar tentando achar e montar os discos. Os quatro discos aparecem disponíveis e montados na VM:


Mas apenas um dele está de fato funcionando na VM. Os outros três dão erro ao tentar criar um pool utilizando-os. Esse disco que está funcionando coloquei pra TimeMachine e funcionou ok. Já os outros três não aparecem de jeito nenhum. Quando eu tento criar o pool, parece que vai:


Mas aí dá erro:



Bom, desse jeito não dá pra ficar. Num momento de desespero pensei até em usar o OMV (na verdade cheguei a instalar começar a configurar, mas ele ficou excluindo automaticamente os discos USB).

Obviamente estava fazendo alguma coisa errada. Obviamente esse bypass do USB está errado. Se deu errado no TrueNAS e deu errado no OMV, o erro na verdade é com o jeito que estou fazendo.

Então resolvi imaginar e fazer a coisa mais simples. Ora, vou criar um "disco virtual", ou seja, vou deixar o Proxmox administrar esse disco, sem fazer bypass.

Assim fui em "pve -> Disks". Lá tem algumas opções, entre elas ZFS e Diretório.

Primeiro usei o ZFS (veja aqui o que é ZFS) para criar no HD 03TB uma partição. Isso feito, fui no na VM do TrueNAS, em hardware, e adicionei um "Disco Rígido". O chato aqui é apenas definir o tamanho do disco, que o Proxmox mostra em GB. Fui acrescentando e acrescentado tamanho até chegar ao limite do disco. Depois disso, no TrueNAS, fui em Storage -> Pool e criei um pool com esse disco para fazer o TimeMachine. Deu certo!

Depois repeti o processo com os discos de 04TB. Esses dois disco são de marcas diferentes (um WD e o outro Samsung) e, da primeira vez que tentei usar, o TrueNAS não criar um pool alegando que eram discos de tamanhos diferentes.

Para esses, o processo foi um pouco diferente: em pve -> Disks, criei um "diretório" para cada disco, formatando em ext4. Depois adicionei como "Disco Rígido" todo o conteúdo de cada disco ao TrueNAS. E eis que eles apareceram lá.

O interessante deste último caso é que agora eles não são mais identificados pelo fabricante nem aparece o serial do disco no TrueNAS. Eles estão como discos "do emulador".

Criei o pool com esses dois discos em mirror, por segurança. Dentro deste pool criei um "dataset", ou seja, uma pasta inicial onde tudo será guardado, e coloquei para o Carbon Copy Cloner fazer o backup. O pool funciona como o nome do dispositivo e o dataset como partição primária. Pronto!

Agora preciso ver como vou fazer com o HD de 08TB.

E preciso refazer o Plex e outros dockers que eu estava usando.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Resolvido -> erro ao deletar um diretório no Proxmox

Pessoal,

Aconteceu uma coisa estranha.

Criei um diretório no Proxmox chamado "Disco1" durante um teste. Quando fui apagar, a desgraça não apagava de jeito nenhum, ficava mostrando que estava montado ainda. Exclui a partição e nada. Só fica assim:


Aí achei isso no site de suporte do Proxmox:

    grep -R -i /mnt/pve/Disco1 /etc/

Nada de resolver. Tentei então desabilitar o serviço e desmontar o diretório:

    systemctl disable mnt-pve-Disco1.mount

    umount /mnt/pve/Disco1

Nada de novo, a coisa continuava lá.

Então fui na pasta "/etc/systemd/system/" e deletei o arquivo "mnt-pve-Disco1.mount"

Resolvido!

Proxmox - Instalando discos externos via USB

Pessoal,

No último post, falei sobre a instalação do Proxmox e a criação de uma VM onde rodam algumas coisas fundamentais, "estruturais",  como atualização do IP e VPN.

Agora o passo é incluir os discos externos (um de 8TB e dois de 4TB para rodarem como RAID 1 (veja aqui e aqui o que significa RAID e quais os tipos disponíveis). Ainda tenho um outro HD de 4TB rodando "por fora", onde o MacMini faz alguns backups e um outro de 3TB só para rodar o TimeMachine.

Bom, a minha primeira dúvida era se os discos deveriam estar disponíveis apenas para a VM do TrueNAS ou se deveriam estar no Proxmox e a VM utilizar esse pool criado. Acho que essa segunda opção é a melhor. Acho, de achar mesmo.

Bom, vamos lá.



Dentro de "Datacenter -> pve" vá em Disks. Repare que vários discos aparecem. O /dev/sda é o disco onde está instalado o Proxmox. É como se fosse o disco "c:" do Windows. Os discos /dev/sdb (4TB), /dev/sdc (8TB) e o /dev/sdd (4TB) farão parte do pool para backup do TrueNAS. O último disco, o /dev/sde, de 3TB, será o disco só para TimeMachine.

Dentro de "Datacenter -> pve -> Disks -> LVM", aparecerá apenas o /sda, ou seja, os outros discos estão conectados mas não estão acessíveis. Para isso é necessário ir ao Shell e formatar e montar esses discos com:

    # fdisk /dev/sdb (para escolher o disco)

    # d (para deletar a partição; dentro desta opção, você poderá escolher a partição que será deletada)

    # w (para escrever a ordem, ou seja, deletar a partição)

Após fazer isso com todas as partições / discos escolhidos, os discos ainda não estarão disponíveis. Para isso, ainda no Shell, faça o seguinte (para cada disco):

    # mkfs.ext4 /dev/sdb (para criar a partição em formato ext4)

Se você não sabe o que é o formato ext4, recomendo que assista dois vídeos muito bons, esse primeiro e esse depois. São longos, mas contam, bem explicados, sobre os tipos de formatos para formatação de discos, vantagens e desvantagens. Recomento muitíssimo. Aqui, do Wikipedia, também explica bem esses tipos de formatos.

Tome cuidado apenas para não apagar o disco /dev/sda, uma vez que ele é o disco onde está instalado o Proxmox.

Agora os discos estão assim no Proxmox:


Estranhamente, o disco /dev/sdb não aparecia de jeito nenhum para ser adicionado em diretórios. Assim, fiz uma coisa "bruta": criei partição em todos eles e depois apaguei a partição. Aí, tão estranhamente, ele (e todos os outros) estavam disponíveis para trabalhar.

Repare que os discos estão sem partição. Para resolver isso, volte ao Shell e entre no fdisk novamente, agora escolhendo "g" para criar uma tabela de partição GPT (veja mais aqui), depois "n" para criar uma partição e por fim "w" para gravar e sair do fdisk.

Agora ficará assim:


Agora o Proxmox consegue enxergar e montar todos os discos.

Para apagar as partições, volte ao fdisk (escolhendo o disco que você vai apagar a partição), escolha "d" para deletar a partição e "w" gravar e sair.

No próximo post, vou mostrar como instalar o TrueNAS, adicionar os discos para criar os storages e configurar o TrueNAS.

Resolvido -> apagando a mensagem "No valid subscription" da tela inicial do Proxmox

Pessoal,

O Proxmox é um serviço "gratuito", porém ele vende uma licença para contratação de assistência.

Geralmente os usuários domésticos, meu caso, não irão contratar esse serviço. Porém, o aviso da licença continua aparecendo.




Para retirar esse aviso, há duas formas.

Ou você se conecta remotamente via SSH (precisa ser via Shell e o Datacenter não tem acesso ao Shell, apenas os nós tem esse acesso) utilizando "root@<ip-do-seu-Proxmox" e digitar o usuário e senha, navegar até a pasta "/usr/share/javascript/proxmox-widget-toolkit" e editar o arquivo "proxmoxlib.js". Aí dentro, deve comentar a linha de validação.

OU, o jeito beemmmm mais fácil, ainda via SSH, é simplesmente usar o comando abaixo:

    sed -Ezi.bak "s/(Ext.Msg.show\(\{\s+title: gettext\('No valid sub)/void\(\{ \/\/\1/g" /usr/share/javascript/proxmox-widget-toolkit/proxmoxlib.js && systemctl restart pveproxy.service


Esse comando cria uma cópia do arquivo "proxmoxlib.js" para caso você precise dele no futuro, comenta a linha e reinicia o serviço.

Para conferir, vá no seu navegador e apague o cache de navegação e entre novamente no Proxmox. Você verá que a mensagem sumiu.

(Dica deste vídeo aqui)

É isso.

Resolvido -> Problema com atualização do apt-get do Proxmox

Pessoal,

Após instalar o Proxmox, percebi que não estava conseguindo atualizá-lo. Sempre dava um erro:

Erro: 1 http://security.debian.org bullseye / atualizações InRelease
Falha temporária na resolução de 'security.debian.org'
Erro: 2 http://deb.debian.org/debian bullseye InRelease
Resolução temporária de falha 'deb.debian.org'
Erro: 3 http://deb.debian.org/debian bullseye-updates InRelease
Resolução temporária de falha 'deb.debian.org'
Lendo listas de pacotes ... Concluído
W: falha ao buscar http://deb.debian.org/debian/dists/bullseye/InRelease Falha temporária na resolução de 'deb.debian.org'
W: falha ao buscar http://deb.debian.org/debian/dists/bullseye-updates/InRelease Falha temporária na resolução de 'deb.debian.org'
W: falha ao buscar http://security.debian.org/dists/bullseye/updates/InRelease Falha temporária na resolução de 'security.debian.org'
W: Falha no download de alguns arquivos de índice. Eles foram ignorados, ou antigos usados em seu lugar.

Resolvi assim:

Entre no Shell e vá até a pasta /etc/apt/sources.list.d/ com:

    cd /etc/apt/sources.list.d/    

Edite o arquivo pve-enterprise.list com "nano":

    nano pve-enterprise.list

Comente a linha existe colocando um "#"na frente da linha:

    # deb https://enterprise.proxmox.com/debian/pve bullseye pve-enterprise

Agora saia com "control + x" e confirme a gravação.

Volte para a pasta anterior (com "cd ..) e edite o arquivo sources.list que esta no diretório /etc/apt/:

    nano sources.list

Adicione as seguintes linhas no final:

    # PVE pve-no-subscription repository provided by proxmox.com,
    # NOT recommended for production use
    deb http://download.proxmox.com/debian/pve bullseyeuster pve-no-subscription

Saia com "control + x" e confirme a gravação do arquivo.

O arquivo final deverá ser algo como isso:

    deb http://ftp.br.debian.org/debian bullseye main contrib

    deb http://ftp.br.debian.org/debian bullseye-updates main contrib

    # security updates
    deb http://security.debian.org bullseye/updates main contrib

    # PVE pve-no-subscription repository provided by proxmox.com,
    # NOT recommended for production use
    deb http://download.proxmox.com/debian/pve bullseye pve-no-subscription

Volte para o Proxmox, clique no nó (no meu caso, "pve"), vá em Atualizações e clique em "Atualizar". Deve aparecer as atualizações. Mande atualizar clicando em "Upgrade" e reinicialize o nó após a atualização.

É isso!

domingo, 5 de setembro de 2021

Instalei o PROXMOX!

Pessoal,

Grandes mudanças aqui.

Comprei  um HD de 8TB e, junto com dois de 4 TB que eu já tinha e um pequeno de 1TB, resolvi instalar o Proxmox e reorganizar todo o meu servidor.

O Proxmox é um ambiente de virtualização, ou seja, ele não é um NAS. Ao contrário, é preciso criar uma VM nele e instalar algum NAS. No caso, vou voltar a usar o FreeNAS (agora TrueNAS).

A vantagem do Proxmox para mim será criar as minhas VMs independente do NAS. O NAS vai ficar para rodar backups e outras coisas, inclusive uma VM com Ubuntu e alguns dockers por esse Ubuntu.

A instalação do Proxmox é bem simples e vai ficar no HD de 500GB que está na máquina. Depois de baixar a ISO no site do Proxmox e gravar um pendrive bootável com a ISO usando o Balena Etcher, coloquei no computador, dei boot e fui seguindo as instruções:




(Escolha uma boa senha aqui: é a senha do root do Proxmox)





A instalação é bem rápida, uns 5 minutos. Depois disso, ela mostra um resumo para você saber qual página vai acessar a interface web do Proxmox:


Aqui no meu roteador, esse é o endereço padrão e já previamente fixado para esta máquina. Veja aqui como fixar o IP da sua máquina, pois isso é fundamentar para o Proxmox e a instalação do NAS.

Agora vamos entrar na interface web do Proxmox. No Mac (não sei outros sistemas, mas imagino que seja a mesma coisa para qualquer sistema e qualquer navegador), vai dar um erro informando que a página não é segura. Vá em frente, é assim mesmo:




("Olá, eu sou o Proxmox!")

Digite "root" para usuário e a senha que você escolheu lá atrás.


Essa aí em cima é a tela inicial do Proxmox. Não tem nada (óbvio, acabei de instalar), mas é onde irão ficar as VM que você criar.

Como é um Debian, a primeira coisa que eu gosto de fazer é atualizar todo o Debian (veja aqui como). Não apareceu na foto, mas tem um botão escrito "Shell" à direita da tela. Clique lá para abrir o Shell do Proxmox e vamos em frente para atualizar tudo (lembre-se que você estará como root, então não será preciso o "sudo").

Feito isso, vamos começar a brincadeira.

O Proxmox faz o download da ISO do sistema que você deseja instalar na VM e vai mantendo tudo organizado. Gostei disso. Para fazer isso, vá em "Datacenter -> local (pve) -> ISO Images" e faça o download da imagem (entrei no site do Ubuntu, downloads, Ubuntu Server LTS e peguei o link para baixar - o Proxmox faz esse download). Essa imagem, no meu caso, será armazenada no HD de 500GB onde está instalado o Proxmox.




Baixada a imagem, vá em Criar VM (à direita da tela) e siga o passo a passo. É realmente muito fácil.








Clicando em "Console", você vê, via VNC, a sua VM. Muito fácil.

Após instalar o Ubuntu Server, entre nesse post aqui para ver o básico do básico que é necessário instalar para o Ubuntu funcionar bem (atualizações, GCC, Net-Tools, VPN, No-IP DUC).

Bom, por hoje é só (já são 3h da madrugada).

Amanhã eu crio a VM com o NAS e mostro para vocês!