sexta-feira, 29 de março de 2024

Dica de deslocamento e passeios em Copenhague!

Pessoal,


Dica bacana para quem vai passear em Copenhague (e região metropolitana): CPH Card.


Esse cartão permite duas opções de compra: Discover, com mais de 80 atrações na cidade e região alem de acesso a TODO o sistema público na região metropolitana da cidade (metro, ônibus, trem metropolitano e tram/bonde) ou o Hop, com mais de 40 atrações e acesso aos ônibus de turismo da Stromma, aqueles vermelhos escritos "Hop On Hop Off". Acredite, você vai querer a primeira opção

Existem lugares caros e existe Copenhague! Acredite, tudo é muito caro lá. Uma única viagem de metro ou ônibus custa 24 coroas (na cotação do dia deste post, quase 1:1, dá quase 20 reais ou quase 4 euros). Ir ao Palácio Christianborg custa 175 DKK (quase 130 reais ou quase 24 euros). Kronborg (o castelo onde se passa a história de Hamlet) custa 125 DKK (quase 90 reais ou quase 17 euros).

Esse vale não é diferente. É caro, mas vale cada coroa (ou real ou euro) gasto. Só usei dinheiro para comprar lanches e alguns imãs para a geladeira, o resto de transporte e turismo estava tudo lá.

Como fiquei 5 dias (cheguei no domingo à tarde, passeei 2a, 3a e 4a e fui para Estocolmo na 5a de manhã), peguei a opção de 72 horas. Custou 118 euros por pessoa. Comprei pelo cartão de débito americano no próprio aplicativo do cartão. Na hora de entrar em cada atração, bastou apenas abrir o aplicativo e um QR-code era gerado automaticamente. Pronto, boa diversão.

O transporte público na Dinamarca não tem catraca. Você valida o seu tíquete na entrada e saída e pronto. Com esse aplicativo não é preciso validade (porque os tíquetes usam uma tecnologia de NFC e o cartão usa um QR-Code). Mas todos os transportes têm fiscais que confirmam se os tíquetes foram validados ou não. Apenas abri o app, mostrei o QR-code gerado e pronto. Detalhe: a multa por usar o transporte sem um tíquete válido ou sem esse QR-Code é de 1500DKK (quase 1100 reais ou mais de 200 euros). Acredite: você será fiscalizado. Eu fui duas vezes! E sensação de estar certinho é ótima!!

E cabe lembrar que não existe lugar "físico" para comprar tíquetes de transporte público durante a viagem. Não existe "cobrador". Todo mundo usa app ou um tíquete recarregável. Não tem uma terceira opção.

(Olá, eu sou o Castelo de Kronborg. Hamlet viveu aqui)

É importante olhar bem os seus planos de viagem e usar o Google Maps para traçar as rotas de transporte público. Assim dá pra ter ideia se vale ou não comprar um vale desses.

Duas dicas:

1 - Não tente "não comprar" e andar no transporte público. Vai sair muito mais caro. Acredite! 

2 - A facilidade não está incluída no valor. Não pegamos filas, não tivemos que ficar procurando onde comprar as coisas. Isso poupa tempo! E tempo também vale dinheiro (ainda mais em coroas dinamarquesas)!

Essa dica é essa! Boa viagem!

Internet em viagens internacionais. Dicas? Sugestões? Fui de Holafly e não me arrependi!

Pessoal,


Recentemente fiz uma viagem internacional e resolvi pesquisar preço de SIM Cards e eSIMs para a viagem.

Já usei SIM card nos EUA e em Portugal. O processo passa por chegar no aeroporto, procurar uma loja para sair do aeroporto já com o chip ou ter que ir para a cidade ainda sem o chip e lá procurar uma loja para comprar o chip. Aí tem que comprar o chip, tirar o seu e colocar o novo, rezar para não apagar os contatos ou trocar o número cadastrado no WhatsApp... Enfim, é uma possibilidade.

Pesquisando aqui, vi que a T-Mobile, nos EUA, tem planos pré-pagos (sim, porque ninguém que ficar recebendo conta de plano do exterior aqui no Brasil, né?) começando em 40 dólares (10GB) e com internet ilimitada a partir de 50 dólares. Se você pegar duas linhas sai por 70 dólares (35/pessoa) ou por 80 dólares (40/pessoa), respectivamente. 

Outra possibilidade é já sair com uma franquia internacional da sua operadora aqui do Brasil. Vou deixar dois exemplos, Vivo e Claro.

A Vivo tem opção de comprar um pacote para o plano pós-pago.  Tenho que pagar 9,99/linha para Américas ou 19,99/linha para Europa. Isso dá direito a 50min/dia de ligação e uma franquia DIÁRIA de 1GB de internet para EUA, Argentina e maioria dos países da Europa (passando dessa franquia, você tem a opção de pagar mais 19,99/linha/dia para renovar a franquia). Países da Africa e Ásia costumam ter franquias ainda menores (500MB ou até 200MB). Caso não contrate o plano mensal, tem a opção diária (39,99/linha/dia para Américas ou Europa e 59,99/linha/dia para o resto do mundo). Preços surreais.

Vivo Travel e franquias. Não deixe de ler as linha pequenas...

A Claro, por sua vez, tem os "passaportes" para Américas, Europa e Mundo, por 9,99, 19,99 e 29,99, cada um por linha e por mês, sempre para pós-pagos. Só que esses planos são anuais, ou seja, eles são cobrados mensalmente por pelo menos um ano! Mais surreal ainda!

Claro Passaporte. Preste bem atenção na parte "fique atento"...

O avanço da tecnologia permitiu a criação das operadoras virtuais ou MVNO (Mobile Virtual Network Operator) ou Operador de Rede Móvel Virtual. Essas redes não possuem antenas nem frequências próprias e alugam a rede de outras operadoras. Em setembro/2023, o Brasil possuía 10 operadoras virtuais autorizadas (veja mais aqui). O Brasil, até fevereiro/2023, segundo a TELECO, era o país que possuía mais operadoras virtuais, entretanto a maioria são operadoras destinadas a mercado corporativo.

Assim, é possível que um dos vários eSIMs disponíveis no mercado mundial sejam de alguma operadora virtual que utiliza redes físicas de várias operadoras para entregar o seu serviço.

Antes de continuar: sim, eu sei que eSIM é diferente de operadora virtual. eSIM é uma tecnologia que permite a conexão do celular numa rede sem a necessidade do chip físico tradicional. E sim, uma operadora virtual pode ter chip físico.

Continuando, recentemente fiz uma viagem para a Europa. Fui para a Dinamarca e Suécia, com escala na França tanto na ida quanto na volta. Dessa vez, como iria para dois países diferentes, resolvi arriscar a comprar um plano pela internet.

Assim, procurei e achei 3 empresas muito bem recomendadas em blogs e vlogs: Holafly, Airalo e Maya.

Como ficaria 10 dias, esse foi a duração do plano que escolhi. Como não precisaria de número (não iria ligar para ninguém e não esperava que ninguém de lá me ligasse), preferi um o plano com internet ilimitada ao invés de um plano com voz + SMS. Se alguém quisesse falar comigo, teria que ser por WhatsApp ou iMessage/FaceTime.

A Maya é uma empresa americana que fornece eSIMs e cobre praticamente toda a Europa (cobre EUA também, óbvio, mas a viagem no caso é para Europa). É possível escolher planos por tempo (5, 10, 15 e 30 dias), por franquias (no caso de 10 dias, as opções são de 03, 05, 10, 20, 40GB) e planos ilimitados (que permitem compartilhar Wi-Fi ou não e limitam a velocidade após determinada quantidade de dados baixados; a velocidade limitada após o download de 2 até 5GB, a depender do plano, é de 1Mbps, velocidade do 3G). Minha escolha nessa operadora seria de 10 dias, ilimitado "standard", custando 38 euros. Só ficaria preocupado com a quantidade de dados para não despencar a velocidade. Veja aqui.

Já a Airalo é uma empresa de Singapura, também cobre toda a Europa e a escolha também é por franquia de dados (01, 03, 05, 10, 50 e 100GB) e validade do plano (7, 30, 90 e 180 dias). No meu caso, a Airalo ficaria complicado, já que 7 dias é pouco e 30 dias é muito, mas seria a opção de tempo. Já a franquia é um mistério, porque a gente nunca sabe quanto exatamente gasta de internet.

Por exemplo, 20 minutos no modo mapa gasta 1MB no Google Maps e 2MB no Waze; um minuto por voz no WhatsApp gasta cerca de 0.5MB e no Skype (ainda existe?) gasta quase 01MB. Assistir vídeos no Youtube consome cerca de 100MB para cada 10 minutos e trocar mensagens no WhatsApp em geral gasta 55MB para cada 20 mensagens! Com cerca de 50 mensagens por dia, em um mês o gasto é de mais de 4GB. Se for para usar vídeo, o WhatsApp gasta mais ou menos 6,2MB/minuto e o FaceTime 3,1MB/minuto. O Instagram é outro vilão. Carregar 5 fotos consomem cerca de 2MB; 10 minutos usando o Instagram consome, em média, 12MB!

Dito isso, o plano da Airalo teria que ter de 10 a 50GB de dado porque conheço meu consumo (e o da minha esposa). Os planos seriam, então, o de 30 dias/10GB custando 37 dólares ou o de 50GB/90 dias custando 100 dólares (não, sem chance!).

A Holafly, minha escolha, é uma empresa sediada na Espanha. Todos os planos são de dados ilimitados (e eles avisão que são ilimitados mesmo desde que não haja abusos ("Redução de velocidade: o eSIM inclui dados ilimitados pelo tempo contratado. No entanto, observe que a operadora pode se reservar o direito de aplicar uma Política de Uso Justo.").

Assim, a escolha é apenas pelo tempo de uso: 5, 7, 10, 15, 20, 30, 60 e 90 dias. Escolhi 10 dias por 34 euros. Se você escolher por esse link, você recebe 5% de desconto e eu recebo um euro de desconto na minha próxima compra!

Muito simples: baixei o aplicativo, criei a conta com o meu email apenas e comprei dois planos de 10 dias (um para mim e outro para a patroa). Como ambos temos iPhone 14, ambos são compatíveis com eSIM (verifique antes, claro, se seu aparelho é compatível com a tecnologia eSIM). Paguei pelo cartão de débito americano e recebi um email com dois QR-Codes. Basta ir em Ajustes -> Celular -> Adicionar eSIM -> Usar código QR e seguir as instruções do email e no celular. O eSim será instalado mas devemos desativar o eSIM assim que instalado e só reativar no destino (no meu caso, quando pousei na França para fazer conexão). Chegando no destino, desativei meu eSIM da Vivo e ativei o da Holafly. Simplesmente maravilhoso!

Minhas considerações: o processo de instalação e ativação são muito simples, muito fáceis. O plano funcionou à perfeição na Dinamarca, mas na Suécia (em partes de Estocolmo) eu fiquei preso num 3G que não consegui usar para nada. Já a minha esposa ficou o tempo todo, em todos os lugares, no 5G. Olhando a rede de celular, vi que ela estava na Telia e eu estava em "Holafly", ou seja, a empresa é uma MVNO e aloca os clientes de acordo com a disponibilidade das redes contratadas. Eu cheguei a colocar em modo avião e desligar para ver se trocava de operadora, mas isso não ajudou. Mas, a depender de onde estava, ficava em 5G (basicamente era em Gamla Stan, a Cidade Velha, que eu ficava em 3G; atravessando a ponte e mudando de ilha, voltava para o 5G, ou seja, a minha rede não pegava bem ou estava saturada em Gamla Stan).

Conclusão: numa próxima viagem, a não ser que haja um grande mudança de preços das operadoras brasileiras ou que a Holafly quebre ou que outra operadora virtual revolucione e reduza muito os preços (ou fique realmente ilimitada), minha opção será a Holafly novamente.

Quando voltei e estava começando a escrever esse texto para o blog, vi um texto da Nomad sobre operadoras para EUA e Europa. As opções eram mais caras ou com internet limitada ou ambos. Veja aqui.
















Espaço e coisas assim

Pessoal,

Sempre gostei muito de filmes de ficção científica. Sempre foram meus favoritos.

Desde os primeiros da franquia Star Wars (lembro de assistir "Episódio V: O Império Contra-Ataca" no cinema), sempre fiquei fascinado com o espaço e os efeitos especiais, mas principalmente as histórias.

Se antes os recursos de computação gráfica eram impensáveis e eram, realmente, ficção científica, agora com o grande poder de computação das estações de trabalho é possível fazer verdadeiras obras de arte com suporte computacional. Mas a imagem por si só não é suficiente. É também preciso "dar vida", principalmente pela música.

Três dos meus filmes prediletos são "Gravity", "Interstellar" e "First Man". Os dois primeiros são ficção (ficção?), o terceiro é quase um documentário. E as trilhas sonoras de ambas são fantásticas.

Gravity, do Afonso Cuarón, é já antiguinho, de 2013. Eu, como não-cinéfilo que sou, não o conhecia e nunca assisti a nenhum outro filme dele, mas esse é fantástico. A trilha sonora, principalmente nos dois momentos de impactos com debris dos satélites destruídos é ótima e dá muita, muita emoção ao filme. Os efeitos especiais são maravilhosos (até hoje) e ganhou várias indicações e premiações no Oscar de 2014.

As duas cenas de choques com debris estão aqui. Merecem ser imortalizadas pela beleza dos efeitos especiais e pela trilha sonora angustiante.




O filme teve "incoerências científicas"? Teve. Mas não estou nem aí, porque o filme é simplesmente fantástico.

Interstellar, do Christopher Nolan, é simplesmente fantástico, principalmente pela acurácia científica no roteiro. Kip Thorpe, físico teórico da Caltech e Nobel em Física em 2017 pela detecção de ondas gravitacionais, foi a mente que deu detalhes reais ao filme (apesar de algumas licenças poéticas). A trilha sonora não deixa nada, absolutamente nada, a desejar (tanto foi indicado ao Oscar de 2015 para melhor trilha sonora). Muita injustiça que só ganhou Oscar de melhor efeitos especiais, acho que deveria ter ganho de tudo!

A melhor cena na minha opinião é quando eles fazem o docking na estação. Abaixo, a cena:


Já o filme "First Man" conta a história de Niel Armstrong e a sua preparação, junto com a NASA, para ir à Lua.

Três pontos marcantes no filme:
 - a morte da filha Karen com menos de 3 anos;
 - a alunissagem e a trilha sonora do filme todo, mas principalmente nesta parte do filme;
 - a dedicatória final de Niel à filha Karen.

As cenas da alunissagem e da dedicatória de Niel estão abaixo:




As trilhas sonoras são fantásticas. Você consegue ouvir toda a trilha de Interstellar clicando aqui e a trilha de First Man clicando aqui.

Divirtam-se.