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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Proxmox - Instalando discos externos via USB

Pessoal,

No último post, falei sobre a instalação do Proxmox e a criação de uma VM onde rodam algumas coisas fundamentais, "estruturais",  como atualização do IP e VPN.

Agora o passo é incluir os discos externos (um de 8TB e dois de 4TB para rodarem como RAID 1 (veja aqui e aqui o que significa RAID e quais os tipos disponíveis). Ainda tenho um outro HD de 4TB rodando "por fora", onde o MacMini faz alguns backups e um outro de 3TB só para rodar o TimeMachine.

Bom, a minha primeira dúvida era se os discos deveriam estar disponíveis apenas para a VM do TrueNAS ou se deveriam estar no Proxmox e a VM utilizar esse pool criado. Acho que essa segunda opção é a melhor. Acho, de achar mesmo.

Bom, vamos lá.



Dentro de "Datacenter -> pve" vá em Disks. Repare que vários discos aparecem. O /dev/sda é o disco onde está instalado o Proxmox. É como se fosse o disco "c:" do Windows. Os discos /dev/sdb (4TB), /dev/sdc (8TB) e o /dev/sdd (4TB) farão parte do pool para backup do TrueNAS. O último disco, o /dev/sde, de 3TB, será o disco só para TimeMachine.

Dentro de "Datacenter -> pve -> Disks -> LVM", aparecerá apenas o /sda, ou seja, os outros discos estão conectados mas não estão acessíveis. Para isso é necessário ir ao Shell e formatar e montar esses discos com:

    # fdisk /dev/sdb (para escolher o disco)

    # d (para deletar a partição; dentro desta opção, você poderá escolher a partição que será deletada)

    # w (para escrever a ordem, ou seja, deletar a partição)

Após fazer isso com todas as partições / discos escolhidos, os discos ainda não estarão disponíveis. Para isso, ainda no Shell, faça o seguinte (para cada disco):

    # mkfs.ext4 /dev/sdb (para criar a partição em formato ext4)

Se você não sabe o que é o formato ext4, recomendo que assista dois vídeos muito bons, esse primeiro e esse depois. São longos, mas contam, bem explicados, sobre os tipos de formatos para formatação de discos, vantagens e desvantagens. Recomento muitíssimo. Aqui, do Wikipedia, também explica bem esses tipos de formatos.

Tome cuidado apenas para não apagar o disco /dev/sda, uma vez que ele é o disco onde está instalado o Proxmox.

Agora os discos estão assim no Proxmox:


Estranhamente, o disco /dev/sdb não aparecia de jeito nenhum para ser adicionado em diretórios. Assim, fiz uma coisa "bruta": criei partição em todos eles e depois apaguei a partição. Aí, tão estranhamente, ele (e todos os outros) estavam disponíveis para trabalhar.

Repare que os discos estão sem partição. Para resolver isso, volte ao Shell e entre no fdisk novamente, agora escolhendo "g" para criar uma tabela de partição GPT (veja mais aqui), depois "n" para criar uma partição e por fim "w" para gravar e sair do fdisk.

Agora ficará assim:


Agora o Proxmox consegue enxergar e montar todos os discos.

Para apagar as partições, volte ao fdisk (escolhendo o disco que você vai apagar a partição), escolha "d" para deletar a partição e "w" gravar e sair.

No próximo post, vou mostrar como instalar o TrueNAS, adicionar os discos para criar os storages e configurar o TrueNAS.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Novo NAS - Open Media Vault

Pessoal,

Já contei em vários posts aqui do blog sobre o NAS que eu fiz utilizando o FreeNAS (aqui sobre o próprio OpenMediaVault - OMV - quando fiz um teste no RP3, aqui quando fiz um dual boot no MacWhite para instalar o Ubuntu Server e instalar o NextCloud via Docker, aqui sobre a tentativa frustrada de abrir o roteador para acessar a minha rede fora de casa, aqui sobre a VPN com o OpenVPN e NoIP - solução que vou manter no OMV também -, aqui onde falo das minhas impressões sobre o OMV, XPEnology e FreeNAS e porque tinha decidido a usar o FreeNAS e, por último, aqui onde falo do FreeNAS e utilização para PlexServer e backup - incluindo o TimeMachine).

O FreeNAS é derivado do FreeBSD e o OMV é derivado do Debian (Linux). Ambos são derivados do Unix, mas cada um com uma proposta um pouco diferente. O BSD (que origina o FreeBSD) é a base, inclusive, para o MacOS (sim, o MacOS é derivado do BSD e, assim, do Unix! Linux e MacOS são, de certo modo, primos!).

Quando tinha optado pelo FreeNAS, eu vi e gostei muito da forma de instalar "plugins" nele, pelos Jails. Eu não sabia, todavia, que o OMV também tinha essa opção (OMV Extras). Pelo que percebi, o FreeNAS é um pouco mais complexo devido aos jails, que tem um sistema de permissões mais complexos. O OMV, ao contrário, parece ser um pouco mais flexível.

Como exemplo, não adianta simplesmente instalar um jail do NextCloud ou instalar o Docker no FreeNAS e instalar o NextCloud nele. Para acessar o pool de arquivos, é uma luta. Parece (digo parece porque ainda não instalei isso no OMV) que o sistema de instalação e compartilhamento no OMV é bem mais simples.

Outra coisa que havia me direcionado ao FreeNAS era o suporte à VM. O problema é que o FreeNAS usa toda a RAM que eu coloquei como cache. PQP! Haja RAM! Assim, as VM ficam leeeennnntttttaaaaassss! Inutiliza toda a ideia do negócio. Óbvio que tem solução: colocar um SSD para cache, por exemplo, mas não vou gastar nada com isso.

Aí vi que o o OMV tem suporte a VM também, utilizando o Virtual Box. Acho que aí eu resolvo minha questão com VM.

Além disso, outras coisas motivaram essa troca toda.

Uma delas foi a esdrúxula decisão do Yahoo de acabar com o Auto Forward de mail. Uma das medidas mais antipáticas que já vi. Lá pelos idos 1997, quando a internet começou a chegar no Brasil, eu ainda estava na Faculdade de Medicina da UFMG. Na época, criaram o Centro de Informática Médica na faculdade e disponibilizaram emails para os alunos. Eu tinha um e era bem simples (como toda a internet da época). Aí apareceram o Yahoo Mail (fiz dois, um .com.br e um .com), o HotMail (também fiz um, antes de ser comprado pela Microsoft) e na iG (lembram dela?).

Pois bem, quando saí da faculdade, o acesso ao email da FM-UFMG foi cancelado. Comecei a usar o iG como meu email principal. Depois, mudei para o yahoo.com.br. Quando o Gmail surgiu, a interface dele era melhor e comecei a utilizar o Auto Forward do Yahoo para o Gmail, que acabou sendo a minha interface de email, apesar de receber e responder como yahoo.com.br.

A questão passou a complicar no começo de 2021, quando o Yahoo acabou com o auto forward para as contas gratuitas, alegando que não havia segurança, mas manteve para as contas pagas. Peraí! Não é seguro para conta gratuita mas é seguro para conta paga? PQP! Arranja outra desculpa melhor, né?

Como vários serviços e sites que eu acesso estavam cadastrados com o email Yahoo, fui mudando, ao longo de alguns meses para o Gmail. Atualmente só utilizo o Yahoo para o NoIP e a Apple.

Assim, aproveitei toda essa mudança e vou trocar o serviço do NoIP do Yahoo para Gmail. Só que isso vai resultar na reconfiguração do serviço de DNS dinâmico que preciso para o OpenVPN.

Enfim, dadas as devidas explicações, confirmei que todos os meus arquivos backupados no FreeNAS estão nos meus HD externos e mandei ver na troca do FreeNAS pelo OMV.

Além disso, aproveitei um HD de 500GB parado aqui para colocar no servidor. Assim, ele vai ter um HD de 500GB para rodar o OMV (mais que necessário), além de um de 1TB que já está nele e mais alguns externos para fazer o serviço de Storage.

A instalação é super simples. Após baixar a imagem estável no site deles (eles direcionam para o SourceForge, aqui), basta seguir as instruções na tela. Ja mostrei a instalação no primeiro post da série "Em busca do NAS doméstico (quase) gratuito!". Lá eu tinha mostrado como fazer no RP3 com o RaspOS instalado. Hoje fiz diferente: gravei a ISO baixada num pendrive bootável, desconectei os HDDs do servidor, coloquei o pendrive e reiniciei a máquina. Na hora de escolher onde gravar o OMV, formatei o HD interno da máquina e gravei nele. O resto é só seguir as instruções.

Duas coisas importantes: primeiro, reserve um IP fixo para o server, ajuda muito. Já falei disso aqui e vale sempre recomendar a leitura. Segundo, escolha uma boa senha.

Após instalar e trocar a senha, vá em Sistemas -> Update Management e atualize tudo que houver para ser atualizado.


O OMV, ao contrário do FreeNAS, não tem uma opção para acessar o Shell. E, ao contrário do RP, onde podemos instalar como um programa no RaspOS e acessar o Shell via VNC, o OMV não tem suporte para VNC (não ainda e não o VNC). Assim, ou você precisará de um monitor e um teclado para digitar algumas linhas de comando ou você pode utilizar o SSH. Por padrão, o SSH já está habilitado no OMV e você acessa digitando:

        ssh <usuário>@<endereço do OMV> <enter>

No meu caso, é:

        ssh root@192.168.1.2 <enter>

Usuários do Windows precisam, se não me engano, acessar pelo Putty.

Uma vez dentro do Shell do OMV, instale os "extras" com a seguinte linha de comando:

     wget -O - https://github.com/OpenMediaVault-Plugin-Developers/packages/raw/master/install | bash

Esses extras é que contêm a parte divertida: Docker, Transmission, PlexServer, Vitual Box, etc. Mas vamos falar disso mais pra frente.

Agora vamos preparar os discos para Storage.

Uma das grandes vantagens do FreeNAS e do OMV é aceitarem, nativamente, discos via USB (o XPEnology não aceita nativamente).

Após conectar o disco, vá em File System (ou Sistema de Ficheiros). Veja que o disco que você acabou de conectar NÃO está lá.


O disco, para aparecer, precisa ser "criado". Assim, quando você escolher Criar, aparecerá uma pequena tela que mostrará o disco conectado:


Escolha o disco, crie o nome e formate em EXT4. Como tenho dois discos para backup, ficará assim: o disco do OMV será sda, o primeiro backup será sdb e o terceiro será sdc. Esse é um processo um pouco demorado, a depender do tamanho do disco. Tudo que está nos discos será apagado!

Um detalhe: se a ideia é fazer algum RAID com discos externos, esqueça! O OMV, ao contrário do FreeNAS, não permite!


Não é um grande problema, pelo menos não inicialmente. Posso colocar esses dois discos (ambos de 4TB) para gravarem sequencialmente, mais pra frente comprar um de 8TB para fazer isso também ou, também mais pra frente, comprar uma gaveta e colocar dois discos lá dentro do server. A ver.

Após a criação e formatação dos discos, vamos montá-los no sistemas. Tentei formatar os dois ao mesmo tempo, mas eles estavam sendo persistentemente excluídos. Assim, tirei os dois do computador, liguei um, formatei e montei, depois fiz a mesma coisa com o outro. Aí deu certo. Vejam:


São esses dois, BKP01 e BKP02.

O próximo passo é criar um usuário para acessar os discos e pastas para esses acessos compartilhados na rede.

Assim, vá em em "Gestão de Direitos de Acesso" --> "Utilizador" e crie quantos usuários forem necessários. Aqui eu criei alguns: um para mim e outro para a patroa (cada um terá uma pasta para fazer backup de seus arquivos); um para o Plex (onde vou colocar as mídias), outro para o Transmission. Se precisar, pode-se incluir ou excluir usuários.

Depois, vá em "SMB/CFS" --> "Definições" e ative o SMB em "Ativo" e então vá em "Partilhas" para criar a(s) pasta(s).

Aqui tem um ponto importante: qual o grau de acesso que você quer dar a quem tem acesso a sua rede? Eu escolhi a opção onde o administrador e os usuários cadastro leem e escrevem e os usuários não cadastrados podem apenas ler. Isso vai de acordo com seu interesse.


Se você descer mais as opções, poderá ativar a opção "Time Machine Support" para permitir que o Mac faça o Time Machine. Para isso, optei por criar uma pasta "Time Machine" no outro disco (BKP02).



Para acessar este disco, será pedido um login e senha - é o nome do usuário e senha que você cadastrou!

O próximo passo agora é configurar os backups. Como já fazia tudo pelo Carbon Copy Cloner, é só organizar o destino e mandar começar os backups.

Agora o TimeMachine está rodando e os backups também. E isso vai demorar algumas horas.

Se tudo ficar certinho, vai sair um próximo post para instalar o PlexServer, o Transmission, o OpenVPN e o Virtual Box.

Até o próximo!

sábado, 3 de outubro de 2020

NAS Doméstico - FreeNAS

 Pessoal,

Só para atualizar aqui o NAS.

Backup:

Coloquei o Carbon Copy Cloner para fazer os backups para o NAS. Foi a maneira que encontrei mais fácil de efetuar os backups. Interessante que enquanto usava o WD MyCloud com destino de backup, diversos erros ocorriam. Com o NAS, o processo AGORA está liso!

Disse "AGORA" porque o primeiro backup completo foi dureza. Depois de algum tempo, o sistema ficava offline, o disco do NAS sumia da rede e o backup não era concluído. Gastei uns dois dias para cada backup que fazia. Depois disso, não tive mais erros com o backup.

Mídias:

Instalei o PlexMediaServer como plugin do NAS. É meio chato: criei um usuário "PlexMedia", montado em /mnt/JBCNAS/iocage/jails/PlexMediaServer/root/media/plex. Dentro de Jails, no menu inicial do NAS, direcionei uma subpasta dentro da minha pasta de mídias no pool para uma subpasta do PlexMediaServer:


Depois instalei o aplicativo do Plex no celular, iPad, AppleTV e TV. Pronto: todos eles encontraram o servidor na rede local e começaram a passar as mídias.

Repararam que eu disse "rede local"? Para "streamar" para a internet, o Plex exige que você seja assinante do PlexPass. Se você, assim como eu, tiver uma VPN (veja aqui), basta entrar na VPN e acessar o Plex "localmente)!

Usei principalmente esse vídeo aqui como guia para instalar o PlexMediaServer.

Time Machine:

Estou utilizando o NAS para fazer backup via Time Machine também. Dentro do meu pool, criei um dataset com o nome Time Machine e compartilhei na rede como SMB. Até tentei compartilhar com AFP (Apple File Protocol), mas não conseguia conectar os Macs nele. Com SMB, foi sem problema e vou deixar assim porque está funcionando e está bom (é como diz o velho ditado: "o ótimo é inimigo do bom")!

Próximos passos: instalar o NextCloud no NAS, ver se vou manter o PiVPN no RP ou se ele vai para o NAS e instalar o PiHole no RP. Outra possibilidade é instalar o Ubuntu Server em uma VM no NAS e rodar o PiHole e PiVPN nesta VM, além do aplicativo do NoIP!

Atualização:

Acabei de descobrir que o meu PC véio não tem suporte para criação de VM. Assim, como já tenho o RP rodando o PiVPN e o aplicativo do NoIP (expliquei tudo isso aqui, lá no meio do post; leiam que vale a pena), vou colocar o PiHole no RP também. Explicarei isso no próximo post.

É isso por enquanto.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Em busca do NAS doméstico (quase) gratuito! - Parte 6 (e última)

 Pessoal,

Terminei a epopéia do NAS doméstico (ou quase).

1 - MacMini:

    O MacMini morreu mesmo. A empresa que tentou recuperá-lo disse que a placa lógica foi pro saco mesmo.

    Solução: ou comprar um MacMini usado e transplantar a placa (não sei, comprar uma placa usada??) ou comprar uma placa nova (que nesse período de pandemia tá difícil de achar e com o dólar nas alturas tá caro de pagar...).

    Conclusão do MacMini: vai ficar guardado esperando o dólar cair e o corona sumir.

2 - VPN:

    O negócio do VPN é bom mesmo. O Raspberry de servidor de VPN tá funcionando que é uma maravilha. Essa é a minha solução para acessar minha rede local de fora de casa.

3 - Servidor:

    Eis que ganhei um PC velho para virar servidor! É um HP miniATX com core i3 4130 (4a geração) 3.4GHz, 8GB de RAM e HD de 500GB. Pelo que vi aqui, vai rolar com ele nos próximos anos.

4 - Discos para o NAS:

    Neste momento vai ser o que já tenho aqui: 2 HDs externos de 4TB rodando em RAID 0 mesmo. No futuro, se eu convencer a esposa a deixar eu montar um NAS em um rack, aí a coisa pode mudar de figura. Talvez um ou dois HDs de 8TB na próxima viagem para os EUA quando o corona e Trump baixarem a guarda...

5 - SO do NAS:

    Esse é o ponto nevrálgico do sistema. Testei o OpenMediaVault (aqui), o FreeNAS e o XPEnology.

    Achei o OMV chato de usar. A confirmação dele é pouco intuitiva e parece "frágil". A relação dele com o NextCloud ajuda muito para acessar externamente. É bem simples e roda até num RP. Seria minha opção se não tivesse um servidor melhor ou se tivesse um RP4 (é outra opção).

    Experimentei o XPEnology. Esse é o DiskStation Manager (DSM) da Synology acessado por um bootloader opensource (conhecido como piratex ou "da galera"). Tive alguns problemas com ele. Achei a criação do pool confusa, não tão amigável quanto eu esperava. Apesar de ser muito bonita, é pouco intuitiva.

    Além disso, a partição que eles escolheram tem limitações do tipo de caracteres e tamanho de arquivo até 4GB. Isso é um problema, porque tive vários erros ao copiar os arquivos (centenas de erros). Isso foi, pra mim, o pior dos mundos, porque é até proibitivo (na minha opinião) para comprar um Synology "de verdade". Não sei se o QNAP também tem esse tipo de restrição.

    O Synology tem muita opção de plugin, inclusive para criação de VM (que nem cheguei a testar devido a falha das cópias dos arquivos). Além disso, tem aplicativos para os dispositivos móveis (ponto super positivo) mas de forma confusa (tem aplicativo que não funciona mais, só que ainda está para download?!?!).

    Enfim, não me atendeu.

    Então chegamos ao FreeNAS. Esse SO é o derivado opensource com contribuição da comunidade do sistema TrueNAS (inclusive agora serão unificados). É extremamente potente como o DSM da Synology, bem flexível como o OMV e permite instalar o NextCloud e usar seus aplicativos remotamente. Foi a opção que fiz.

    Outra coisa sobre o FreeNAS (e também o OMV): aceita HD externo USB naturalmente. O XPEnology não aceita (não nativamente, precisa fazer uma maracutaia... veja aqui).

6 - Backup:

    Meus backups ficaram assim: utilizo o Carbon Copy Cloner para copiar os arquivos do MacMini para um HD externo e desse HD externo para outro. O CCC também copia desse segundo HD para o FreeNAS. 

    Tenho conta no iCloud (200GB, familiar), no BOX (50GB para sempre), OneDrive (15GB para sempre) e Dropbox (13GB para sempre). O BOX tem músicas e cópias de pastas de trabalho. Estas pastas estão sincronizadas também no Dropbox e OneDrive. Todas são copiadas a cada hora para o iCloud e todas (incluindo o iCloud) vão para os HDs externos (inclusive para o NAS). Além disso, tenho pastas com arquivos pessoais e de informática que vão para os HDs externos e NAS somente.

    Faço o Time Machine no NAS. Óbvio que não quero perder nada, mas os dados sensíveis estão com bastante redundância e os dados nos Macs podem ser recuperados dos HDs externos.

    O NAS está rodando em RAID 0 (striping, sem redundância) porque é o que deu para o momento (até porque já tenho os dados em outros 2 HDs externos). A idéia é depois organizar para rodar em RAID 1 (mirror) ou quem sabe RAID 5... Preciso de espaço e grana pra isso!

7 - Conclusão:

    Minha esposa fritou com essa maluquice toda. Ela falou: "junta dinheiro e compra essa merd*a do QNAP logo".

   Difícil explicar que o barato é fazer porque eu consigo! É um processo experiMENTAL! Minha salvação durante a pandemia!

   Para esse projeto, precisei estudar redes, backups, NAS, VPN. Não é pouca coisa, ainda mais se você é de outra área do conhecimento completamente diferente.

    Se recomendo esse sofrimento todo? Claro que sim! Não só pela economia, mas pelo conhecimento. Sempre gostei desse assunto e aproveitei para estudar tudo isso e colocar em prática. 

    Na pandemia aproveitei e estudei C também! Agora quero aprender Swift e Python! Conhecimento sempre é bom!

    Obrigado por acompanharem todo esse longo processo. Até o próximo post.

domingo, 30 de agosto de 2020

Em busca do NAS doméstico (quase) gratuito! - Parte 5 - VPN

Pessoal,

Vou dar continuidade ao desenvolvimento do meu NAS doméstico (quase) gratuito.

Um ponto que sempre pegou para mim, como já coloquei em posts anteriores, é a necessidade de acessar os dados do meu NAS (e consequentemente da minha rede doméstica) de fora de casa.

Ora, ter os dados apenas dentro de casa não resolve muito. Um NAS que se prese tem que não apenas gerenciar o armazenamento de dados mas também permitir seu acesso no momento oportuno.

Então, como diria Jack, vamos por partes: primeira, obter um acesso externo de um modo seguro à minha rede local; segundo, resolver um NAS que atenda as necessidades de confiabilidade e acesso tanto por computador quanto por dispositivo móvel.

Acesso a rede doméstica

Como falei aqui, descobri a duras penas que eu tinha um grande problema com os roteadores.

O roteador da NET estava habilitado a toda e gerava um IP por DHCP para o Google Wifi que gerava os IPs também por DHCP para os equipamentos na rede local. Ou seja, abrir uma porta para um IP local seria, além de difícil, arriscado. Para abrir uma porta, teria que abrir primeiro no router da NET e direcionar para o IP do Google Wifi. Assim, pela lógica, essa porta estaria aberta para todos os equipamentos da rede interna,  independente do IP delas ou se houvesse ou não necessidade para isso. Mas nem isso funcionava.

Assim, coloquei o router da NET em bridge (já falei aqui) e fui estudar um pouco sobre NAT (Network Address Translation), Virtual Server, Port Triggering e DMZ Host.

Mas tudo isso mudou quando relembrei de uma vez que tentei, sem sucesso, criar uma VPN. Na época nem sabia bem para que isso poderia me ajudar, acho que fui instalar para aprender mesmo, sem utilidade prática. Não seria uma VPN para acessar um conteúdo no exterior (falei disso bem no começo do blog, lá em 2010!). Meu objetivo aqui é ligar dois pontos seguros: minha rede local e meu notebook ou celular. Sei onde está a entrada e saída dos dados.

Na época, quando tentei fazer essa VPN, utilizei o PiVPN, fazendo do RP3B+ um servidor de VPN. Não funcionou e hoje suspeito que seja por conflito de IP dos roteadores. Como bypassei o da NET colocando ele em bridge, espero que dê certo desta vez.

Antes de tudo, fiz uma instalação limpa no cartão do RP com o Raspberry Pi OS. Depois instalei o OpenMediaVault (veja como instalar facilmente aqui). O objetivo era ter um HD na rede para testes e saber se a VPN funcionaria bem mesmo. Tudo pronto, vamos à VPN em si.

Optei pelo PiVPN. O processo é fácil, tá bem explicado e tem vários tutoriais na Internet. Gostei muito deste vídeo do Lon Seidman no Lon.TV, um dos melhores do YouTube.

Uma das vantagens do PiVPN é a facilidade para instalação. Outra é que o processo já cria a chave para criptografia durante a instalação.

Para iniciar a instalação, abra o Console do RP (ou Putty ou Terminal, se estiver usando SSH) e digite:

    sudo curl -L https://install.pivpn.io | bash

A instalação vai começar e algumas telas serão mostradas:


Um ponto importante é que, como todo servidor, o PiVPN necessita ter um IP Estático. Além disso, o cliente VPN (o celular ou o notebook) precisará saber para qual IP válido (o IP fornecido pelo provedor, ISP) ele deverá mandar a requisição. Vou falar disso daqui a pouco.


Definir um IP fixo na rede doméstica é fácil. Entre no seu roteador e procure por reservar de IP, reserva de endereços no DHCP ou algo assim. Cada router tem um nome pra isso. Aqui o meu já estava fixado (o RP, pela conexão ethernet, sempre tem esse IP).


Escolha como você vai se conectar, cabo ou wifi. O recomendado para um server sempre é cabo devido a estabilidade. Assim, escolhi eth0.


Confirme se o IP está certo e vamos em frente.

Agora o PiVPN deseja saber onde será guardada as informações do OVPN. Como só tenho um usuário no RP, as configurações serão guardadas em /home/pi/ovpns. Nesta pasta ficará guardada a chave de criptografia que será transferida para o cliente posteriormente.



O sistema agora perguntará se desejamos permitir a instalação automática das atualizações de segurança. Por motivos óbvios, a resposta só pode ser SIM.



Agora escolheremos o protocolo que o PiVPN utilizará, UDP ou TCP (veja a diferença aqui, muito bem explicado) e a porta que deverá ser utilizada. Por padrão o PiVPN escolhe o protocolo UDP e a porta 1194. Eu optei por manter o protocolo UDP, mas troquei a porta por segurança (existem portas que não devem ser utilizadas; o sistema tem 65.536 portas e algumas -veja aqui e aqui devem ser evitadas porque normalmente são utilizadas).

Nesse momento, você deverá retornar ao seu router e reservar, no IP fixado para o RP, qual a porta escolhida para receber o fluxo externo, a porta do fluxo interno (geralmente a mesma) e registrar qual o protocolo deseja utilizar (TCP, UDP ou ambos).



Agora será perguntado sobre nível de encriptação das chaves. Escolha 2048 ou 4096. É a segurança de seus dados e da sua rede doméstica que está em jogo. Jogue para ganhar.



Agora vamos ter mais um pouco de teoria para continuar o processo.

As operadoras fornecem um IP para cada computador conectado na rede. Esse IP é conhecido como IP válido ou IP público (IP atribuído pelo órgão regulador). Para saber se um IP é válido ou não, é só saber o seguinte:

    -> 10.x.x.x
    -> de 172.16.x.x a 172.32.x.x
    -> 192.168.x.x

Todos os IPs que estejam nessa regra de cima NÃO são IPs válidos, servem apenas para uso em redes locais. Fora isso, são IPs válidos (e distribuídos pela sua ISP ou por um órgão regulador).

Os IPs geralmente estão distribuídos na versão 4 (famoso IPv4). Esse endereços têm 32 bits de comprimento e existem 2ˆ32 endereços IPv4 (cerca de 4,3 bilhões de endereços). Com o aumento dos dispositivos conectados, esses endereços são insuficiente. Assim, existem duas saídas: a melhor para o usuário e a melhor para a operadora.

A melhor saída para o usuário é a adoção do IPv6. Aqui os endereços têm 128bits e existem 2ˆ128 endereços IPv6 (cerca de 340 duodecilhões de endereços, 340 seguido de 12 zeros...). Assim, cada dispositivo na rede teria seu endereço fixo (um IP válido para cada equipamento na rede).

MAS (sempre tem um mas...) nem todos os servidores e roteadores suportam IPv6. Tirando a questão de bugs e outros problemas que ainda podem existir. Como sempre, vale a regra do "MAS": nada depois de um MAS pode ser bom!

As operadoras resolveram isso de outra forma: CGNAT. Resumidamente, com a escassez de endereços IPv4 (tem mais equipamento na rede que endereço), eles distribuem os endereços entre que está ativo e podem trocar seu endereço a qualquer momento.

O que isso tem a ver com a nossa VPN? Tudo! O cliente precisa saber qual IP válido ele deve procurar para fazer a requisição do dado. Ora, se o seu IP válido muda frequentemente, como você pode resolver isso? Ou pagando para ter um IP válido fixo ou utilizado um serviço de Dynamic DNS (DDNS, No-IP, etc).

Esses serviços de DDNS fazem basicamente uma atualização do seu IP válido e o registram em um sistema de domínios (DNS). Ou seja, pegam o seu 189.17.48.190 que a sua ISP atribuiu para você e o registram como fulano.ddns.net. Assim, quem digitar isso vai ser encaminhado para o IP atribuído a esse DNS. Esses serviços geralmente tem um aplicativo que faz automaticamente essa atualização. Alguns roteadores fazem essa atualização também (MAS, sempre o MAS, Google Wifi não tem esse serviço de DDNS...).

Assim, entrei no No-IP, fiz o cadastro e escolhi o nome. Baixei o aplicativo deles para atualização pro Mac, mas como estava tudo rodando no Pi, achei melhor baixar pra lá e deixar o RP fazendo tudo isso. Basicamente fiz isso:

    sudo su #para ficar com super usuário

    cd /usr/local/src

    wget http://www.no-ip.com/client/linux/noip-duc-linux.tar.gz

    tar xzf noip-duc-linux.tar.gz

    cd noip-2.1.9-1

    make

    make install

Agora o programa vai pedir o nome de usuário ou email registrado no No-IP.com, a senha, vai pedir pra você escolher qual nome deseja atualizar e com qual frequência (o padrão é 30 minutos, mas eu escolhi 5 minutos). Depois digite, ainda com SU:

    /usr/local/bin/noip2

Pronto. Agora já temos um DNS ligado ao nosso IP válido e continuamente atualizado.

O próximo passo agora no PiVPN é escolher se quer utilizar o IP público (ou válido) ou escolher um DNS. Obviamente vamos escolher entrar com DNS e colocar o DNS que acabamos de criar no No-IP (lembre-se, é só no DNS, sem "http"):



Agora somos perguntados sobre qual serviço de DNS desejamos usar. Escolhi o Google, mas o OpenDNS também é bem rápido. Falei um pouco disso no final deste post.


Bom, a configuração acaba aqui. Agora falta apenas entrar com os usuários (clientes) da VPN.

Dê um

    pivpn add

e digite o que é pedido: nome do cliente, senha e senha novamente. Nunca é demais reforçar que a senha deve ser boa, né?

Agora, se tudo deu certo, a chave para o cliente foi criada e deverá estar em /home/pi/ovpns. Essa chave deve ser enviada para o cliente. No meu caso, como o cliente sou eu mesmo (será meu notebook, iPad e iPhone), posso passar por três formas: por email (pior opção, insegura), pendrive (tem que lembrar de apagar depois) ou por um serviço de nuvem.

Não se esqueça de liberar essa porta UDP no roteador, em Port Management. Acrescente a regra com a porta escolhida, o padrão de comunicação (UDP, TCP ou ambos) e confira se o MAC Address do servidor é o mesmo que você está liberando.

No Mac instalei o Tunnelblick para acessar a VPN. Arrastei a chave para o ícone do programa, digitei o usuário e a senha e pronto. Fica um pequeno ícone na barra superior e aí é só clicar lá e começar a navegação via VPN.

No iPad e iPhone o processo é um pouco diferente. Para ambos existe aplicativo da OpenVPN que deve ser baixado na AppStore. Depois de baixado, conecte o iDevice ao computador, abra o Finder, selecione seu dispositivo e, à direita, escolha "Arquivos". A seguir arraste a chave para o aplicativo OpenVPN e termine de configurar no iDevice.



Bom, o próximo passo é efetivamente criar um bom NAS.

Utilizando a VPN, tenho a segurança agora de acessar o NAS de fora da rede, qualquer que seja o NAS escolhido.

Pode ser o OpenMediaVault (e ele ficaria apenas para arquivos e/ou TimeMachine). Pode ser o NextCloud (que tem aplicativos que podem ser utilizados nos dispositivos móveis) ou tentar o XPEnology, meu sonho de consumo.

Para o XPEnology, precisarei de uma máquina boa, que permita virtualização.

Lembram do MacMini que morreu no começo do ano? Pois é, descobri uma empresa aqui em BH que tentará recuperar a placa lógica dele. Se der certo, ótimo. Se não der, é pensar no plano B.

Só que esse post acaba por aqui. Obrigado.

domingo, 5 de julho de 2020

Em busca do NAS doméstico (quase) gratuito! - Parte 1

Pessoal,

Já falei aqui no blog sobre os meus backups. Uso meu MacMini como servidor para TimeMachine e utilizo o Carbon Copy Cloner para fazer backup para 2 discos externos. Também utilizo o CCC para copiar para um NAS (WD MyCloud). 

Para completar a tara, utilizo o DropBox, BoxSync e OneDrive para backup de algumas coisas em nuvem. Essas nuvens também são copiadas para os discos externos e também para o TM.  Também tenho 200GB no iCloud e essas nuvens passam por lá também, e o iCloud também vai pra festa dos backups.

Assim, espero ter redundância de tudo para evitar alguma catástrofe digital.

Nessa orgia de backups, faço backup do Mini, do Pro e do White. O iPad e o iPhone também são "backupiados" no Mini (além de algumas coisas no iCloud) e daí também vão pra zona dos backups.

Tudo funciona muito bem. Não perco mais arquivos, mas dependo do Mini rodando 24/7. Isso não é problema (tá, a CEMIG cobra o preço disso), mas a gente sempre acha uma gambiarra desculpa justa causa pra fazer mais um backup ou inventar mais uma moda!

Tenho um Raspberry Pi 3B parado aqui, sempre tentando arranjar uma coisa pra fazer com ele. Já foi retrogame, já tentei instalar Ubuntu nele, tentei instalar W10 nele, mas não ia pra frente.

O RP3B tem lá seu problemas, mas quando comprei era o RP mais moderno. Hoje toma uma surra do RP4, mas ainda tem muita coisa pra fazer.

Pra quem não conhece, o Raspberry Pi é um computador popular, muito barato (a versão mais barata - RP Zero - custa apenas US$ 5; a mais cara, RP 4 com 8GB de RAM, custa US$ 75), que pode servir para uma infinidade de coisas. O site da Raspberry Foundation tem muita informação sobre o que é o RP e coisas para fazer com ele.

Uma das coisas legais no RP é utilizar Python para programação. O C também é super útil (uma vez que ele roda Linux).

Enfim, voltando ao assunto do post!

Fuçando na internet hoje, achei uma página que falava sobre o OpenMediaVault. Esse programa é uma solução de NAS bem simples e bem completa. Tem cliente Torrent, SMB e serve até como servidor para TimeMachine!

Quando resolvi utilizar o MacMini como servidor de TM, meu plano inicial era utilizar o RP para isso, mas não consegui fazer funcionar de jeito nenhum.

Recentemente tentei utilizar o FreeNAS e o OwnCloud para criar um... NAS, é claro! E é claro que não funcionou, porque senão eu não estaria fazendo este post. Basicamente, ambos são extremamente poderosos, super completos e um tremendo pé no saco para instalar. É coisa pra avançando em Linux (e taí uma coisa que eu não faço questão nenhum de ser).

O OMV foi diferente. Tentei e deu certo.

Basicamente segui esse tutorial aqui (fiz algumas modificações) e foi bem simples de fazer.

O tutorial recomenda instalar o Raspberry Pi OS Lite e fazer a instalação remotamente. Se você não tem ou não quer ligar mouse, teclado e monitor no RP, essa pode ser a sua solução. Você liga o RP na tomada, instala o Adafruit Pi Fruit no seu computador (tem versões para Mac, Windows e Linux), conecta um cabo do roteador ao RP e vai passar informações da sua rede pra ele e pegar o IP dele. A partir daí, usa o ssh (se Mac/Linux) ou Putty (se Windows).

Eu preferi manter a minha versão já instalada (Raspberry Pi OS with desktop and recommended software - a versão mais completa) e acessar o RP via VNC e terminal diretamente no RP.

No tutorial, o autor se preocupa exaustivamente em conferir se o download foi perfeito (checa o hash do arquivo, etc). Vou ser sincero, não fiz nada, absolutamente nada disso.

Independentemente do que escolher, sempre é recomendado atualizar o RP OS:

    sudo apt-get update
    
    sudo apt-get upgrade  -y

    sudo rm -f /etc/systemd/network/99-default.link

Depois de fazer isso, resete ele com: 

    sudo reboot

Para instalar o OpenMediaVault, utilizei o script abaixo:

    wget -O - https://github.com/OpenMediaVault-Plugin-Developers/installScript/raw/master/install | sudo bash

Esse script faz tudo sozinho. Demora um tantinho, uns 30 minutos pelo menos. Depois disso o RP reseta sozinho e então é tudo feito a partir do seu computador principal (não precisar mais usar o RP para configurar).

No browser do seu computador, digite o endereço IP do seu RP e vai entrar nessa página:


Aqui você digita admin e openmediavault para usuário e senha, respectivamente. A senha será trocada logo a seguir.


Essa é a página inicial. A gente vai ter que ativar o SMB/CIFS depois para funcionar.


Em "General Settings" troque sua senha. É a primeira coisa a fazer! Depois vá em "File System" -> "Create" e adicione o HD externo que você conectou ao RP. Lembre-se que o RP passa pouca energia pelo USB. Assim, ou utilize HD portátil (ou SSD) ou um HD de mesa com fonte externa.

Escolha o nome do HD de backup e formate em EXT4.


Nesse momento, seu HD será formatado. Depois, você deverá montar o HD em "Mount". Após toda ação, aparecerá uma mensagem amarela na parte de cima da tela para confirmar. Sempre confirme.



O próximo passo é criar uma pasta para compartilhar e criar um usuário para acessar a pasta.

Em "SMB/CIFS" -> "Settings" ative o SMB em "Enable" e depois vá em "Shares" para criar a pasta.



Clique no "+" na frente de "Shared Folder" para criar um no diretório.

 
Escolha o nome do diretório e selecione o HD ligado ao RP. Depois que salvar, arraste a tela para baixo e ative "Time Machine Support" para permitir que seu Mac faça o TM nele. Se você não quiser o TM, não precisa ativar, a pasta criada será acessível pela rede do mesmo jeito.


Agora vamos criar o usuário. Vá em "Access Rights Management" -> "Users" -> "Add"



Pronto! Já está tudo pronto para fazer o TM. Agora, no Mac, vá em "Configurações" -> "Time Machine" e perceba que o disco do RP já apareceu!


Agora você vai digitar o nome do usuário e a senha que você acabou de criar.



Pronto! Você já tem uma Time Capsule feita com um RP e um HD externo do tamanho que você quiser!!

Se você quiser, pode criar uma pasta para fazer o TM e criar outra pasta para usar como NAS.



Pronto! O próximo passo é fazer isso aparecer fora da minha rede doméstica, acessível pela internet. Mas isso será assunto para um próximo post!

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Algumas coisas a lógica não consegue explicar...

Pessoal,

Meu MacMini foi hospitalizado.

Encontrei-o desacordado no fim de semana. Tentei de tudo para reanimá-lo: troquei a tomada, o cabo de força, todas as formas de ressuscitação disponíveis na internet. Nada. :(

Foi encaminhado para o hospital em coma. Aguardo ainda notícias. Se for a fonte, ok, provavelmente será trocada. Se for a placa lógica, bem... nesse caso acho que servirá apenas para doação de órgãos...

O MacMini foi comprado em uma viagem a Londres, em 2013, na Selfridge's. Estava um pouco mais barato que na Apple UK e, convertendo para dólar, mais barato que na França e Holanda (países que eu também iria na viagem). Estava mais caro que nos EUA (claro), mas BEEEMMMM mais barato que no Brasil. Assim, juntei os cobres e comprei. Late 2012, Core i7 2,3GHZ, HDD 1TB, 4GB de RAM e o resto da parafernália habitual (veja aqui). Como foi comprado na loja e não configurado por mim, veio esse Core i7 2,3. Se eu fosse configurar, provavelmente escolheria o Core i7 2,6.

Esse Mac tinha alguns problemas que quase me fizeram colocá-lo para adoção: pouquíssima RAM e um HD bichado.

A RAM foi fácil de resolver: soltando o fundo, a gente cai na cara do slot de RAM. Tirei os dois pentes de 2GB e coloquei dois de 8GB.

O HDD me deu dor de cabeça. Deu pau com um mês vencida a garantia. Formatei, reformatei e nada. Estragou mesmo. Troquei por outro HDD 1TB. Inacreditavelmente, esse também pifou. Mas confesso que fiquei até feliz, porque o MacMini estava completamente inútil. Não me lembro qual era o OSX da época, mas estava muito pesado. Primeiro coloquei um SSD externo e fiz o boot ser por esse SSD (veja aqui e aqui). Resolveu meu problema e o MacMini tornou-se extremamente útil na minha rede. Depois criei coragem, abri o Mac, tirei o HDD que estava ruim e coloquei o SSD. Deu um trabalhão, mas ficou ótimo (veja aqui as ótimas instruções do iFixIt.com).

Com a hospitalização do Mini, passei a procurar um novo Mac para ficar no lugar dele. Temporariamente estou utilizado o MacBook White de 2009 que ganhou vida nova com um SSD (aqui). Apesar de resolver temporariamente, esse MacBook não aguentará o tranco todo. Backup, servidor de TimeMachine: isso ele aguenta. Mas não aguenta as máquinas virtuais que eu uso para Imposto de Renda, Virtual Banking, etc. Vamos lembrar que ele tem 10 anos (late 2009) com processador Core 2 Duo 2,26GHz com 8GB. Tenho máquina virtual que roda com 8GB. Esse, infelizmente, não aguenta.

Bom, voltemos ao título do texto.

A Apple começou a adotar uma política que, particularmente, considero péssima: começou a soldar os diversos componentes (memória, SSD, etc). Assim, se der problema em um componente, você terá que trocar tudo. Meu MacBook Pro já é dessa linhagem.

Entretanto, na contramão da própria Apple, o mais novo MacMini tem a memória expansível, não soldada. O SSD é soldado, mas a RAM não. Assim, apesar de precisar desmontar todo o MacMini para trocar a memória, é possível economizar um pouco na hora da compra e trocar a RAM depois, comprando mais barato que a vendida pela Apple.

Veja só: para comprar 8GB da RAM do MacMini novo (DDR4 2666), a Apple americana cobra US$200 (na cotação de hoje - 27/12/2019 - R$4,05) ou R$810,00, sem impostos. A Apple Brasil compra R$1.600,00 reais!!!! No Mercado Livre essa memória custa de R$215,00 a R$400,00. Na BestBuy custa à partir de US$65 ou R$263,00. Detalhe que esse é o preço, no caso da BestBuy, para 2 pentes de 8GB, porque só 8GB não tem a venda.

Assim, a configuração dos meus sonhos seria: Core i7 6-core 3,2GHz, 32GB de RAM, SSD 512GB e placa Ethernet 10Gb. Não escolhi um SSD maior porque posso colocar um por fora e fazer boot externo, coisa que já fiz com o meu Mini. Poderia colocar 64GB RAM, mas ficaria muito caro e 32 tá ótimo por um bom tempo.

Tendo como base meu MacBook White com 10 anos que está ótimo e aguenta mais 5 no mínimo e o MacBook Air 2013 da patroa (que era meu) e que tá redondinho, escolher um Mac com configuração de ponta vai garantir um equipamento pra 10 anos. Qual PC com Windows aguenta 10 anos?

Assim, vou comparar alguns preços com a configuração dos sonhos (CS) no Brasil e EUA, ambos com 8 e 32GB RAM.

CS 32GB USA - US$ 2,199.00 ou R$8.900,00 (sem impostos). Com impostos da Flórida (6,5%), vai para US$2,341.93 ou R$9.476,00.

CS 32GB BR - R$18.199,00 ou US$4,497. Quase o dobro que nos EUA...

CS 8GB USA - US$1,599 ou R$6.470 (sem impostos). Com impostos da Flórida (6,5%), vai para US$1,702.93 ou R$6.891,00.

CS 8GB BR - R$13.399,00 ou US$3,311.

32GB RAM USA - US$129.99 ou R$526 (sem impostos). Com impostos da Flórida (6,5%), vai para US$138.43 ou R$560,18.

32GB RAM BR - R$1.184,00 ou US$292.60.

CS 8GB + 32GB USA - US$1,728.99 ou R$6.996 (sem impostos). Com impostos da Flórida (6,5%), vai para US$1,841.36 ou R$7.457,50.

CS 8GB + 32GB BR - R$14.583 ou US$3,603.74.

Vejam bem: comprar a CS com 8GB nos EUA resulta em economia de R$6.508 comparado com o equivalente aqui no Brasil. Se for com 32GB é de R$8.723,00. Essa diferença ainda paga fácil os 32GB RAM, seja comprando lá ou aqui.

Acabei de olhar na CVC: um pacote com parte aérea, saindo de BH para Miami, com uma semana de hospedagem para DUAS pessoas: à partir de R$ 3.130,00 por pessoa (R$6260,00 o casal).

Um casal vai pra Miami, passeia por uma semana, compra o MacMini lá (qualquer que seja a configuração) e ainda sai mais barato que comprar aqui no Brasil.

Se você quiser fazer uma viagem bem legal, pode ir pra Londres e passar uma semana com sua patroa: R$3.822/pessoa = R$7.644 + MacMini 32GB UK (£2,059 = US$2.693,17=R$10.900). Vai sair mais caro que nos EUA, mas ainda assim mais barato que aqui no Brasil. E você passa uma semana em Londres.

Um detalhe é a Declaração de Bens do Viajante (DBV): se você comprar produtos acima de US$500, "teoricamente" deve-se recolher os tributos na chegada, ainda no aeroporto. "Teoricamente" porque nem tudo mundo faz isso (acho que a minoria faz) e porque, às vezes, o risco de NÃO pagar o imposto ainda compensa em relação ao preço daqui.

Como exemplo, o nosso MacMini CS 32GB USA: US$2,341.93. Sim, para calcular o assalto da RFB o preço é o cheio, ou seja, com impostos. Já pagou imposto lá e acha que é bitributação? Azar o seu, pode ficar achado porque RFB tá nem aí pra você...

Assim, US$2,341.93 está 1,841.93 acima da cota de 500 doletas. Se você declarar, paga 50% do excedente (US$920.96) em tributos, totalizando (2,341.93 + 920.96) US$3,262.89 (x4,05 = R$13.214,72. Se não declarar e for pego, paga multa de 100% sobre o que passou, ou seja, mais US$920.96. Assim, o Mini sai por US$4,183.85 ou R$16.944,59.

Considerando que ele custa R$18.199,00 aqui no Brasil, se você trouxer, não declarar e não for pego, é o melhor dos mundos. Se não declarar e for pego, ainda fica R$1.254,40 mais barato que compra aqui no Brasil.

No caso do CS 8GB USA a conta fica assim: US$1,702.93; excedente de US$1,202.93; tributos sobre 50% do excedente de US$601.46 (R$2.435,93). Ou seja, se declarar ele sai por US$2,304.39 (R$9.332,77); se não declarar, ele sai por US$2,905.86 (R$11.768,73). No pior cenário, ele ainda fica R$1.630,26 mais barato que comprar aqui. Com essa diferença, você ainda compra os 32GB de RAM aqui e ainda sobra uns R$500,00.

Retornando ao título dessa postagem: algumas coisas a lógica não consegue explicar...

Reproduzindo vídeos na Apple TV 4

Pessoal,

Hoje vou falar um pouco sobre como resolvi uma questão que me incomodava há anos: como reproduzir os filmes, documentários, séries - enfim, vídeos diversos que eu havia gravado-, na Apple TV.

Eu tinha uma ATV 3a geração e foi uma enorme decepção. A reprodução era limitada a MP4, nunca conseguiram realizar o jailbreak nela, enfim, fiquei restrito às poucas opções que a Apple disponibilizava. Tentei converter os filme .mkv e .avi para .mp4 e anexar no iTunes, mas o processo era extremamente lento, frequentemente resultava em erro ou vídeo truncado, ou seja, não funcionava.

Anunciei na OLX e vendi, três anos depois de comprar, pelo mesmo preço (em dólares) que paguei.

Quando viajei recentemente, comprei a ATV4. Notei que havia uma boa melhoria, principalmente por ser 4k (ainda não tinha comprado a TV 4K), o controle remoto era melhor e mais robusto, além de ter bateria recarregável.

Mas o problema do vídeo não resolvia. Funcionava perfeitamente pelo AirPlay, mas a solução que eu procurava era algo que eu pudesse acessar diretamente um HD com filmes, documentários ou séries gravados.

Como tenho um WD MyCloud com 4TB, ativei a função iTunes mas nada de resolver. Ultimamente estou utilizado backup atualizado semanalmente (veja a saga aqui e aqui) pelo Carbon Copy Cloner. Utilizo o TimeMachine num MacMini com IP reservado como ensinado aqui e tudo tem funcionado muito bem.

Tentei várias formas para conectar a ATV4 ao WD MyCloud, mas nunca consegui. Depois que passei a usar meu roteador atual (Google Wifi com tecnologia MESH, veja aqui e aqui), a rede ficou muito mais estável, mas ainda não conseguia passar os vídeos para a ATV.

Recentemente comecei a usar o VLC para ATV, mas ainda nada. Bom, conseguia passar os vídeos, mas nada de legendas! 😡😡 Não importava o que fosse feito: pastas separadas? Sim, não funcionou. Nomes iguais? Sim, não funcionou. Procurei em diversos lugares e a desculpa era a mais variada: é a versão atual, a nova vai resolver! Não, não resolveu. É culpa da AppStore (?)! Tem que marcar a opção "Tocar a próxima automaticamente"! Não, não funcionou.

Em resumo, parece que o VLC não transmite legendas na ATV! Que inferno.

Procurando, achei uma outra opção: Elmedia Video Player. Fantástico.

Baixei o programa na ATV. A tela inicial é super simples. Entre em Settings.



Depois vai perguntar o IP do HD (pode ser o endereço fixado do WD MyCloud ou de um computador com IP fixado com um HD anexado -este computador funcionaria como servidor de conteúdo). Coloque o endereço IP do seu servidor, o nome do usuário e a senha.


Entre em vídeos e vá navegando até a pasta do vídeo desejado. As legendas estão disponíveis no menu superior da ATV (aquele que aparece quando vc arrasta para baixo)


Resolvi meu problema. Na verdade, a ATV ficaria até desnecessária, porque a maioria das TV modernas pode fazer isso também. Mas mesmo na minha TV (Samsung Q80 55"), as legendas não passaram. Só resolvi assim.

Bom, fica aí a dica do dia.

Até a próxima.