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domingo, 9 de abril de 2023

Tutorial: como transferir um HDD do Virtual Box ou VMWare para uma VM no Proxmox

Pessoal,


Como comecei a contar nesse post aqui, resolvi instalar o MS-DOS e as versões antigas do Windows no Proxmox.

Como o Proxmox não aceita imagem de disquetes, não foi possível instalar diretamente o MS-DOS no Proxmox. Precisei usar o VirtualBox para criar a VM e, só então, mandar o HDD para o Proxmox.

Essa tarefa de converter o HDD do VirtualBox para o Proxmox é fácil mas não é trivial e tem algumas etapas mais complexas.

Criar uma VM no VirtualBox ou no VMWare é bem simples. Neste post aqui eu mostrei como criar uma VM do MS-DOS no VMWare. Para criar no VirtalBox é basicamente a mesma coisa.

Existem vários formatos para os HDD virtuais:
  • VDI - formato nativo do VirtualBox mas geralmente não aceito por outros softwares de virtualização;
  • VHD - formato do Microsoft Virtual PC, já em desuso pois foi substituído pelo VHDX;
  • VHDX - novo formato do MS Virtual PC, mas ainda com pouca compatibilidade no mercado;
  • HDD - formato do Parallels;
  • QCOW e QED - formatos antigos em desuso, substituidos pelo QCOW2;
  • VMDK - formato que era proprietário do VMWare mas atualmente é um formato aberto, aceito por quase todos os softwares de virtualização além de ser, provavelmente, mais rápido que VDI.

Geralmente o VirtualBox utiliza o formato .vdi (VirtualBox Disk Image) para criar o HDD virtual (mas é possível escolher outros formatos) e o VMWare utiliza o formato .vmdk.

Independente do formato escolhido, para enviar o arquivo de HDD para o Proxmox é necessário que o arquivo esteja em formato .raw. Para isso, vou explicar como converter os arquivos dos dois formatos mais comuns (.vdi e .vdmk)  para .raw.


.vdi para .raw

Acesse, no seu computador, a pasta das VMs. 


Veja que o arquivo .vdi tem pouco mais de 9MB. Pelo terminal do Mac (e acredito que no Windows e Linux funcione do mesmo modo), dê o seguinte comando:
# VBoxManage clonehd --format RAW "pasted\full\path\to.vdi" "pasted\full\path\to.raw"
Como estou dentro da pasta da VM no VirtualBox, pra mim foi isso aqui:


E apareceu um arquivo .raw com o tamanho total que eu havia reservado para o disco (500MB):


Pronto. Agora pode pular para a seção em que enviaremos este arquivo para o Proxmox.


.vdmk para .raw

Aqui primeiramente vamos mandar o arquivo para o uma pasta do Proxmox utilizando o Filezilla e entramos no Proxmox conectando pelo ssh. Uma vez lá dentro, navegue até a pasta para onde copiou o arquivo e dê o seguinte comando:
# qemu-img convert arquivo_origem.vmdk arquivo_destino.raw
OBS: é necessário fazer esse processo dentro do Proxmox pois o programa qemu-img está disponível apenas para o Linux.

Uma vez convertido o disco, vamos à criação da VM e importação do disco!


Criando uma VM no Proxmox

Esse passo não entrará em detalhes da criação de VM para Proxmox, apenas citarei os aspectos relacionados para este caso específico.

Bom, crie a sua VM normalmente com as características iguais à da VM que você criou no VirtualBox ou VMWare para gerar o HD virtual.

Em "SO" escolha "Não usar qualquer mídia" e escolha o sistema operacional como "Outro". Em Discos, escolha qualquer um e dê um tamanho pequeno, de poucos MB (afinal, não iremos adicionar nada nesse HD e ele será apagado e substituído pelo que criamos). Finalize a VM mas não execute ainda.

Na VM recém criada, vá em Hardware, selecione o Disco Rígido e aperte "Desanexar". Selecione agora o "Disco não usado" e exclua-o clicando em "Remover".

Se você utilizou o método do ".vdi para .raw", você precisa agora do Filezilla (ou equivalente) para copiar o HD em .raw para o Proxmox. Se você usou o método ".vmdk para .raw", você já fez o processo antes de converter o arquivo.

Uma vez copiado o arquivo .raw, precisamos importar o arquivo para o Proxmox utilizando o comando "qm importdisk". A sintaxe é assim:
# qm importdisk <VM ID> /root/<source disk file>.raw <destination storage pool name> --format qcow2
Claro que esse comando deve ser feito no Proxmox, via ssh!

Para facilitar o processo, mudei o nome do arquivo para MSDOS.raw (poderia ser MD-DOS_teste.raw; espaços em branco, em Linux, podem geral erros...). A minha VM tem número 106 e o HD do Proxmox onde eu coloco as VMs se chama "VM". Assim, o meu comando fica:
# qm importdisk 106 MSDOS.raw VM --format qcow2
Se o seu disco se chamasse "Disco_Arquivo" e VM no Proxmox tive o número 171, seu comando seria: 

# qm importdisk 171 MSDOS.raw Disco_Arquivo --format qcow2
A saída é assim:



Lá na sua VM no Proxmox vai agora apareceu um disco indicado como "Disco não usado 1". É esse disco "vm-106-disk-1.qcow2" que importamos.

A opção "--format qcow2" transforma o arquivo .raw em .qcow2. Se você não colocar essa opção, terá que converter depois usando o comando "DD".
# dd if=arquivo_destino.raw of=/local/disco_vm_nova
Assim, você teria que executar isso aqui ainda:
# dd if=vm-106-disk-1.raw vm-106-disk-1.qcow2
Por isso recomendo que use o "--format qcow2" na hora de importar o arquivo .raw.

Já estamos quase finalizando. Agora volte ao Proxmox, na sua VM e vá em Hardware e clique duas vezes no disco não utilizado e escolha "Adicionar". Agora vá em Opções e arraste o disco para o primeiro lugar na ordem do boot.

Pronto! Seu disco criado em .vmdk ou .vdi foi convertido em .raw, enviado ao Proxmox usando o Filezilla, importado para a VM do Proxmox e a VM está funcionante!

Só usar agora!

Nos próximos dias, vamos começar a instalar as VM dos Windows antigos (porque pra instalar o MS-DOS já foi aqui).

É isso que temos pra hoje! 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Proxmox - Instalando discos externos via USB

Pessoal,

No último post, falei sobre a instalação do Proxmox e a criação de uma VM onde rodam algumas coisas fundamentais, "estruturais",  como atualização do IP e VPN.

Agora o passo é incluir os discos externos (um de 8TB e dois de 4TB para rodarem como RAID 1 (veja aqui e aqui o que significa RAID e quais os tipos disponíveis). Ainda tenho um outro HD de 4TB rodando "por fora", onde o MacMini faz alguns backups e um outro de 3TB só para rodar o TimeMachine.

Bom, a minha primeira dúvida era se os discos deveriam estar disponíveis apenas para a VM do TrueNAS ou se deveriam estar no Proxmox e a VM utilizar esse pool criado. Acho que essa segunda opção é a melhor. Acho, de achar mesmo.

Bom, vamos lá.



Dentro de "Datacenter -> pve" vá em Disks. Repare que vários discos aparecem. O /dev/sda é o disco onde está instalado o Proxmox. É como se fosse o disco "c:" do Windows. Os discos /dev/sdb (4TB), /dev/sdc (8TB) e o /dev/sdd (4TB) farão parte do pool para backup do TrueNAS. O último disco, o /dev/sde, de 3TB, será o disco só para TimeMachine.

Dentro de "Datacenter -> pve -> Disks -> LVM", aparecerá apenas o /sda, ou seja, os outros discos estão conectados mas não estão acessíveis. Para isso é necessário ir ao Shell e formatar e montar esses discos com:

    # fdisk /dev/sdb (para escolher o disco)

    # d (para deletar a partição; dentro desta opção, você poderá escolher a partição que será deletada)

    # w (para escrever a ordem, ou seja, deletar a partição)

Após fazer isso com todas as partições / discos escolhidos, os discos ainda não estarão disponíveis. Para isso, ainda no Shell, faça o seguinte (para cada disco):

    # mkfs.ext4 /dev/sdb (para criar a partição em formato ext4)

Se você não sabe o que é o formato ext4, recomendo que assista dois vídeos muito bons, esse primeiro e esse depois. São longos, mas contam, bem explicados, sobre os tipos de formatos para formatação de discos, vantagens e desvantagens. Recomento muitíssimo. Aqui, do Wikipedia, também explica bem esses tipos de formatos.

Tome cuidado apenas para não apagar o disco /dev/sda, uma vez que ele é o disco onde está instalado o Proxmox.

Agora os discos estão assim no Proxmox:


Estranhamente, o disco /dev/sdb não aparecia de jeito nenhum para ser adicionado em diretórios. Assim, fiz uma coisa "bruta": criei partição em todos eles e depois apaguei a partição. Aí, tão estranhamente, ele (e todos os outros) estavam disponíveis para trabalhar.

Repare que os discos estão sem partição. Para resolver isso, volte ao Shell e entre no fdisk novamente, agora escolhendo "g" para criar uma tabela de partição GPT (veja mais aqui), depois "n" para criar uma partição e por fim "w" para gravar e sair do fdisk.

Agora ficará assim:


Agora o Proxmox consegue enxergar e montar todos os discos.

Para apagar as partições, volte ao fdisk (escolhendo o disco que você vai apagar a partição), escolha "d" para deletar a partição e "w" gravar e sair.

No próximo post, vou mostrar como instalar o TrueNAS, adicionar os discos para criar os storages e configurar o TrueNAS.

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Trocando o HD do MacBook Unibody Late 2009 por um SSD

Pessoal,

Olá!

Vou mostrar algumas novidades recentemente adquiridas. Boas diversões!

A primeira será a troca do HD do meu antigo MacBook Unibody Late 2009 (A1342) por um SSD 480GB.

Esse Mac foi o meu primeiro Mac. Aprendi muito com ele e, há algum tempo, estava meio encostado por alguns motivos, principalmente pelo peso e pela lentidão.

Uma grande pena foi a decisão da Apple de soldar os componentes na placa dos computadores. Assim, desde 2015, de modo progressivo, a empresa foi alterando sua linha de montagem de acordo com essa diretriz. Meu MacMini e esse Macbook White são mais antigos e ainda consigo promover essas alterações (trocar HD, expandir memória RAM, entre outros). Já meu MacBook Pro, 2018, não permite mais isso :(

O iFixIt desmontou alguns exemplares e é possível ver nessas fotos:

(Essa é a placa principal do MacBook Pro 2018 desmontada; todos os componentes estão soldados)

(Repare na RAM detalhada em verde e no SSD detalhado em amarelo)
Voltemos ao nosso texto.

O meu Macbook é um White com Core 2 Duo 2,26GHz, HDD 250GB, DVDRW (SuperDrive 8x DL), 13" e placa de vídeo integrada Nvidia GEForce 9400M. É o modelo Unibody branco com bateria interna (havia outro modelo cuja bateria era de fácil remoção). Vinha originalmente com o OSX 10.6.1 (Snow Leopard).

O HDD original é um de 5.400 r.p.m. com 250GB. Bom para nove anos atrás, "LO TOV" para hoje! Já falei sobre a diferença dos  HDD e SDD aqui.

Specs mais detalhadas são encontradas aqui.

Ele já havia sido atualizado de 2GB originais para 8GB (tinha dois pentes de 01GB, coloquei 02 pentes de 04GB) e tinha melhorado significativamente.

Entretanto, com as atualizações do OSX, ele foi ficando mais e mais lento para funcionar. Inviável algumas vezes.

Assim comprei um kit de ferramentas e um SSD Sandisk Plus 480GB no Amazon.




Essas ferramentas são recomendadas para reparo em Mac, mas servem perfeitamente para a maioria dos computadores e equipamentos eletrônicos mais refinados. Tem 80 peças entre espátulas, chaves diversas (fenda, Philips, Torx, etc) e pinças. Custou módicos US$ 21 dólares e aparenta ter boa qualidade. Bem bom!





O SSD Sandisk Plus G26 480GB não é o melhor, nem o mais moderno, nem o mais rápido e nem o mais barato, mas é de boa marca e velocidade de leitura/gravação bem satisfatória e boa relação custo benefício, ainda mais para um Mac de NOVE anos! US$ 75 por isso? Achei bem satisfatório! No Mercado Livre o preço convertido estava um pouco mais alto. Como iria para os EUA de qualquer modo, comprei na Amazon americana mesmo.

Para trocar o HD, segui o tutorial que tem no iFixIt, um site especializado em reparos de eletrônicos. O link para a troca está aqui.

A troca é simples e está bem detalhada no iFixIt.

Na hora de ligar, apareceu isso aqui:


Nenhum problema! O SSD está vazio e sem SO. É preciso instalá-lo no SSD e a própria Apple ensina como fazer aqui. Eu poderia/deveria ter feito isso, mas esqueci 😒. Poderia/deveria ter colocado o HDD novamente e fazer isso, mas preferi fazer do modo "Hardt" 😂😂😂 (não é, Lula da Silva?).

Utilizei um pendrive de 32GB formatado como Mac OS Expandido, entrei no site da Apple e fiz o download da versão MacOS High Sierra, a última suportada pelo meu Mac.

Após seguir as instruções, a inicialização começou no pendrive:



Agora é fazer acessar o Utilitário de Disco para preparar o SSD (optei por formatar em APFS, conforme expliquei antes aqui) e e instalar o MacOSX.

Depois de instalado, sem nenhum problema, é hora de configurar e instalar alguns aplicativos. De cara já deu pra nota uma melhora significativa!

A troca é realmente muito fácil, a instalação do MacOSX é mais fácil ainda e um equipamento de NOVE anos ganhou mais um fôlego para uns 3 ou 4 anos de uso. Pensar que um notebook produzido em 2009 recebeu 7 novas versões do SO e ainda tem fôlego para as tarefas mais corriqueiras (Word, Excel, Powerpoint, internet, ouvir música), tá muito bom!

Bom, em breve mostro outras novidades que chegaram aqui.

Até mais.