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domingo, 23 de julho de 2023

Segurança - Dica - Apple dispensa o CAPTCHA - ou como NÃO precisar usar o CAPTCHA ao usar Mac e iPhone

Pessoal,

Acredito que todo mundo conheça o querido CAPTCHA!

Conheça o CAPTCHA de Minas Gerais, onde tudo é "trem", menos trem (porque em Minas, trem é coisa!):


CAPTCHA é um acrônimo do inglês Completely Automated Public Turing test to tell Computers and Humans Apart (em português: teste de Turing público completamente automatizado para diferenciação entre computadores e humanos).

Alan Turing, o famoso matemático inglês que coordenou uma das unidades responsáveis por decifrar o código da máquina Enigma durante a Segunda Guerra Mundial, é considerado um dos principais nomes do desenvolvimento da ciência da computação através da chamada "Máquina de Turing

Em 1950, Turing escreveu um artigo para a revista Mind intitulado "Computing Machinery And Intelligence" (veja aqui e aqui), traduzido para algo como "Máquinas de Computação e Inteligência", onde Turing começa o artigo escrevendo: "I propose to consider the question, 'Can machines think?' This should begin with definitions of the meaning of the terms 'machine' and 'think'." (em português: "Eu proponho considerar a questão 'As máquinas podem pensar?' Deve-se começar definindo o significado dos termos 'máquina' e 'pensar'.").

No artigo, Turing sugere que deveríamos perguntar se uma máquina consegue ganhar o chamado "jogo da imitação" onde três pessoas participam: um homem, uma mulher e um interrogador; eles podem se comunicar apenas por notas escritas e, através de perguntas, o interrogador tenta determinar os gêneros de outros participantes, sabendo que há, necessariamente, um homem e uma mulher. O objetivo do homem é enganar o interrogador fazendo-o acreditar que ele é mulher e que a mulher é homem, enquanto o objetivo da mulher é auxiliar o interrogador a tomar a decisão certa. 

Turing propõe uma variação do jogo onde há um computador (objeto do teste), um humano e um interrogador (também humano). O juiz pode conversar com ambos (o humano e o computador), digitando em um terminal. Tanto o computador quanto o humano tentam convencer o juiz de que eles são o humano. Se o juiz não puder dizer consistentemente qual é qual, então o computador ganha o jogo.

A principal confusão sobre o teste de Turing é que o teste não mede "inteligência", mas sim a capacidade da máquina de se comportar como um humano.

Em 1966, Joseph Weizenbraum, no MIT, desenvolveu um software para processamento de linguagem natural chamado ELIZA, considerado o primeiro programa a passar pelo teste de Turing. O programa avaliava as entradas do usuário procurando por palavras-chave. Caso alguma fosse encontrada, uma regra transformava o comentário do usuário e gerava uma resposta adequada. Caso nenhuma palavra-chave fosse encontrada, retornava uma resposta genérica.

Bom, voltando ao CAPTCHA, este é um teste de Turing reverso, uma vez que o objeto de teste é o humano e quem aplica é um computador. O CAPTCHA é um teste cognitivo, criado pela Universidade de Carnegie, como ferramenta antispam. O aplicador (computador) sabe a resposta certa e sabe que os computadores não consegue resolver o CAPTCHA; assim, caso a resposta esteja correta, o usuário é presumidamente humano. O teste pode ser aplicado de vários modos, desde a distorção do fundo da imagem, como distorção de um texto ou identificação de imagens. Atualmente é utilizado o reCAPTCHA e o reCAPTCHA v2 e v3, uma vez que os sistemas estavam sendo capazes de identificar os textos.

Resumindo: Turing idealizou um teste onde um humano deveria descobrir se estava conversando com outro humano ou com um computador. Com o advento da informática moderna, surgiu o spam. Para evitar o spam, criaram o CAPTCHA, que nada mais é que um teste de Turing reverso, onde o computador precisa descobrir se está sendo acessado por outro computador ou por um humano.

Bom, descobri há alguns dias que a Apple, no iOS/iPadOS 16 e MacOS Ventura 13, desenvolveu uma autenticação privada que simplifica (ou faz o bypass mesmo) nos CAPTCHAs da vida.

Para tanto, no iPhone/iPad, clique em "Ajustes", toque no seu nome e vá até "Senha e Segurança". Arraste até a área "Avançado" e marque "Verificação Segura".

No MacOS, abra os "Ajustes do Sistema", clique no seu nome e vá até "Senha e Segurança" e ative a "Verificação automática".

Pelo que eu notei aqui, vez ou outra ainda pede algum CAPTCHA, mas a maioria parou de pedir!

Ótima notícia!

É isso por agora, pessoal!

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Dica: Aumentando a Segurança no iPhone!

Pessoal,

Recentemente (de novo) virou febre no Brasil os roubos de telefones com tela desbloqueada para realização de golpes, transferências financeiras, etc.

O sujeito está lá no carro ou na rua usando seu telefone tranquilamente quando um filho da puta meliante rouba seu telefone e sai correndo.

Se antes o objetivo era o aparelho em si, fosse para vendê-lo inteiro ou depená-lo, agora o objetivo é utilizar a tela desbloqueada para fazer PIX, sequestrar email e WhatsApp, fazer empréstimos e por aí vai.

Recentemente houve um relato no Twitter (veja aqui) de uma pessoa que teve seu celular roubado com a tela desbloqueada e roubaram mais de R$ 140k dele (entre PIX, TEDs e empréstimos). Têm relatos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e um excelente podcast do Tecnoblog aqui sobre este assunto.

[hater mode on]

Antes de entrar em mais detalhes, fica aqui um pequeno momento hater: o que esperar de um banco que coloca uma funkeira burra pra caralho para ser "diretora" apenas para lacrar? Só pode dar merda mesmo!

[hater mode off]

Voltando ao assunto, várias lições devem ser tiradas. Apesar de ser em iPhone este caso concreto, o mesmo problema acontece com Androids também. Assim, o problema não é EXCLUSIVAMENTE o iOS ou a Apple, mas a forma como interagimos e confiamos nossas informações a esses dispositivos móveis.

Várias coisas foram sugeridas e vou comentar algumas aqui. No final, vou contar o que fiz:

* Não deixar o email ativado no telefone: gente, isso não rola de desfazer, visto que foi uma das primeiras funcionalidades dos smartphones. O óbvio seria existir senha para abrir o aplicativo do email, seja o nativo, seja o Gmail, seja ou Yahoo ou seja qualquer outro. Pelo que vi, até existe um aplicativo para email que exige senha para abertura (não lembro qual, assim que encontrar o nome eu coloco aqui no blog), mas o criador é empresa pequena e aí.... bem, aí eu fico cismado também.

* Não ter aplicativos de banco no telefone: mesma coisa do anterior, o smartphone perde o sentido de existir.

* Senhas complexas: fundamental, mas se a tela estiver desbloqueada, lascou do mesmo jeito.

* Aplicativos de banco mais seguros: fundamental.

* Autenticação em duas etapas: aqui mora o problema, porque se você pede para restaurar senha do iOS, da Apple, do banco, do email, etc, tudo vem para o seu email (cujo app está aberto e sem senha e está como ladrão) ou para o SMS (que está com o ladrão). Ou seja, essa barreira falhou vergonhosamente.

Como fiz:

Bom, pensei em alguma coisa para exigir senha na hora de abrir os apps. Então criei uma automação no Atalhos do iOS.

1 - Abra o Atalhos, selecione Automação, crie uma Automação Pessoal e escolha "App": 

  


2 - Certifique-se que a ação está marcada para iniciar quando o App for aberto e clique em escolher:


3 - Abrirá uma lista com todos os Apps. Escolha clicando e selecionando todos que você quiser e, por último, clique em "ok":


4 - Quando voltar para esta tela, escolha "Seguinte" e depois "Adicionar Ação":

  

5 - Busque por "Timer" e clique em "Iniciar Timer":


6 - Ajuste o timer para "iniciar um timer de 1 segundo":

  


7 - IMPORTANTE: garanta que desmarcou "perguntar ao iniciar". Se aparecer uma caixa perguntando, confirme que é para NÃO perguntar!


8 - Sua automação deve estar mais ou menos assim:


9 - Agora vá ao aplicativo "Relógio", escolha "Timer" e selecione em "Ao Terminar" para parar a reprodução. Esta ação deve durar 1 segundo, conforme a foto abaixo.



Bom, escolhi todos os aplicativos onde alguma compra pode ser gerada, onde informações sensíveis podem aparecer (SMS, email, etc) e aplicativos onde não quero que ninguém tenha acesso.

Quando essa automação é executada, ocorre o seguinte: após o aplicativo ser aberto, em 1 segundo ele é fechado e volta para a tela de desbloqueio. Assim, é preciso a senha de desbloqueio ou TouchID ou FaceID para desbloquear a tela.

Resolve em parte, mas é melhor que nada.

Por hoje é isso!

Em breve, vou fazer mudanças profundas no NAS. Vou contar aqui como será depois!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Abandonei o Android, fui para o iOS e voltei ao Android - a saga!

Olá pessoal,

   Fiquei muito tempo parado sem atualizar o blog, mais por preguiça do que por falta de tempo (embora isso tenha contribuido também).

   Durante esse tempo acabei mudando do Android (tinha um Nexus One) para o iOS (iPhone 4). Fui uma grata surpresa!

   A plataforma iOS estava bem mais madura que o Android (estava com 2.2, Froyo). Os aplicativos mais diversos saíam, primeiro, pro iOS. Beeemmmmm depois pro Android. Os equipamentos eram mais rápidos, mais bonitos, com melhor conectividade com o computador (realmente, até hoje, fico admirado com a sincronização perfeita iOS, seja iPod, iPhone ou iPad com o iTunes). Tudo é transferido, sem estresse, de modo rápido e claro. Perfeito! Deu pau no iDevice? Manda restaurar. TUDO estará lá (desde que, claro, o backup tenha sido feito)!

   Mas o tempo foi passando e comecei a achar o iPhone meio feinho... Mesma cara, atualização após atualização. O brilho da tela já não me impressionava como antes. A Samsung estava fazendo um belo trabalho nos aparelhos "top". Como usuário mais avançado, comecei a ficar de saco cheio das barreiras da Apple. Não, você não pode fazer isso com o SEU aparelho. Não, você não pode instalar tal programa ou fazer tal conexão com o SEU aparelho. Tudo bem, é para isto que existe o jailbreak... Mas o jailbreak inegavelmente resulta em atraso para atualizações. Ou seja, OU você fica com uma versão mais "customizada", mais "liberada", só que defasada OU você fica com a última versão do iOS com uma ou outra novidade só que com o aparelho "travado". E não, isso não se refere a pirataria de aplicativos. CENTENAS ou MILHARES de complementos fantásticos estão disponíveis (pagos ou gratuitos) no Cydia. Diversos repositórios contém uma infinidade de programas extremamente úteis para o usuário, seja ele avançado ou não.

   Vou dar um exemplo de coisa que me irritava no iOS: tenho muitos ebooks em PDF e em CHM. Precisaria de dois programas para lê-los no iPad, um para PDF e um para CHM. Entretanto, gosto de fazer como faço no computador: tenho uma pasta de ebooks, e lá estão todos os ebooks de todos os formatos. Quando quero ler um, vou até a pasta e clico no arquivo. Ele automaticamente pergunta-me qual aplicativo quero usar para abrí-lo. Escolho e pronto. Simples e óbvio, não? No iPad / iTunes isso não ocorre assim. Primeiro, você tem que "importar" pelo iTunes o ebook para um determinado programa no iPad. Ou seja, se no futuro você resolver trocar de programa, tem que refazer toda a sua biblioteca. Depois de importá-lo, tem que saber se o ebook tal é PDF ou CHM, porque o programa consegue enxergar apenas os livros por ele importados. Ou seja, se você usou o GoodReader para importar os livros em PDF, ele NÃO mostrará os livros em CHM, que foram importados pelo CHMate. E vice versa. Ou você sabe qual tipo de arquivo é o seu livro ou você tem que abrir um programa, procurar livro, ver que é do outro tipo e abrir o outro programa para achar o livro. Isso se for só PDF ou CHM (os mais comuns), porque pode ser que você tenha livros (ou textos) em .doc (MS Office), etc.

   O Cydia tem um programa para permitir "enxergar" as pastas e subpastas dentro do iOS. É o iFile (não confunda com o iFiles, no plural, disponível na AppStore, o qual é um lixo!). Então tá, você tem que fazer JB, instalar o iFile, que nada mais é que um programa tipo o Windows Explorer (não confunda com o Internet Explorer, lixo também!) ou Finder do Mac, utilizar um programa no PC para permitir acessar as pastas (como o excelente iFunBox), criar as pastas que você quiser, copiar seus livros, vídeos, etc, para lá e, via iFile, entrar na pasta, escolher o que quiser e mandar executar. Tá, pode parecer papo de "escovador de bits", mas é a minha opção! E isso a Apple não me dava, eu tinha que fazer por fora. No começo foi "divertido". Depois "cansativo". No final "encheu o saco, deu!". A gota d'água foi quando descobri porque DEMORAVA TANTO para abrir um livro quando eu fazia do meu jeito: o aplicativo COPIAVA o livro para o seu subdiretório, para então, abrí-lo. CADA VEZ QUE EU ABRIA O LIVRO, UMA CÓPIA ERA  FEITA. Um livro de 200MB, aberto 5 vezes, ocupava um espaço de 1GB!!!! FAIL total! Frustrante, broxante! Desanimei completamente...

   Aí comecei a pensar novamente no Android. Lembra do atraso para lançamentos de aplicativos no Android? Evoluiu muito nesse ponto. A Play Store (antigo Market) melhorou MUITO em termos de conteúdo e utilização. A plataforma ficou mais fácil de ser usada por quem não gosta/entende de customizações. Sempre achei que o Android era para usuários "avançados". Do 2.3 para frente, ficou bem mais user-friendly.

   Pesquisei, consultei usuários avançados e resolvi pegar o Galaxy X (idêntico ao Galaxy Nexus, vendido aqui como X por questões de direito). Estou muito satisfeito. Muito configurável, rápido, estável (lembro-me que o Nexus One travava muito). A integração do Android com o navegador Chrome está muito maior e muito eficaz. Bem bacana! Ainda uso o Chrome to Phone  (que já comentei antes).

   Vou só esclarecer uns pontos e desmistificar (isso mesmo, desmiStificar) sobre o iOS. SIM, ele trava!!! Aconteceu comigo um bom número de vezes, mas a Apple faz isso de um modo fantástico! Realmente travar o aparelho é uma tarefa quase hercúlea! Pouquíssimas vezes vi isso, mas acontece. Mas o aplicativo travar é bem mais fácil. O que o iOS faz? Simplesmente mata o aplicativo. Sabe quando você está escrevendo um email ou olhando uma coisa no Safari ou carregando um app qualquer e ele simplesmente "fecha" e volta para a Springboard (a tela inicial)? Pois é, travou! Deu pau! E foi fechado na marra! Outra coisa, o sistema demora até alguns segundos para abrir o programa. Aquele app que você apertou e começou com uma telinha de apresentação, toda bonitinha, é apenas para distraí-lo enquanto o sistema carrega o aplicativo. Pode durar até 5 segundos, segundo regras da Apple.

   E por que desmiStificar e não desmifiticar? Várias pessoas falam que o iOS NÃO trava! Sim, ele trava! E falam que os programas abrem NA HORA! Mentira, demoram um pouco! Engodo, mentira! Não é mito, é engodo! Assim, esclarecer uma mentira, engodo, é desmiStificar! Diferente de esclarer sobre um mito, que é  desmitificar (sem S).

   Depois vou escrever um review sobre o GX e sobre a migração entre iPhone e Android.

   Até lá...