domingo, 25 de agosto de 2024

Dica: Debloating o Windows 11 - Novidades de 2024!

Pessoal,


Já comentei aqui no blog, em pelo menos duas ocasiões, sobre um grande problema do Windows: bloatware!

São programas instalados pelo Windows mas que não são necessários para o sistema. São aplicativos redundantes, desnecessários, que ocupam espaço no HD e consomem processamento e RAM. São coisas como aplicativos para o LinkedIn, o TikTok, etc, além de programas de monitoramento e coleta de dados. Apesar de muito comuns em celulares com Android (a única vez que passou um Galaxy da linha S aqui em casa, um nada saudoso S4, tinha uma interface tão lotada de lixo que o deixava mais lento que outro Galaxy intermediário com Android puro que tinha aqui).

Isso começou há muito tempo e já foi um problema mais sério. Apesar disso, a Microsoft parece que resolveu repetir a dose do Windows 10 só que agora no Windows 11.

Geralmente são softwares que tem a desinstalação difícil ou ela é parcial ou incompleta.

Por sorte temos solução para isso. Métodos que foram citados em posts anteriores (aqui e aqui) já foram deixados de lado e abandonado por seus criadores ou foram incorporados em outros softwares e acabaram, eles mesmos, tornando-se inchados e confusos (a pura definição de BLOATWARE!).

Assim, dois métodos novos podem ser usados: o Revo Uninstaller (recomendo baixar a versão "Pro" e apagá-la depois, uma vez que é gratuita por 30 dias!) e o Optimizer, disponível no GitHub do Hellzerg.

Ambos são bem simples de usar e cumprem bem ao que se propõem!

Essa é a dica de hoje!

Até o próximo post, pessoal!

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Instalando versões clássicas do Apple Macintosh!

Pessoal,


Realmente estou sem tempo atualmente. Muito trabalho (graças a D'us), mas com pouco tempo para lazer. Mas a gente vai se divertindo mesmo assim!

Bom, eu nunca tive computadores Apple quando eu era mais novo. Como já contei aqui, meu primeiro computador foi um Gradiente MSX DDPlus e, a seguir, alguns PCs. Meu primeiro Mac, um MacBook White Unibody, foi comprado só em 2009.

Eu sempre achei o Macintosh clássico muito bonito e elegante, mas eles sempre foram muito caros. O modelo Macintosh Classic, de 1990, custava a partir de US$1,000 lá nos EUA (algo como US$ 2,500 em valores atuais). O modelo Macintosh 128K, de 1984, custava $2,495 ($7,700 em valores atuais).


Além de caros, esses computadores eram "impossíveis" de serem comprados no Brasil. Não bastasse o preço, absurdamente caro para a realidade brasileira na década de 1980 ("a década perdida"), ainda tínhamos a fantástica Reserva de Mercado, uma genial idéia para fortalecer a indústria nacional mas que, na prática, proibia a importação de diversos produtos, tornando o Brasil um dos países mais fechados do mundo em termos de comércio internacional e tornando o mercado interno do país um feudo exclusivo de alguns poucos fabricantes que só traziam produtos ultrapassados e caríssimos. Assim, oficialmente a Apple só chegou ao Brasil em 1995, após o fim da Reserva de Mercado e com a criação do Plano Real (veja essa reportagem aqui).

Uma curiosidade: em 1987 uma empresa brasileira, a Unitron, lançou um clone do Macintosh 512K. Esse computador gerou uma batalha comercial entre os EUA e o Brasil. Veja essa história aqui e aqui.

Enfim, vamos voltar ao tópico deste post.

A Apple lançou, desde 1984, uma enormidade de modelos. É até difícil entender o quê vem antes de quê. Achei essa foto no Wikipedia para ilustrar melhor:


É uma enormidade de modelos. Eu até que não me interesso tanto pelos modelos em si, mas preciso saber quais modelos rodam as versões do SO que pretendo instalar.

Os modelos clássicos são divididos em "Old World ROM" e "New World ROM". Os primeiros, de 1984 até 1998, tanto com processadores Motorola 68000 quanto IBM PowerPC, utilizavam o Macintosh Toolbox, uma série de recursos, drivers, rotinas e APIs armazenados na ROM. Isso era devido ao fato da ROM ser mais barata e mais rápida que a RAM, assim uma boa parte do SO era carregado da ROM e não do disco de inicialização. Leia aqui para entender um pouco mais sobre isso. Já os do segundo tipo não tinham esse ToolboxROM na placa lógica, mas usaram uma ROM de inicialização armazenada na pasta "System".

Em 2006 a Apple adotou chips da Intel para toda a sua linha e o boot passou a ser por UEFI e em 2020 a Apple passou a adotar chips de arquitetura ARM desenhados por ela mesma (Apple Silicon).

Assim, para entender qual emulador usar, precisamos definir qual o modelo de Macintosh queremos usar, saber qual o seu processador e sua ROM, escolher a memória e qual a versão do SO desejamos... Muito simples, não?

A Apple usou chips da família Motorola 68000 inicialmente. Os 68000 eram 16-bits com registradores 32-bits, com clock de 5 a 16 MHz. Os 68020 eram 32-bits, usados inicialmente no Macintosh II, com clock de 16 MHz. Os 68030 permitiam memória virtual e tinham um cache para dados, eram 32-bits e tinham clock de 16 a 33MHz. Já os 68040 tinham melhor performance que os 68030 e tinham mais cache de data, além de clock de 25 a 40MHz.

Em 1994 a Apple adotou processadores IBM PowerPC. Foram os modelos PPC 601, 603, 604, G3, G4 e G5. O chip PPC-G4 foi o primeiro a ter clock de 1GHz e o G5 foi o primeiro processador 64-bits para Mac.

Em 2006 a Apple passou a adotar processadores Intel x86, indo dos Core Solo e Duo aos Ice Lake, da 10a geração.

E, por fim, em 2020, a Apple passou a adotar os chips ARM desenvolvidos por ela e produzidos pela TSMC.

Aqui estão todos os chips dos modelos da Apple.

Aqui está a lista de todos os produtos da Apple.

A figura (também obtida da Wikipedia) abaixo mostra a relação da versão do SO, do modelo de Mac e o processador:


Para simplificar, podemos resumir assim as opções para Macintosh clássicos:

 - Macintosh 128 ou 512 - System 1 e 2
 - Macintosh Plus - System 3
 - Macintosh SE e II - System 4 e 5
 - Macintosh IIX e SE - System 6
 - Macintosh LC e Quadra - System 7

Aqui tem um bom resumo de todas essas versões.

Por fim, os emuladores. Atualmente temos 4 opções viáveis:

 - Mini vMac - para emular computadores de 1984 a 1996 (família Motorola 68000), do System 1 ao 7.6; 
 - Basilisk II - para emular os Mac Classic (do System 1 ao 7.6) ou Mac II (System 7.x ao 8.1);
 - SheepShaver - para emular Macs com processadores PowerPC (de 7.5.2 a 9.0.4);
 - Infinit Mac - para emular todos os Macs clássicos e NeXT até o MacOS 9.0. É online!

Dito tudo isso, vamos colocar a mão na massa e instalar alguns máquinas virtuais :)
  • Mini vMac
Após fazer o download do aplicativo (aqui), descompacte ele. Para Mac, ele aparecerá com extensão .app e para Windows aparecerá como .exe.

Após executar, ele fará o bip clássico dos Macs antigos e aparecerá uma mensagem informado que não foi possível encontrar a ROM do computador:


Agora vamos ter que procurar a ROM do sistema desejado. Como dito mais cedo, o Mini vMac emula computadores que rodam do System 1 ao System 7.6, fabricados até 1996 e que usam processadores da família Motorola 68000. Macs que tinham processadores Power PC (G3 em diante, iMac, "New World ROM, etc), não vão rodar neste emulador.

A ROM você consegue baixar no site Macintosh Repository (aqui). Aqui você pode escolher a ROM desejada.

Escolhida a ROM, esta deve estar na mesma pasta que o aplicativo (.app ou .exe) e deve ter o nome "vMac.ROM" (exatamente assim!). Uma vez baixada a ROM, modificado o nome e colocada na pasta, ao executar o Mini vMac, aparecerá a imagem abaixo, informando que o sistema operacional não foi encontrado.


Escolhida a ROM (a máquina), agora vamos escolher a versão do sistema operacional.

Um pequeno adendo: você perceberá que esse disquete com interrogação pisca bem rápido. Isso acontece porque, por padrão, o vMac roda 8 vezes mais rápido que o Mac real. Apertando e mantendo pressionado <Control + S>, você poderá alterar a velocidade do emulador.

Para baixar a versão do sistema operacional desejada, recomendo o WinWorld (aqui), nosso velho conhecido das instalações de versões antigas de DOS e Windows.

Como escolher qual versão? Depende de qual máquina (ROM) você escolheu. Por exemplo o Macintosh 128K roda até o System 3, o 512K roda até o System 4.1, o Plus roda do 3.0 até o 7.5.5, o Classic II roda do 6.0.8 até o 7.6.1 e o Color Classic II roda do 7.1 ao 7.6.1. A lista de compatibilidades pode ser encontrada aqui. Algumas ROMs estão corrompidas, sendo necessário garimpar pela internet. Sites como o Archive.org são boas fontes (veja aqui e aqui, por exemplo). Este site aqui também tem algumas ROMs.

Baixado a versão correta do System, é só deixar na pasta onde já está o aplicativo do Mini vMac e a ROM e arrastar o arquivo (extensão .img) para o Mini vMac em execução.

Uma sugestão: como esse aplicativo é pequeno (apenas 129KB) e as ROMs e IMGs são pequenos também, crie pastas para cada máquina que quiser manter. Assim, por exemplo:


Bom, ao executar o Mini vMac com a ROM adequada e arrastando o disco do SO para o aplicativo, teremos isso aqui:



Veja que, ao iniciar o sistema, temos o disco de instalação mas não temos HD para instalar. Assim, vamos instalar um HD nesse Mac e instalar o SO nesse HD.

A imagem do HD pode ser obtida aqui. Também podemos usar o aplicativo Disk Jockey (aqui) para criar as imagens. Caso escolha o Disk Jockey, lembre-se de escolher para qual tipo de máquina vai usar.

Escolha o tamanho, descompacte a imagem (.dsk), arraste para a máquina aberta e mande instalar no HD. Bem simples esse processo. Vai pedir para adicionar os discos (é só arrastar para o app) e reiniciar a máquina. Agora arraste o a imagem que você criou e instalou o SO e pronto:

("Olá, eu sou o System 6.1, rodando em um HD no Macintosh Plus!")

Para instalar jogos e aplicativos nesse Macintosh, basta arrastar o arquivo .dsk ou .img do programa para a máquina. Há vários sites com aplicativos e jogos, como o o Macintosh Repository e o Archive.org.

Caso o arquivo baixado esteja com final .sit, é porque ele está compactado com o StuffIt, um "ZIP" antigo dos Macs. Para usar programas assim, baixe o arquivo para resolver isso aqui. Para isso, baixe o arquivo dessa página (importfl-1.2.2.zip), descompacte e arraste o .dsk para o vMac. Lá dentro, abra o .dsk e arraste o arquivo "importFl" para o HD, para manter gravado no HD. Depois, ao abrir o arquivo do HD, aparecerá a mensagem "ImportFl: Ready to import...". É só arrastar o .sit.

Primeiro temos que baixar o ResEdit (aqui). Esse programa basicamente dirá ao Mac antigo que um arquivo .sit deve ser lido como um arquivo do StuffIt. É como dizer que um arquivo .doc é para ser lido pelo Word ou um .xls deve ser lido pelo Excel. Coisas de computador antigo.

Depois de baixar, você verá que o arquivo tem esse nome aqui: "resedit_2.1.3.img_.sea__0.bin". Isso nada mais é que um arquivo zipado. Apenas mude o .bin para .zip e descompacte, arraste o arquivo .img que foi descompactado para o vMac e, por fim, arraste-o para o HD. Após abrir o ResEdit e selecionar o arquivo .sit desejado, você receberá uma mensagem assim:


Para resolver isso, clique em "ok" para criarmos a ligação entre o .sit e o programa StuffIt. Vá em File -> Get Info for <seu arquivo.sit>.

Aqui temos que mudar as informações em "Type" e "Creator":


Essas informações podem ser obtidas no site MacDisk. Este site mostra a assinatura do criador do programa, qual o tipo do arquivo, qual a extensão e qual o criador. Veja a figura abaixo:


Assim, os arquivos .sit são da StuffIt e, no ResEdit, vamos colocar como tipo "SIT!" e como criador "SIT!". Deve ficar assim:


Agora pode fechar o arquivo (clicando no quadrado do canto superior esquerdo) e salvá-lo e sair do ResEdit.

Isso talvez seja necessário para cada arquivo que você fizer... Coisas de retrocomputação...

Agora precisamos do StuffIt e você pode baixá-lo aqui. O processo é o mesmo de outros programas: baixar, descompactar, arrastar o .dsk para o Mac e copiar o executável para o HD. Agora execute o StuffIt, escolha o .sit que deseja abrir e pronto!

Basicamente isso é o necessário para o Mini vMac! Achei um vídeo no YouTube com um bom tutorial também (veja aqui).

  • Basilisk II
Basilisk II é um emulador multiplataforma (Unix, MacOS, Windows, BeOS e até AmigaOS) que emula desde o Mac Classic (rodando do System 1.x até o 7.6) ao Mac II (rodando System 7.x, 8.0 e 8.1), porém apenas para processadores Motorola 68xxx. Entretanto o projeto foi interrompido em 2008 mas é mantido por voluntários.

O download pode ser obtido aqui, no GitHub do projeto, ou aqui, no Emaculation. No caso do Basilisk II, é necessário baixar o aplicativo e um aplicativo adicional para a interface mais amigável (BasiliskGUI, aqui). Também é necessário baixar ROM para a máquina (baixei aqui), mas já deixei outras opções acima, no tutorial do Mini vMac. Além disso, também é necessário fazer o download do sistema operacional (aqui).

Após realizar os downloads, crie uma pasta e deixe os arquivos para cada máquina que deseja criar lá, assim como mostrei no Mini vMac. Fica bem mais fácil e organizado, ainda que ocupe um pouco mais de espaço. A ROM, neste emulador, pode ter qualquer nome (prefiro deixar o nome da máquina que vou emular), uma vez que o programa vai ser informado do nome e localização da ROM.

Também precisaremos de uma imagem de disco como HD. Podemos usar as imagens limpas que eu tinha mostrado antes ou o aplicativo Disk Jockey (aqui) para criar as imagens. Caso escolha o Disk Jockey, lembre-se de escolher para qual tipo de máquina vai usar.

Agora abra o Basilisk II GUI.


Primeiro vamos adicionar os discos. A ordem deve ser o disco de instalação e depois o HD. Depois, em "Unix root", indique uma pasta para poder transferir arquivos entre o computador atual e a VM. Agora, em 
"Graphics/Sound", escolha a atualização da tela (preferi deixar em 30MHz) e o tamanho da janela que você quer. Em "System", escolha o tipo de máquina, o tamanho da RAM e o processador e indique onde está a ROM escolhida. O botão "Start" só inicia a VM se ela estiver na pasta "Aplicativos", caso contrário nada ocorre.

Na pasta onde colocou tudo, simplesmente inicie clicando em "Basilisk II". Abra a imagem com a instalação e escolha instalar no HD. Ao final da instalação, saia da VM, execute novamente o GUI e retire o volume de instalação, deixando só o volume do HD.

Na primeira vez que executar após a instalação, talvez apareça esse erro aqui:


Para solucionar, reinicie a VM com o SHIFT apertado (talvez precise fazer isso algumas vezes), vá na pasta "System Folder -> Extensions" e apague a extensão "A/ROSE". Outra opção pode ser escolher uma VM com processador menor (inicialmente tinha escolhido o 68040, que deu este problema e, depois, com o 68020, não tive problemas).

Pessoalmente achei o Basilisk II mais fácil de configurar que o Mini vMac.

Aqui, no Emaculation, tem um bom tutorial para a instalação do Basilisk em MacOS. E aqui, no YouTube, tem um bom também (baseado no Emaculation).

Um detalhe é que algumas imagens do System 8.1 podem dar problema para instalação. Aparece uma mensagem assim: "Error: The system software on the startup disk functions on the original media, not if copied to another drive." Esse erro é basicamente porque o sistema interpreta que a sua cópia é ilegal e para resolver basta ir clicar com o botão direito sobre a imagem, ir em "Obter informações" (ou Propriedades do Arquivo, caso esteja no Windows) e mudar o arquivo para "Read Only". Pronto! :)



  • SheepShaver
Esse é o terceiro emulador para rodar Apple antigo. Ao contrário dos emuladores anteriores, este emula o processador IBM PowerPC que equipava os Macs até a Apple migrar para os processadores Intel.

PowerPC é um acrônimo de "Performance Optimization With Enhanced RISC - Performance Computing" e refere-se a uma arquitetura de processador RISC criada por uma associação entre Apple, IBM e Motorola. Produziu processadores de 32 e 64bits e equipou, além desses Macs clássicos, vários consoles como XBox 360, PlayStation 3, Game Cube e Wii.

Como curiosidade, um modelo em especial dos PowerPC é usado até hoje: é o modelo RAD750, um processador já citado aqui no blog (veja aqui), desenhado em 2001 para tolerar altos graus de radiação (200.000 a 1.000.000 Rads) e temperatura (-55 a 125 graus). Esse modelo de 32bits, produzido em um "arcaico" processo de 150nm e opera em 110 a 200MHz, equipa vários satélites e, inclusive, o Perseverance (enviado para Marte). Custa singelos US$ 340.000 e são idênticos aos processadores utilizados pelos PowerBook G3, iMacs coloridos e os primeiros iBooks!

Voltando ao SheepShaver: assim como nos emuladores anteriores, crie uma pasta para colocar o aplicativo baixado aqui, a ROM baixada aqui e o System 9.0.4 baixado aqui (o SheepShaver emula do 7.5.2 ao 9.0.4, portanto o 9.1 e 9.2 não funcionarão aqui).

A ROM baixada deve ter exatamente esse nome: "Mac OS ROM", sem extensão.

Assim que você executar o SheepShaver, irá aparecer o disco com interrogação, informando que a ROM não foi encontrada. Vamos ter que fazer algumas configurações antes de funcionar tudo!

("Olá! Sou o SheepShaver e não encontrei o arquivo de ROM!!")

A primeira coisa que faremos é ir no menu do canto superior esquerdo do Mac e clicar no SheepShaver -> Settings. Nessa tela faremos todas as configurações necessárias.


Vá em "Create" para criar um disco virtual e escolha o nome que quiser, porém com a extensão ".hfv". Criei um HD de 500MB. Depois vá em "Add" para adicionar a ISO de instalação (lembre-se de marcar a ISO para Read Only, como explicado mais para cima no post. Depois mude a RAM para pelo menos 512MB.

Em "Audio/Volume" ajuste a taxa de atualização da tela (coloquei em Dynamic) e coloquei o tamanho da tela em 1024x768.

Em "Miscellaneous" certifique-se que "Ignore illegal instructions" e "Ignore illegal memory accesses" estejam marcados. Agora reinicie o emulador e instale normalmente!


Esse é, de longe, o mais "amigável" para instalar. É bem melhor que o Basilisk II e muito, muito melhor que o Mini vMac.




Bom, tá instalado! Não consegui ainda fazer a internet funcionar, mas o som está funcionando sem problemas.

Tem um bom tutorial aqui e um vídeo no YT aqui, ambos recomendados!

Tirando a curiosidade de ver ele funcionando, tem pouca utilidade prática! Se você quiser, pode fazer um Mac Clássico com um Raspberry Pi, como aqui!

Outra coisa quem percebi é que a instalação dessas versões antigas do MacOS eram muito mais fáceis que as do Windows! Impressionante!!

Mas é isso por hoje! Até o próximo post, pessoal!


quarta-feira, 19 de junho de 2024

Que vergonha, VIvo!

Pessoal,


Vou contar aqui um problema que acabei de ter com a Vivo e que deixou-me muito preocupado com esta operadora.

Em abril de 2024 recebi um email da Vivo informando sobre a contratação de um serviço. Achei estranho porque não havia solicitado nada.



Verifiquei no aplicativo da Vivo e no site e não encontrei nenhuma menção a esta contratação.

Observei também que a assinatura se deu "por voz".


Assim pensei que era algum erro e deixei pra lá.

Em 04/06/24 recebi por email a fatura relativa ao mês de maio de 2024, como acontece todos os meses. Prontamente observei que havia um serviço NÃO solicitado sendo cobrado na conta: Vivo Play Estendido, R$51,91



Liguei no mesmo dia para solicitar o cancelamento desse serviço (Vivo Play Estendido) e a retirada do valor da fatura, uma vez que não havia sido solicitado. A atendente foi bem grosseira, disse que faria a retirada da recorrência e que eu deveria retornar após 48h para "dar tempo do sistema processar" a solicitação de retirar esse valor da fatura. Ahã, precisa de 48h pra isso... Tá bom...

Liguei 4 dias depois, 96h. Primeiro porque era quando eu tinha tempo. Segundo, pra dar mais tempo "por sistema processar a solicitação" :)

Aí começa a enrolação: a ligação passou por 3 atendentes e caiu em uma pessoa que queria tratar sobre internet domiciliar!

Desliguei e liguei novamente. A atendente me disse:

1) o serviço e a recorrência da cobrança não haviam sido cancelados pela atendente de 4 dias atrás (como isso não me surpreendeu, não é mesmo?);

2) o valor não foi retirado da conta e foi informado que poderia demorar até 10 dias (apesar de eu informar que com esse prazo de 10 dias a minha conta iria vencer e provavelmente minha linha seria bloqueada).

Essa atendente, ao menos, passou para um setor de contestação informando que eles retirariam os valores no mesmo dia.

Bom, esperei quase 20 minutos na ligação (como se já não tivesse esperado o bastante) e fui atendido nesse Setor de Contestação. A atendente, ao menos, era educada. Explicou o que seria feito:

1) o vencimento da conta seria postergada em 10 dias;

2) seria analisada a solicitação não realizada pela atendente em 04/06 para ver se a minha solicitação era procedente e justificada...

3) prazo de 5 a 10 dias ÚTEIS para eu ter essa resposta;

4) A Vivo iria entrar em contato comigo por email ou celular.

É claro que o prazo passou e NADA aconteceu...

Ontem resolvi ir na loja da Vivo no Diamond Mall, aqui em BH. Segundo o atendente, a loja é própria da operadora (e, segundo a Anatel, as lojas próprias deveriam ser capazes de resolver todas as solicitações dos clientes).

Expliquei a situação e a sugestão foi esperar ou ligar para a Ouvidoria da Vivo.

Bom, algumas observações.

Primeiro, o SAC da Vivo não presta para nada. NADA é resolvido, nada é feito. Acho que esperam a gente desistir da reclamação, aceitar os fatos e deixar pra lá. Não vejo outra coisa que o SAC deles fazem. O mesmo para as lojas físicas: só servem para vender serviços (mal explicados), prometerem instalações que eles não sabem se conseguirão fazer ou vender equipamentos caros e sucateados.

Segundo, a Ouvidoria da Vivo trabalha em horário "de patrão". Só dia útil, só horário comercial, só ligação. Não serve pra maioria das pessoas que trabalham e que acabam tentando resolver isso no fim de semana ou quando chegam em casa, após o serviço!

Apesar disso, liguei e fui rapidamente atendido. Pediram o protocolo da primeira ligação e tudo já estava linkado (minhas ligações, os protocolos, os serviços, tudo). Confesso que, baseado no amadorismo do SAC, essa integração me surpreendeu! Bom, a atendente, muito educada, verificou a suposta ligação da contratação do serviço baseada no protocolo que recebi no email de contratação (que não contratei) e, para supresa de ZERO pessoas, informou-me que não havia NENHUMA gravação no protocolo de contratação e que não havia registro de qual funcionário abriu a solicitação de contratação. Assim, a minha solicitação foi aceita e ela enviou uma conta, durante o atendimento telefônico, já sem o Vivo Play Estendido (que não havia sido solicitado) e que já foi no mesmo momento!

Aí vêm os questionamentos problemáticos: como poderia ter havido essa solicitação?

A resposta dada me deixou ainda mais preocupado: erro do sistema (ou, nas palavras dela, "um erro sistemático")!

Ora, eu até entenderia que um funcionário mau-caráter me escolheu aleatoriamente e fez essa solicitação para cumprir alguma meta de venda da empresa. E até entenderia se isso acontecesse no call center deles ou em alguma loja. E também entenderia que a atendente me dissesse que isso não ocorreu porque seria assumir que existiria uma quadrilha dentro da Vivo dando golpe em clientes.

Porém, falar que o sistema tem vida própria e adiciona cobranças aleatórias aos clientes é para deixar a empresa (e o consumidor) pra lá de preocupada!

É de se pensar que a Vivo não tem nenhum controle interno!

Esse é o risco de falta de concorrência. A gente fica sem saída, refém de empresas que não estão interessadas em resolver o nosso problema, apenas o delas.

O problema não é empresa privada, até porque as estatais são piores ainda. O problema é a falta de concorrência!

Lá atrás, quando o FHC privatizou as teles, a qualidade melhorou absurdamente. Mas agora, com a concentração das teles, o consumidor passa a não ter mais empresas concorrentes. É assim nas teles, é assim na energia elétrica, na água/esgoto, nas montadoras de carros e nas empresas de avião...

Estamos voltando à época da "reserva de mercado":(

Parabéns para os brasileiros!

terça-feira, 4 de junho de 2024

Dica - Acessar um Windows 11 com o Remote Desktop no MacOS sem usar o MS Hello Pin

Pessoal,


Andei meio sumido nos últimos meses. Muito trabalho (graças a D'us) e pouco tempo para coisas pessoais.

Hoje quero comentar sobre um assunto que estava me incomodando há algum tempo.

Apesar de usar MacOS há muitos anos, é inegável que algumas coisas são feitas mais facilmente no Windows ou funcionam melhor no Windows ou, ainda, só existam para Windows. Ponto pacífico.

O meu problema é que não tenho computador físico com Windows instalado. Tenho um Synology, tenho um PC véio que atualmente está com UnRaid (às vezes instalo o TrueNAS, às vezes o Proxmox, mas sempre algo para teste) e tenho dois Macs (um MacMini e um MacBook Pro). Desse modo, a minha versão de Windows é sempre através de VM.

A maioria dos sistemas de VM usam o VNC para apresentar a VM em um browser (em geral usam o noVNC) e isso é ótimo, porque consigo acessar remotamente a VM de qualquer computador em casa ou da rua, se necessário.

Basicamente isso resulta em dois problemas.

O primeiro e o que mais incomoda, ao menos a mim, é a lentidão. A VM fica lenta e, em alguns casos, fica impraticável. E nem estou falando sobre jogos, é para usar para programas mais simples como o de imposto de renda...

O segundo problema é a falta de som. As VMs, mesmo com todos os drivers instalados, não produzem som através do noVNC. Até existe algumas soluções, mas não são nativas do noVNC.

Existem duas soluções para esses problemas.

A primeira, e que eu uso com alguma frequência, é utilizar softwares de acesso remoto como o TeamViewer (acesso alguns computadores assim) ou o RealVNC (acesso meu Raspberry Pi assim). Só que, pensem comigo: estamos usando uma VM através de um hypervisor do tipo 2, consumindo dados da máquina hospedeira; portanto, menos softwares rodando é mais negócio, certo?

A segunda solução é um software de acesso remoto nativo do sistema. No MacOS existe o "Gerenciamento Remoto" e no Windows existe a "Área de Trabalho Remota". Em ambos os casos, autorizamos um acesso externo (dentro da rede local ou externa a ela) para acessar e comandar a nossa máquina (ou acessarmos e controlarmos uma outra máquina). Para Mac, existe o aplicativo "Microsoft Remote Desktop" (ou RDP) disponível na MacApp Store para conectar um Mac a um computador com Windows.

Até agora, nada de novo, certo?

Ambas as opções precisam de conexão de rede para funcionarem (óbvio) mas sempre tive a impressão que o acesso pelo Remote Desktop era mais estável e mais rápido, tanto do TeamViewer / RealVNC quanto (e principalmente) do noVNC.

Aí aparece o meu problema: a conexão ao RDP.

Na hora de instalar o Windows, principalmente o Windows 11, temos uma interação com o "Windows Hello", uma tecnologia lançado no Windows 10 baseada em biometria que permite que os usuários autentiquem um acesso seguro aos equipamentos, aplicativos e serviços online apenas com impressão digital, reconhecimento facial ou um PIN.

O problema é que o RDP necessita de uma senha para funcionar (ou então de nenhuma senha, ou seja, nenhuma segurança).

Assim, a questão passa a ser como instalar o Windows 10 ou 11 e desconsiderar (ou reverter) o Windows Hello?

Simples: no Windows 11 (no 10 deve ser algo semelhante) vá em Configurações -> Sistema -> Área de Trabalho Remota e ative a Área de Trabalho Remota. Caso o seu computador tenha mais de um usuário, vá em Usuários da Área de Trabalho Remota e adicione o usuário desejado. Se tiver apenas um usuário, não precisa adicionar.

A porta padrão dessa comunicação é a 3389. No Windows, é preciso alterar o registro do Windows para mudar esta porta (veja aqui). Como uso o app da Microsoft para acessar o Windows (e esse Windows é uma VM sem acesso a outros dados da minha rede doméstica), mantenho essa porta.

O próximo passo é ir em Configurações -> Contas -> Contas -> Opções de Entrada e desativar o Windows Hello.

Como tenho uma conta da Microsoft e o Windows está logado nessa conta (para usar o OneDrive, por exemplo), automaticamente o modo de entrada passou a ser as credencias dessa conta (email e senha do email).

Vi que essa opção de inativar o Windows Hello pode não estar presente em todos os sistemas e então a opção de senha para acessar o Windows pode não estar disponível. 


Se for o seu caso, você precisar ativar o "Verificados de Arquivos do Sistema" (ou SFC) executando o "Gerenciamento e Manutenção de Imagens de Implantação" (ou DISM).

Para isso, abra o Terminal do Windows (CMD) com < cmd.exe > como administrador.

De os seguintes comandos:

  > DISM.exe /Online /Cleanup-image /StartComponentCleanup

  > DISM.exe /Online /Cleanup-image /Restorehealth

  > SFC /SCANNOW

E reinicie o computador. Depois volte às configurações para desativar o Windows Hello.

Pronto!

É isso que temos pra hoje!

sexta-feira, 29 de março de 2024

Dica de deslocamento e passeios em Copenhague!

Pessoal,


Dica bacana para quem vai passear em Copenhague (e região metropolitana): CPH Card.


Esse cartão permite duas opções de compra: Discover, com mais de 80 atrações na cidade e região alem de acesso a TODO o sistema público na região metropolitana da cidade (metro, ônibus, trem metropolitano e tram/bonde) ou o Hop, com mais de 40 atrações e acesso aos ônibus de turismo da Stromma, aqueles vermelhos escritos "Hop On Hop Off". Acredite, você vai querer a primeira opção

Existem lugares caros e existe Copenhague! Acredite, tudo é muito caro lá. Uma única viagem de metro ou ônibus custa 24 coroas (na cotação do dia deste post, quase 1:1, dá quase 20 reais ou quase 4 euros). Ir ao Palácio Christianborg custa 175 DKK (quase 130 reais ou quase 24 euros). Kronborg (o castelo onde se passa a história de Hamlet) custa 125 DKK (quase 90 reais ou quase 17 euros).

Esse vale não é diferente. É caro, mas vale cada coroa (ou real ou euro) gasto. Só usei dinheiro para comprar lanches e alguns imãs para a geladeira, o resto de transporte e turismo estava tudo lá.

Como fiquei 5 dias (cheguei no domingo à tarde, passeei 2a, 3a e 4a e fui para Estocolmo na 5a de manhã), peguei a opção de 72 horas. Custou 118 euros por pessoa. Comprei pelo cartão de débito americano no próprio aplicativo do cartão. Na hora de entrar em cada atração, bastou apenas abrir o aplicativo e um QR-code era gerado automaticamente. Pronto, boa diversão.

O transporte público na Dinamarca não tem catraca. Você valida o seu tíquete na entrada e saída e pronto. Com esse aplicativo não é preciso validade (porque os tíquetes usam uma tecnologia de NFC e o cartão usa um QR-Code). Mas todos os transportes têm fiscais que confirmam se os tíquetes foram validados ou não. Apenas abri o app, mostrei o QR-code gerado e pronto. Detalhe: a multa por usar o transporte sem um tíquete válido ou sem esse QR-Code é de 1500DKK (quase 1100 reais ou mais de 200 euros). Acredite: você será fiscalizado. Eu fui duas vezes! E sensação de estar certinho é ótima!!

E cabe lembrar que não existe lugar "físico" para comprar tíquetes de transporte público durante a viagem. Não existe "cobrador". Todo mundo usa app ou um tíquete recarregável. Não tem uma terceira opção.

(Olá, eu sou o Castelo de Kronborg. Hamlet viveu aqui)

É importante olhar bem os seus planos de viagem e usar o Google Maps para traçar as rotas de transporte público. Assim dá pra ter ideia se vale ou não comprar um vale desses.

Duas dicas:

1 - Não tente "não comprar" e andar no transporte público. Vai sair muito mais caro. Acredite! 

2 - A facilidade não está incluída no valor. Não pegamos filas, não tivemos que ficar procurando onde comprar as coisas. Isso poupa tempo! E tempo também vale dinheiro (ainda mais em coroas dinamarquesas)!

Essa dica é essa! Boa viagem!

Internet em viagens internacionais. Dicas? Sugestões? Fui de Holafly e não me arrependi!

Pessoal,


Recentemente fiz uma viagem internacional e resolvi pesquisar preço de SIM Cards e eSIMs para a viagem.

Já usei SIM card nos EUA e em Portugal. O processo passa por chegar no aeroporto, procurar uma loja para sair do aeroporto já com o chip ou ter que ir para a cidade ainda sem o chip e lá procurar uma loja para comprar o chip. Aí tem que comprar o chip, tirar o seu e colocar o novo, rezar para não apagar os contatos ou trocar o número cadastrado no WhatsApp... Enfim, é uma possibilidade.

Pesquisando aqui, vi que a T-Mobile, nos EUA, tem planos pré-pagos (sim, porque ninguém que ficar recebendo conta de plano do exterior aqui no Brasil, né?) começando em 40 dólares (10GB) e com internet ilimitada a partir de 50 dólares. Se você pegar duas linhas sai por 70 dólares (35/pessoa) ou por 80 dólares (40/pessoa), respectivamente. 

Outra possibilidade é já sair com uma franquia internacional da sua operadora aqui do Brasil. Vou deixar dois exemplos, Vivo e Claro.

A Vivo tem opção de comprar um pacote para o plano pós-pago.  Tenho que pagar 9,99/linha para Américas ou 19,99/linha para Europa. Isso dá direito a 50min/dia de ligação e uma franquia DIÁRIA de 1GB de internet para EUA, Argentina e maioria dos países da Europa (passando dessa franquia, você tem a opção de pagar mais 19,99/linha/dia para renovar a franquia). Países da Africa e Ásia costumam ter franquias ainda menores (500MB ou até 200MB). Caso não contrate o plano mensal, tem a opção diária (39,99/linha/dia para Américas ou Europa e 59,99/linha/dia para o resto do mundo). Preços surreais.

Vivo Travel e franquias. Não deixe de ler as linha pequenas...

A Claro, por sua vez, tem os "passaportes" para Américas, Europa e Mundo, por 9,99, 19,99 e 29,99, cada um por linha e por mês, sempre para pós-pagos. Só que esses planos são anuais, ou seja, eles são cobrados mensalmente por pelo menos um ano! Mais surreal ainda!

Claro Passaporte. Preste bem atenção na parte "fique atento"...

O avanço da tecnologia permitiu a criação das operadoras virtuais ou MVNO (Mobile Virtual Network Operator) ou Operador de Rede Móvel Virtual. Essas redes não possuem antenas nem frequências próprias e alugam a rede de outras operadoras. Em setembro/2023, o Brasil possuía 10 operadoras virtuais autorizadas (veja mais aqui). O Brasil, até fevereiro/2023, segundo a TELECO, era o país que possuía mais operadoras virtuais, entretanto a maioria são operadoras destinadas a mercado corporativo.

Assim, é possível que um dos vários eSIMs disponíveis no mercado mundial sejam de alguma operadora virtual que utiliza redes físicas de várias operadoras para entregar o seu serviço.

Antes de continuar: sim, eu sei que eSIM é diferente de operadora virtual. eSIM é uma tecnologia que permite a conexão do celular numa rede sem a necessidade do chip físico tradicional. E sim, uma operadora virtual pode ter chip físico.

Continuando, recentemente fiz uma viagem para a Europa. Fui para a Dinamarca e Suécia, com escala na França tanto na ida quanto na volta. Dessa vez, como iria para dois países diferentes, resolvi arriscar a comprar um plano pela internet.

Assim, procurei e achei 3 empresas muito bem recomendadas em blogs e vlogs: Holafly, Airalo e Maya.

Como ficaria 10 dias, esse foi a duração do plano que escolhi. Como não precisaria de número (não iria ligar para ninguém e não esperava que ninguém de lá me ligasse), preferi um o plano com internet ilimitada ao invés de um plano com voz + SMS. Se alguém quisesse falar comigo, teria que ser por WhatsApp ou iMessage/FaceTime.

A Maya é uma empresa americana que fornece eSIMs e cobre praticamente toda a Europa (cobre EUA também, óbvio, mas a viagem no caso é para Europa). É possível escolher planos por tempo (5, 10, 15 e 30 dias), por franquias (no caso de 10 dias, as opções são de 03, 05, 10, 20, 40GB) e planos ilimitados (que permitem compartilhar Wi-Fi ou não e limitam a velocidade após determinada quantidade de dados baixados; a velocidade limitada após o download de 2 até 5GB, a depender do plano, é de 1Mbps, velocidade do 3G). Minha escolha nessa operadora seria de 10 dias, ilimitado "standard", custando 38 euros. Só ficaria preocupado com a quantidade de dados para não despencar a velocidade. Veja aqui.

Já a Airalo é uma empresa de Singapura, também cobre toda a Europa e a escolha também é por franquia de dados (01, 03, 05, 10, 50 e 100GB) e validade do plano (7, 30, 90 e 180 dias). No meu caso, a Airalo ficaria complicado, já que 7 dias é pouco e 30 dias é muito, mas seria a opção de tempo. Já a franquia é um mistério, porque a gente nunca sabe quanto exatamente gasta de internet.

Por exemplo, 20 minutos no modo mapa gasta 1MB no Google Maps e 2MB no Waze; um minuto por voz no WhatsApp gasta cerca de 0.5MB e no Skype (ainda existe?) gasta quase 01MB. Assistir vídeos no Youtube consome cerca de 100MB para cada 10 minutos e trocar mensagens no WhatsApp em geral gasta 55MB para cada 20 mensagens! Com cerca de 50 mensagens por dia, em um mês o gasto é de mais de 4GB. Se for para usar vídeo, o WhatsApp gasta mais ou menos 6,2MB/minuto e o FaceTime 3,1MB/minuto. O Instagram é outro vilão. Carregar 5 fotos consomem cerca de 2MB; 10 minutos usando o Instagram consome, em média, 12MB!

Dito isso, o plano da Airalo teria que ter de 10 a 50GB de dado porque conheço meu consumo (e o da minha esposa). Os planos seriam, então, o de 30 dias/10GB custando 37 dólares ou o de 50GB/90 dias custando 100 dólares (não, sem chance!).

A Holafly, minha escolha, é uma empresa sediada na Espanha. Todos os planos são de dados ilimitados (e eles avisão que são ilimitados mesmo desde que não haja abusos ("Redução de velocidade: o eSIM inclui dados ilimitados pelo tempo contratado. No entanto, observe que a operadora pode se reservar o direito de aplicar uma Política de Uso Justo.").

Assim, a escolha é apenas pelo tempo de uso: 5, 7, 10, 15, 20, 30, 60 e 90 dias. Escolhi 10 dias por 34 euros. Se você escolher por esse link, você recebe 5% de desconto e eu recebo um euro de desconto na minha próxima compra!

Muito simples: baixei o aplicativo, criei a conta com o meu email apenas e comprei dois planos de 10 dias (um para mim e outro para a patroa). Como ambos temos iPhone 14, ambos são compatíveis com eSIM (verifique antes, claro, se seu aparelho é compatível com a tecnologia eSIM). Paguei pelo cartão de débito americano e recebi um email com dois QR-Codes. Basta ir em Ajustes -> Celular -> Adicionar eSIM -> Usar código QR e seguir as instruções do email e no celular. O eSim será instalado mas devemos desativar o eSIM assim que instalado e só reativar no destino (no meu caso, quando pousei na França para fazer conexão). Chegando no destino, desativei meu eSIM da Vivo e ativei o da Holafly. Simplesmente maravilhoso!

Minhas considerações: o processo de instalação e ativação são muito simples, muito fáceis. O plano funcionou à perfeição na Dinamarca, mas na Suécia (em partes de Estocolmo) eu fiquei preso num 3G que não consegui usar para nada. Já a minha esposa ficou o tempo todo, em todos os lugares, no 5G. Olhando a rede de celular, vi que ela estava na Telia e eu estava em "Holafly", ou seja, a empresa é uma MVNO e aloca os clientes de acordo com a disponibilidade das redes contratadas. Eu cheguei a colocar em modo avião e desligar para ver se trocava de operadora, mas isso não ajudou. Mas, a depender de onde estava, ficava em 5G (basicamente era em Gamla Stan, a Cidade Velha, que eu ficava em 3G; atravessando a ponte e mudando de ilha, voltava para o 5G, ou seja, a minha rede não pegava bem ou estava saturada em Gamla Stan).

Conclusão: numa próxima viagem, a não ser que haja um grande mudança de preços das operadoras brasileiras ou que a Holafly quebre ou que outra operadora virtual revolucione e reduza muito os preços (ou fique realmente ilimitada), minha opção será a Holafly novamente.

Quando voltei e estava começando a escrever esse texto para o blog, vi um texto da Nomad sobre operadoras para EUA e Europa. As opções eram mais caras ou com internet limitada ou ambos. Veja aqui.
















Espaço e coisas assim

Pessoal,

Sempre gostei muito de filmes de ficção científica. Sempre foram meus favoritos.

Desde os primeiros da franquia Star Wars (lembro de assistir "Episódio V: O Império Contra-Ataca" no cinema), sempre fiquei fascinado com o espaço e os efeitos especiais, mas principalmente as histórias.

Se antes os recursos de computação gráfica eram impensáveis e eram, realmente, ficção científica, agora com o grande poder de computação das estações de trabalho é possível fazer verdadeiras obras de arte com suporte computacional. Mas a imagem por si só não é suficiente. É também preciso "dar vida", principalmente pela música.

Três dos meus filmes prediletos são "Gravity", "Interstellar" e "First Man". Os dois primeiros são ficção (ficção?), o terceiro é quase um documentário. E as trilhas sonoras de ambas são fantásticas.

Gravity, do Afonso Cuarón, é já antiguinho, de 2013. Eu, como não-cinéfilo que sou, não o conhecia e nunca assisti a nenhum outro filme dele, mas esse é fantástico. A trilha sonora, principalmente nos dois momentos de impactos com debris dos satélites destruídos é ótima e dá muita, muita emoção ao filme. Os efeitos especiais são maravilhosos (até hoje) e ganhou várias indicações e premiações no Oscar de 2014.

As duas cenas de choques com debris estão aqui. Merecem ser imortalizadas pela beleza dos efeitos especiais e pela trilha sonora angustiante.




O filme teve "incoerências científicas"? Teve. Mas não estou nem aí, porque o filme é simplesmente fantástico.

Interstellar, do Christopher Nolan, é simplesmente fantástico, principalmente pela acurácia científica no roteiro. Kip Thorpe, físico teórico da Caltech e Nobel em Física em 2017 pela detecção de ondas gravitacionais, foi a mente que deu detalhes reais ao filme (apesar de algumas licenças poéticas). A trilha sonora não deixa nada, absolutamente nada, a desejar (tanto foi indicado ao Oscar de 2015 para melhor trilha sonora). Muita injustiça que só ganhou Oscar de melhor efeitos especiais, acho que deveria ter ganho de tudo!

A melhor cena na minha opinião é quando eles fazem o docking na estação. Abaixo, a cena:


Já o filme "First Man" conta a história de Niel Armstrong e a sua preparação, junto com a NASA, para ir à Lua.

Três pontos marcantes no filme:
 - a morte da filha Karen com menos de 3 anos;
 - a alunissagem e a trilha sonora do filme todo, mas principalmente nesta parte do filme;
 - a dedicatória final de Niel à filha Karen.

As cenas da alunissagem e da dedicatória de Niel estão abaixo:




As trilhas sonoras são fantásticas. Você consegue ouvir toda a trilha de Interstellar clicando aqui e a trilha de First Man clicando aqui.

Divirtam-se.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Proxmox - Dicas novas!

Pessoal,


Hoje vai ser um post bem rápido com algumas dicas bem legais para instalação do Proxmox.

Quando a gente instala o Proxmox, ele utiliza o disco de persistência dele (onde ele está instalado e onde ficarão os arquivos de backup dele, as ISOs, etc) para criar dois outros discos: "local" e "local-lvm". Ambos são discos lógicos dentro do mesmo disco físico e, grosso modo, o "local" é uma pasta no sistema (algo como seu_disco -> EXT4 -> local-lvm -> local).

A idéia é mais ou menos a seguinte: alguns arquivos como ISOs não precisam de provisionamento para crescer durante excução, não precisam de snapshots, etc. Esses arquivos ficam em "local". Já imagens de VM, containers e outros ficam em outra estrutura (o "local-lvm"). O "local" é uma pasta do sistema (um diretório qualquer) e o "local-lvm" é um Local Volume Management, ou seja, uma alternativa do Linux para projetos que dependam de pools de armazenamento e que façam gestão de volumes de dados lógicos.

Para quem utiliza profissionalmente, não tenho dúvidas da importância deste "local-lvm". Mas eu, que estou fazendo um servidor para aprender e testar coisas (meus arquivos pessoais que não posso perder estão gravados com redundância em um HD externo e em um NAS da Synology) posso me arriscar e unir essas duas pastas para ganhar espaço!

Assim, a primeira dica é essa: apagar o "local-lvm" e deixar apenas o "local". Eu estou rodando o meu Proxmox a partir de um pendrive de 64GB, então na instalação ele ficou dividido em "local" com 25GB e "local-lvm" com 18GB.

Porque apagar o "local-lvm" e não o "local"? Simples, o "local" não pode ser apagado...

A primeira coisa é ir em "Datacenter -> Storage -> "local" -> Edit -> Content e marcar todas as opções (algumas ficam marcadas para "local" e outras para "local-lvm"; como vamos apagar esse último, vamos habilitar o "local" para receber todos os tipos de arquivos porque senão teremos erros no futuro). Lembre-se de confirmar a alteração com "ok".


Agora selecione o disco "local-lvm" no mesmo local e clique em Remove. Parcialmente pronto, porque apenas apagamos o volume, agora precisamos pegar o espaço reservado para o "local-lvm" e juntar com o espaço reservado para o "local". Para isso, vá no seu nó (no meu caso é "Proxmox") e clique em "Shell" para acessar o terminal do Proxmox.


Agora são apenas 3 comandos.

Esse primeiro vai remover o espaço lógico:

# lvremove /dev/pve/data
Agora vamos fazer o resize, vamos informar ao sistema que o espaço deverá ser unificado para o volume lógico pve/root:

# lvresize -l +100%FREE /dev/pve/root
E por fim iremos informar o sistema que o filesystem ficará com o tamanho disponível todo:

# resize2fs /dev/mapper/pve-root
Pronto!

A segunda dica é sobre as atualizações do Proxmox. Como não tenho licença paga (o Proxmox é gratuito para uso pessoal), ele sempre mostra um erro na hora de tentar atualizar, uma vez que a versão "enterprise" não está disponível para atualização,

Um jeito de resolver isso é fazer o que eu fazia antes (veja aqui). Consiste, basicamente, em editar o arquivo que tem a lista de repositórios para procurar as atualizações, remover (ou comentar) a linha que tem a versão "enterprise" e acrescentar uma linha para a versão "pve-no-subscription".

A dica é fazer algo mais simples. No seu nó, vá em Updates -> Repositories e desabilite (clicando no check para desmarcar a opção "enterprise" e depois vá em Add e adicione o repositório para não-assinantes escolhendo em "Repositories" a opção "No-Subscription".

Pronto!

Por hoje é isso, pessoal!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Trigonometria. Lembram?

Pessoal,


Acabei de ver esse vídeo no Twitter e achei bem interessante.


Então resolvi relembrar umas coisas do segundo grau sobre trigonometria.

Achei esse video bem legal porque mostra a relação entre seno, cosseno, eixo das ordenadas (y ou eixo dos senos), das abcissas (x ou eixo dos cossenos), ou seja, a relação dos ângulos com o sistema cartesiano. Não me lembrava da maioria dessas coisas (e algumas nem me lembro de ter aprendido...).

Relembrando!

Todo mundo lembra dessas figuras aqui de baixo, certo?



A figura da esquerda é um triângulo retângulo, ou seja, um dos lados forma um ângulo reto (90 graus). A da direita é um triângulo escaleno qualquer, ou seja, os três lados (e por consequência os três ângulos) possuem medidas diferentes. Ainda temos o triângulo equilátero, que tem os três lados iguais e os três ângulos iguais - 60 graus -, e o triângulo isósceles, que tem dois lados iguais e dois ângulos iguais, por consequência.


Como a soma dos ângulos internos de um triângulo SEMPRE será 180 graus, podemos classificar os triângulos em 3 tipos:


O triângulo retângulo tem um ângulo interno de 90 graus, o acutângulo tem todos os ângulos internos menores que 90 graus e o obtuso tem um ângulo maior que 90 graus (obviamente apenas um ângulo, pois se houvesse mais de um ângulo com mais de 90 graus, a soma dos ângulos internos do triângulo seria maior que 180 graus).

Primeiramente, como sabemos que a soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 180 graus? Simples. Pegue um triangulo qualquer e trace uma reta paralela a um dos lados.


Na figura acima, repare que na reta faz uma interseção com o ponto A e é paralela ao segmento BC (sim, vamos definir que essa reta É paralela ao segmento BC). Ao colocar os ângulos no interior do triângulo e os ângulos formados com a reta, temos isso:


Ora, repare agora que os ângulos θ e β são ângulos alternos internos no segmento AB. Assim, são congruentes (ângulos congruentes são ângulos que possuem a mesma medida, ou seja, são iguais). O mesmo acontece com os ângulos λ e γ formados se segmento AC. Assim, os ângulos θ e β são iguais entre si e, do mesmo modo, os λ e γ também o são. Desse modo a figura pode ser desenhada assim: 

 
Desse modo, a soma dos ângulos θ + α + λ é igual a soma de β + α + γ. E essa soma é 180 graus (ângulo raso)!

Voltando a esse triângulo:


Todo mundo se lembra dessa figura de um triângulo retângulo, né? Seno, cosseno e tangente são assim definidos no triângulo retângulo:

    sen αcateto oposto
                  hipotenusa

    cos αcateto adjacente
                    hipotenusa

    tan α =     cateto oposto  
                  cateto ajdacente

Essas relações vêm das Leis do Seno e Cosseno e valem apenas para o triângulo retângulo.

A Lei do Seno determina que num triângulo qualquer, a relação do seno de um ângulo é sempre proporcional à medida do lado oposto a esse ângulo.


Assim, na figura acima, o lado oposto ao ângulo "A" é o segmento de reta "a", o lado oposto ao ângulo "B" é o segmento de reta "b" e lado oposto ao ângulo "C" é o segmento de reta "c". A Lei do Seno demonstra que em um mesmo triângulo, a razão entre o valor de um lado e o seno de seu ângulo oposto será sempre constante. E essa constante é igual a duas vezes o raio de uma circunferência onde este triângulo está inscrito. Isso é representado abaixo:

                      a    =    b    =    c    = 2R
                   senA    senB    senC

Isso é demonstrado facilmente no vídeo abaixo, do canal https://www.youtube.com/@MatematicaComaJu


Já a Lei dos Cossenos é um pouco mais complicada. Essa lei diz que em um triângulo qualquer o quadrado da medida de um dos lados corresponde a soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados menos o dobro do produto da medida desses dois lados pelo cosseno do ângulo entre esses dois lados.

Ufa...

Fica mais claro quando vemos a figura e a relação abaixo:


Para resolver isso, usamos uma tabela trigonométrica. Veja essa tabela, dos ângulos 1 a 90, aqui. Esse site aqui calcula diversas relações trigonométricas no triângulo. Confira porque é bem legal!

Interessante é a relação entre o Teorema de Pitágoras e a Lei dos Cossenos! Como o cosseno de um ângulo de 90 graus é zero (veja a tabela trigonométrica dos ângulos notáveis abaixo), essa segunda parte da equação do cosseno é zero. Veja abaixo:

a² = b² + c² - 2.b.c.cos90

Como cos 90º = 0, a expressão acima fica:

a² = b² + c² - 2.b.c.0

a² = b² + c²

Ou seja, o Teorema de Pitágoras é um caso especial da Lei dos Cossenos!

Já Lei das Tangentes define a relação entre as tangentes de dois ângulos de um triângulo qualquer e os comprimentos dos lados opostos a esses ângulos.

Por essa lei, dado o triângulo abaixo com lados a, b e c e ângulos α, β e γ:


Como dito mais cedo, em um triângulo retângulo a tangente de um ângulo qualquer é a relação entre a medida do cateto oposto e a medida do cateto adjacente. Se a figura acima fosse um triângulo retângulo cujo ângulo reto fosse o ângulo α, a tangente do ângulo β seria:

tan β = cateto oposto     =  b 
            cateto adjacente     c

Já para um triângulo qualquer que não seja retângulo, podemos calcular a tangente através da razão entre o seno e o cosseno do ângulo desejado:

tan α = sen α
             cos α

A Lei das Tangentes pode ser assim representada:

 a−b  =  tg [1/2(α−β)]
 a+b      tg [1/2(α+β)]


Na minha época de colégio, a gente decorava uma mini-tabela trigonométrica com os "ângulos notáveis", ou seja, 0, 30, 45, 60 e 90 graus. Era isso aqui abaixo:



Matemáticos acreditam que a trigonometria surgiu como necessidade para calcular o relógio de sol e resolver problemas astronômicos e de navegação.

Eratótenes descobriu, há mais de 2200 anos, que a terra era redonda e calculou seu diâmetro (com pequeno erro) usando trigonometria básica!

Como a trigonometria estuda as relações entre os lados e ângulos dos triângulos, é utilizada na matemática, física, astronomia, engenharia, geografia, química, medicina, etc.

Voltando ao início desse post, no vídeo o seno e cosseno são representados num círculo, o "círculo trigonométrico".


Esse círculo deixa claro algumas coisas e deixa "visível" os valores presentes nas tabelas trigonométricas, principalmente a com os ângulos notáveis. Repare que a medida que um ângulo A aumenta de 0 até 90 graus, a representação de uma reta que sai da posição (0,0) nesse ângulo (ou seja 0, 1, 2, ..., 89, 90 graus), haverá uma redução de 1 até zero no valor do cosseno, haverá um aumento de zero até 1 no seno e a tangente aumentará de 0, será 1 em 45 graus (fora do círculo) e continuará aumentando até o infinito, pois o eixo das tangentes é paralelo ao dos senos e duas retas paralelas só se encontram no infinito!

Quando rodamos todo o círculo trigonométrico (sentido anti-horário, de 0 graus até 360 graus), vemos que tanto o seno quanto o cosseno fazem movimentos periódicos, conforme as figuras abaixo. Só um detalhe: chamamos o movimento periódico do seno de senoide ou onda sinusoidal e o movimento periódico do cosseno de cossenoide ou onda cossenoidal.





O gráfico da tangente também é um gráfico periódico. Ao contrário do seno e cosseno cujos valores variam de -1 a 1, os valores da tangente variam do infinito negativo ao infinito positivo.



Por fim, concluindo o vídeo, é mostrada a primeira relação fundamental da Trigonometria

sen² x + cos² x = 1

Olhando as figuras das ondas sinusoidal e cossenoidal, fica claro essa relação:



Para a demonstração dessa relação, podemos usar o círculo trigonométrico:


Assim, nesse triângulo, temos que:

sen α = cateto oposto = AB = AB
               hipotenusa        1      

cos α = cateto adjacente = CB = CB
              hipotenusa             1

Aplicado o teorema de Pitágoras:

AB² + CB² = AC²

sen² x + cos² x = 1²

sen² x + cos² x = 1

Realmente, a matemática é uma coisa muito legal!

Até a próxima, pessoal!