quinta-feira, 15 de junho de 2017

WD MyCloud e outros backups

Olá Pessoal,

   Há alguns posts atrás eu falei sobre o TimeMachine para fazer backup no MacOS e como usar um HD externo em um MacMini para utilizá-lo com esse mesmo propósito.

   No mundo de hoje, onde todos temos nossas fotos, músicas, documentos e informações guardados em computadores, torna-se imperativo um sistema de backup eficiente, seguro, confiável e automático. Por ser um assunto muito importante, pelo menos para mim, resolvi postar aqui no Blog (minha "memória" digital) como estou fazendo os meus backups atualmente.

   Primeiramente, tenho que explicar, ainda que de modo sucinto, o que é um backup: é uma cópia de um documento 😒. Digitalmente, se você mantiver todos os seus arquivos (fotos, músicas, documentos, etc) apenas no HD do seu computador e tiver a infelicidade de que esse HD estrague ou seja infestado por vírus ou outro malware qualquer (ransomware incluso, aquele que "sequestra" seu HD) ou ter sua casa assaltada ou seu notebook roubado / furtado (enfim, você entendeu onde eu quero chegar), você perde tudo. A lógica, então, é copiar esses dados para algum outro lugar.

   Esse outro lugar pode ser um servidor em nuvem (tipo Dropbox, iCloud, Google Drive, BoxSync, OneDrive, etc), HD externo, CD/DVD, Pendrive. Cada opção dessas tem suas vantagens e desvantagens. Os serviços em nuvem permitem que você acesse seus dados em qualquer lugar, mas você dependerá de conexão com internet e deverá contar com a seriedade do administrador do servidor. CD e DVD são mídias físicas e podem riscar ou estragar, além de terem uma vida útil não muito longa. Os HD's externos cabem muitos dados e são relativamente baratos, mas não são sempre portáteis, são regráveis, sujeitos a campos magnéticos e, assim, não totalmente garantidos. Os pendrives são pequenos, sujeitos a esquecimentos e ainda correm os mesmo riscos dos HD's externos.

  O Wikipidia tem boas orientações sobre o assunto: https://en.wikipedia.org/wiki/Backup. Vale dar uma conferida.

   Cabe ainda relembrar uma célebre frase de especialistas de segurança: "quem tem um backup, não tem nenhum". Ou seja, os backups têm que ser redundantes, múltiplos (um que copia de outro que copia de outro e por aí vai) e em locais distintos. Lembro de ter lido certa vez uma reportagem onde o jornalista explicava ter SETE HD's externos, alguns em casa, um no escritório e um na casa dos pais e que ele fazia um rodízio semanal na localização dos sete HD's para evitar exposição prolongada a riscos e mantê-los sempre atualizados. AINDA não cheguei nesse grau de estresse. 😅

   Assim, de um ponto de vista mais prático, optei por ter um sistema de backup mais variado e, obviamente, mais complexo (mas não tão complexo quanto o do jornalista). Tenho um HD externo (Samsung, 4TB) exclusivo para o Time Machine. Ele está fisicamente conectado a um MacMini que fica sempre ligado. Dois MacBooks conectam-se quase semanalmente, via Wifi, para salvarem seus dados no TM. Além disso, tenho um outro HD de 3T (WD My Book) onde faço a cópia do HD do MacMini (que é de 1TB) e onde guardo músicas, fotos, etc. Esse HD é copiado para um segundo HD (Samsung 4TB). Além disso, as músicas estão todas num serviço de nuvem (BoxSync, onde tenho 50GB free para sempre), as fotos estão no Google Fotos (ilimitado, para sempre). Outros arquivos importantes estão no OneDrive e no Dropbox, sendo que as pastas mais importantes são copiadas do OneDrive para o Box e para o Dropbox.

   Utilizo um programa, o Carbon Copy Cloner, para fazer essas cópias. O programa é muito simples e auto-explicativo: você escolhe a unidade, pasta ou arquivo que deseja copiar (origem), escolhe a unidade / pasta para onde será copiado (destino), escolhe se o programa copiará todo o conteúdo ou apenas as alterações na pasta origem e se apagará ou não as diferenças na pasta destino (incremental, como no TM, ou não - cópia "burra") e a periodicidade com que será feito o backup (diário, semanal, etc).

  
   Você ainda pode criar várias tarefas de cópias, como estão nas fotos.


   Tudo muito fácil e claro.

   O interessante é que fica tudo com muita redundância. Sim, você "desperdiça" espaço, mas ganha em segurança. Por exemplo, os dados do OneDrive estão no OneDrive na nuvem, no Dropbox, no Box, no HD principal do Mac, no TM e no Samsung que faz a cópia do HD principal, atém de estarem nos outros dois Macs e nas suas respectivas cópias no TM... É muito backup pra pouco dado :))

   Dados sensíveis (documentos pessoais, informações bancárias, etc) estão em arquivos protegidos com senhas compactados em outros arquivos também protegidos com senhas. Sim, cada senha é diferente para cada arquivo, mas tudo dentro de uma mesma lógica e sistemática, assim como a senha de cada cloud service.

   Entretanto, apesar de tudo isso, que pode até parecer confuso e exagerado, mas que na prática é muito simples e metódico, eu ainda não havia conseguido uma coisa: ter TODOS os dados acessíveis de qualquer lugar.

   Foi quando eu ouvi falar de NAS (Network-Attached Storage ou "armazenamento ligado em rede") e alguns equipamentos destinados ao mercado doméstico. Acabei comprando um WD MyCloud de 4TB.

   A lógica era simples: uma das cópias seria feita nesta unidade que seria sempre destino, nunca fonte. Mais uma redundância. Entretanto o funcionamento não foi tão suave quanto prometido pelo fabricante :(  O NAS não é conectado ao computador via USB, mas ao roteador via Ethernet e acessado pela rede interna da casa, além de permitir (se configurado para tal), acesso remoto pela internet. O problema é a velocidade de acesso, principalmente se os arquivos destinados a leitura e gravação forem grandes...

   Enfim, o WD MyCloud tem uma porta Ethernet Gigabit de alta velocidade. Um Gigabit corresponde a cerca de 125 Megabytes, ou seja, é uma conexão incrivelmente rápida! Copiar arquivos grandes, como filmes em HD, deveria ser super rápido (em um ou dois minutos). Mas, por algum motivo, estava demorando cerca de 10 minutos SÓ para mostrar o conteúdo da pasta! Inviável! E o mais estranho era que no Dell da minha esposa, conectado na mesma rede, com W7, o acesso era super rápido. Até para acessar os arquivos via internet a partir do iPad ou do celular era tudo muito rápido, menos dos meus computadores 😡😡😡😡

   Descobri, depois de muito pesquisar e muito me irritar, que a Apple trocou o suporte de arquivos em rede de SMB para SMB2, com significativo aumento de segurança, porém com perda de velocidade e compatibilidade... A alternativa até então oferecida era ou desabilitar o SMB2 ou trocar o acesso para AFP.  Bom, perder segurança ninguém quer, então deixar o SMB2 não iria rolar. O AFP é incompatível com o Windows (😒) e eu, apesar de pesquisar, não consegui montar o MyCloud na rede por AFP.

   Achei no YT, no canal do Lon Sied, que seria possível conectar diretamente o MyCloud no Mac via Ethernet. Para mim, pouco prático devido a distância e posição deles. Nesse outro vídeo, Adam Taylor deu a dica matadora: Filezilla! Um pequeno programa e FTP, gratuito, super simples de usar.

   O macete é entrar na página de configuração do MyCloud e mudar a conexão de DHCP para Estática e anotar o endereço IP de onde ele está conectado na sua rede, alem de autorizar o acesso via FTP.


   Depois de instalar o Filezilla, é só colocar o IP onde está o MyCloud, o nome do usuário e a senha de acesso ao MyCloud.


  De mais, é só escolher a origem, o destino e arrastar o conteúdo de lá pra cá. A velocidade, conforme esperado, é muito rápida. É como (e realmente é) copiar de um HD para outro!

   Só não pode esquecer de, quando terminar o backup, voltar a configuração do MyCloud para DHCP porque senão o MyCloud poderá ficar inacessível.

   Não é EXATAMENTE o que eu queria, mas foi o modo de conseguir copiar os arquivos para o MyCloud e deixá-los na minha nuvem pessoal.

   Aqui eu encerro a série dos meus backups e do TM. Se houver novidade, posto aqui.

   Até mais pessoal.

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