Desenvolvimento do Windows 1.0
O desenvolvimento do Windows 1.0 foi inspirado por uma demonstração do Visi On, um ambiente gráfico da VisiCorp, que Bill Gates, cofundador da Microsoft, viu na COMDEX de 1982. O Visi On impressionou Gates por sua interface gráfica, capacidade de multitarefa e integração de dados entre aplicativos, mas exigia hardware robusto e desenvolvimento em Unix, o que limitava sua acessibilidade.
Gates decidiu criar um ambiente gráfico mais acessível para PCs baseados em MS-DOS, com requisitos de hardware modestos e suporte a aplicativos existentes. O projeto, inicialmente chamado de "Interface Manager", foi renomeado para "Windows" por sugestão de Rowland Hanson, chefe de marketing da Microsoft, que acreditava que o nome seria mais atraente para os consumidores.
O desenvolvimento começou em 1983, mas enfrentou desafios significativos. O projeto passou por quatro gerentes de produto antes de Tandy Trower assumir a liderança e finalmente lançar o Windows 1.0. A Microsoft enfrentava pressão para entregar o produto, já que o anúncio inicial em 10 de novembro de 1983 gerou expectativas, mas atrasos levaram a acusações de que o Windows era "vaporware" (software anunciado, mas não entregue). Para combater essa percepção, a Microsoft lançou a Windows 1.0 Premiere Edition em julho de 1985, uma versão de pré-lançamento distribuída a figuras-chave da indústria. O código de gerenciamento de memória foi completamente reescrito entre a Premiere Edition e a versão 1.01, garantindo maior estabilidade.
Linguagem de Programação
O Windows 1.0 foi desenvolvido principalmente em C e Assembly. A escolha do C foi estratégica: era uma linguagem de alto nível, portátil e eficiente, amplamente utilizada na época para desenvolver sistemas operacionais e aplicativos para PCs. O uso de Assembly permitiu otimizar partes críticas do sistema, como o gerenciamento de memória e a interface gráfica, garantindo desempenho em hardware limitado, como PCs com 192 KB de RAM. A Microsoft também criou APIs (Interfaces de Programação de Aplicativos) baseadas em C, como o Graphics Device Interface (GDI), que abstraía o acesso ao hardware (vídeo, teclado, mouse) e facilitava o desenvolvimento de aplicativos. Essa abordagem contrastava com concorrentes como o Visi On, que exigia Unix para desenvolvimento, limitando a base de desenvolvedores.
Versões do Windows 1.0
Windows 1.01 (20 de novembro de 1985)
Lançado como a primeira versão pública, o Windows 1.01 custava US$ 99 (equivalente a cerca de US$ 289 em 2024). Ele rodava sobre o MS-DOS 2.0, exigindo 256 KB de RAM, duas unidades de disquete de dupla densidade ou um disco rígido, e suporte a monitores CGA, HGC ou EGA. O Windows 1.01 introduziu uma interface gráfica com janelas em mosaico (não sobrepostas), suporte a mouse e multitarefa cooperativa para aplicativos bem-comportados que usavam chamadas de sistema do DOS. Incluía programas como Calculadora, Paint, Notepad, Write, Terminal, Clipboard Viewer, Clock e Reversi. O MS-DOS Executive, um gerenciador de arquivos básico, era a interface principal, mas não suportava ícones. Apesar das inovações, o Windows 1.01 recebeu críticas por desempenho lento, especialmente ao executar múltiplos aplicativos, e por depender fortemente do mouse, o que era incomum na época.
Windows 1.02 (maio de 1986)
Lançada principalmente para o mercado europeu, a versão 1.02 introduziu suporte a idiomas não ingleses e drivers para teclados europeus, além de drivers adicionais para telas e impressoras. Essa versão foi um passo importante para internacionalizar o Windows, atendendo à demanda por localização em mercados fora dos EUA. Não trouxe grandes mudanças na interface ou funcionalidade, mas consolidou a presença do Windows em mercados internacionais.
Windows 1.03 (agosto de 1986)
A versão 1.03 unificou as melhorias da 1.02 com a versão americana, substituindo tanto a 1.01 nos EUA quanto a 1.02 na Europa. Incluía drivers para teclados não americanos, mais drivers de tela e impressora, e suporte a modos gráficos Tandy e AT&T. Essas melhorias aumentaram a compatibilidade com hardware diverso, tornando o Windows mais acessível a diferentes configurações de PCs.
Windows 1.04 (abril de 1987)
A última versão do Windows 1.0, a 1.04, adicionou suporte aos novos computadores IBM PS/2, mas não incluía suporte a mouses PS/2 ou novos modos gráficos VGA. Uma versão OEM lançada pela IBM em 27 de maio de 1987 complementou isso, adicionando suporte a VGA, mouse PS/2, MCGA e ao driver de exibição 8514/A. A 1.04 foi distribuída em disquetes de 3,5 polegadas de 720 KB pela IBM, como parte de pacotes como o "Personal Publishing System" e o "Collegiate Kit". Essa versão marcou o fim do ciclo do Windows 1.0, que foi substituído pelo Windows 2.0 em novembro de 1987. O suporte oficial ao Windows 1.0 durou até 31 de dezembro de 2001, o mais longo entre todas as versões do Windows.
Concorrentes da Época
Na década de 1980, o Windows 1.0 enfrentou concorrentes que também buscavam oferecer interfaces gráficas para PCs. Abaixo, analisamos os principais concorrentes, suas características, inovações, vantagens e desvantagens em comparação com o Windows 1.0.
1. Apple Lisa (1983)
Características: Lançado em janeiro de 1983 pela Apple, o Lisa foi um dos primeiros computadores pessoais com uma interface gráfica completa. Usava um sistema operacional próprio (Lisa OS), com ícones, janelas sobrepostas, menus suspensos e uma área de trabalho baseada em metáforas (como pastas e lixeira). Era multitarefa preemptiva, permitindo que vários aplicativos rodassem simultaneamente com maior estabilidade que o Windows 1.0.
Inovações: O Lisa introduziu conceitos de GUI que se tornariam padrão, como a metáfora de desktop e a interação com mouse. Incluía aplicativos integrados, como o LisaWrite e o LisaCalc, projetados para produtividade.
Vantagens: Interface mais sofisticada que o Windows 1.0, com janelas sobrepostas e multitarefa robusta. Hardware dedicado (Motorola 68000, 1 MB de RAM) garantia desempenho estável [20].
Desvantagens: Preço elevado (US$ 9.995, equivalente a cerca de US$ 31.000 em 2023), o que o tornava inacessível para o consumidor médio. Exigia desenvolvimento em um ambiente proprietário, limitando o número de aplicativos disponíveis.
Comparação com o Windows 1.0: O Windows 1.0 era muito mais acessível, rodando em PCs comuns com MS-DOS e exigindo apenas 192 KB de RAM. Embora menos avançado (sem janelas sobrepostas, por exemplo), o Windows permitia o uso de aplicativos MS-DOS existentes e incentivava desenvolvedores de terceiros, como Lotus (do Lotus 1-2-3) e Ashton-Tate (a criadora do dBASE e posteriormente adquirida pela Borland!), a criar programas sem exigir uma interface proprietária, ao contrário do Lisa.
2. Visi On (1983)
Características: Lançado pela VisiCorp em 1983, o Visi On foi um dos primeiros ambientes gráficos para PCs IBM. Rodava sobre o MS-DOS, mas exigia um ambiente Unix para desenvolvimento. Oferecia multitarefa, uma interface consistente com menus e janelas, mas usava gráficos monocromáticos CGA (640x200) e não tinha ícones ou barras de rolagem.
Inovações: Foi pioneiro ao trazer multitarefa e uma interface gráfica para PCs IBM, com um sistema portátil baseado em uma máquina virtual chamada Visi Machine, escrita em um subconjunto estrito de C.
Vantagens: Multitarefa mais avançada que a do Windows 1.0 e uma interface consistente. Permitia compartilhamento de dados entre aplicativos, um recurso avançado para a época.
Desvantagens: Exigia hardware caro (512 KB de RAM e disco rígido) e desenvolvimento em Unix, o que desencorajava desenvolvedores. A falta de ícones e barras de rolagem tornava a interface menos intuitiva. O preço (US$ 495) era alto para um ambiente gráfico.
Comparação com o Windows 1.0: O Windows 1.0 era mais acessível, exigindo menos RAM (192 KB) e permitindo desenvolvimento diretamente em MS-DOS ou Windows, o que atraiu mais desenvolvedores. Embora o Visi On tivesse multitarefa superior, o Windows 1.0 oferecia maior compatibilidade com aplicativos MS-DOS existentes e um preço mais baixo (US$ 99).
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3. IBM TopView (1984)
Características: Lançado em agosto de 1984, o TopView era um ambiente baseado em texto para MS-DOS, com suporte a multitarefa cooperativa. Não era uma GUI completa, mas permitia alternar entre aplicativos MS-DOS usando um sistema de menus.
Inovações: Introduziu multitarefa cooperativa em um ambiente baseado em texto, permitindo que usuários executassem múltiplos programas MS-DOS sem encerrá-los.
Vantagens: Leve, exigia apenas 128 KB de RAM e era compatível com a maioria dos programas MS-DOS. Preço competitivo (US$ 149).
Desvantagens: A ausência de uma interface gráfica limitava sua atratividade em comparação com GUIs como o Windows 1.0. A interface de texto era menos intuitiva para novos usuários.
Comparação com o Windows 1.0: O Windows 1.0 oferecia uma verdadeira interface gráfica com suporte a mouse, o que o tornava mais moderno e amigável. O TopView, embora mais leve, não competia com a experiência visual do Windows, que já incluía aplicativos gráficos como Paint e Notepad.
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4. Tandy DeskMate (1984)
Características: Lançado em novembro de 1984 pela Tandy Corporation, o DeskMate era um ambiente gráfico para PCs Tandy, rodando sobre o MS-DOS. Oferecia uma interface simples com ícones e aplicativos integrados, como um editor de texto e uma planilha. Realmente parecia uma mesa de escritório!
Inovações: Interface gráfica acessível para PCs Tandy, com foco em simplicidade e integração com hardware específico da marca.
Vantagens: Fácil de usar, com requisitos modestos (128 KB de RAM) e preço acessível, muitas vezes incluído com os computadores Tandy.
Desvantagens: Limitado a hardware Tandy, o que restringia seu mercado. Menos flexível que o Windows 1.0 em termos de suporte a aplicativos de terceiros. A versão DeskMate I e II até que funcionavam em hardware IBM-PC, mas as versões Personal Deskmate (as mais bonitas e modernas) rodavam apenas em computadores Tandy.
Comparação com o Windows 1.0: O Windows 1.0 era mais versátil, funcionando em uma ampla gama de PCs compatíveis com MS-DOS e suportando aplicativos de terceiros sem exigir uma interface específica. O DeskMate, embora simples, não tinha a mesma abertura para desenvolvedores.
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5. Macintosh (1984)
Características: Lançado pela Apple em janeiro de 1984, o Macintosh trouxe uma GUI revolucionária com janelas sobrepostas, ícones, menus suspensos e uma metáfora de desktop. Rodava o System 1.0, um sistema operacional completo, em um hardware Motorola 68000 com 128 KB de RAM.
Inovações: Popularizou a GUI com uma interface altamente intuitiva, projetada para o usuário final. Incluía aplicativos como MacWrite e MacPaint, que destacavam o potencial gráfico do sistema.
Vantagens: Interface amigável, com multitarefa limitada, mas estável, e integração perfeita entre hardware e software. Popularizou o uso do mouse.
Desvantagens: Preço alto (US$ 2.495) e ecossistema fechado, que limitava a compatibilidade com software de terceiros. Inicialmente, tinha pouca RAM (128 KB), o que restringia a execução de múltiplos aplicativos.
Comparação com o Windows 1.0: O Macintosh oferecia uma GUI mais avançada, com janelas sobrepostas e uma experiência mais polida. No entanto, o Windows 1.0 era mais acessível, rodando em PCs mais baratos e suportando aplicativos MS-DOS existentes. A abertura do Windows para desenvolvedores de terceiros contrastava com o ecossistema fechado da Apple.
Se você quiser experimentar o System Software da Apple, pode começar lendo o meu post (aqui), onde abordo mais detalhes sobre o Mac Classic e as diferentes versões do System e do Finder, além de entrar em detalhes sobre os principais emuladores. Resumidanente, da versão 1 até 7.5.5, o vMac Mini é a melhor escolha. Para emular do 7.x até o 8.1, se for versão Motorola 68k, a escolha é o Basilisk II. Já para System 7.5.2 até o 9.0.4, baseados em PowerPC, a escolha é o SheepShaver.
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Inovações do Windows 1.0
O Windows 1.0 trouxe várias inovações para o mercado de PCs na década de 1980:
- Interface Gráfica Acessível: Introduziu uma GUI para PCs comuns, com suporte a mouse e janelas em mosaico, tornando a interação mais visual e intuitiva que os sistemas baseados em texto como o MS-DOS.
- Multitarefa Cooperativa: Permitia executar múltiplos aplicativos simultaneamente, desde que usassem chamadas de sistema do MS-DOS. Embora fosse menos robusta que a multitarefa preemptiva do Apple Lisa, essa funcionalidade era uma inovação para PCs acessíveis, possibilitando, por exemplo, a execução simultânea de um editor de texto e um jogo como o Reversi, por exemplo.
- Suporte a Aplicativos MS-DOS: Diferentemente de concorrentes como o Lisa e o Visi On, o Windows 1.0 permitia rodar programas MS-DOS existentes em tela cheia, garantindo compatibilidade com o software já disponível.
- Abertura para Desenvolvedores: Não exigia uma interface proprietária, incentivando empresas como Lotus e Ashton-Tate a desenvolver para o Windows, ao contrário do Visi On e do Lisa, que impunham restrições.
- GDI (Graphics Device Interface): Uma camada de abstração para gráficos, permitindo que desenvolvedores criassem aplicativos sem se preocupar com os detalhes do hardware. Essa camada de abstração, escrita em C e Assembly, foi essencial para garantir a compatibilidade do Windows 1.0 com uma ampla gama de PCs, desde os modelos básicos da IBM até máquinas de fabricantes como Compaq e Zenith. Essa flexibilidade de hardware, combinada com requisitos modestos (192 KB de RAM, contra 1 MB do Lisa ou 512 KB do Visi On), tornou o Windows 1.0 acessível a um público muito maior.
Características Principais do Windows 1.0
- MS-DOS Executive: Gerenciador de arquivos básico, baseado no comando DIR do MS-DOS, mas com interação via mouse. Esse gerenciador de arquivos do Windows 1.0, embora simples, representou um passo inicial em direção a uma interface mais amigável, permitindo a navegação por arquivos com o mouse. Apesar de não suportar ícones, introduzido em versões posteriores, ele oferecia uma alternativa visual ao prompt de comando, facilitando o uso para iniciantes.
- Janelas em Mosaico: Não permitia janelas sobrepostas, o que limitava a flexibilidade, mas simplificava o gerenciamento de memória.
- Aplicativos Integrados: Incluía Calculadora, Paint, Notepad, Write, Terminal, Clipboard Viewer, Clock e Reversi, voltados para produtividade e entretenimento.
- Requisitos Mínimos: 192 KB de RAM (256 KB para a 1.01), MS-DOS 2.0, duas unidades de disquete ou disco rígido, e suporte a monitores CGA/EGA/HGC.
- Suporte a Hardware: Drivers para vídeo, teclado, mouse, impressoras e comunicações seriais, expandidos nas versões subsequentes.
Vantagens do Windows 1.0
- Acessibilidade: Preço de US$ 99 e requisitos modestos (192 KB de RAM) tornavam o Windows mais acessível que o Lisa (US$ 9.995) e o Visi On (US$ 495).
- Compatibilidade: Suporte a aplicativos MS-DOS existentes, permitindo uma transição suave para usuários de PCs IBM.
- Abertura para Desenvolvedores: A possibilidade de desenvolver em C e MS-DOS, sem a necessidade de Unix, atraiu mais desenvolvedores que o Visi On [8, 3].
- Suporte de Hardware: Compatibilidade com uma ampla gama de PCs MS-DOS, incluindo marcas como Compaq, Zenith e DEC.
- Longevidade: Suporte oficial até 2001 (!!!!), o mais longo de todas as versões do Windows, com compatibilidade de binários e código-fonte em versões modernas do Windows, graças à ênfase da Microsoft na retrocompatibilidade.
Desvantagens do Windows 1.0
- Desempenho: Críticas frequentes apontavam lentidão, especialmente ao executar múltiplos aplicativos.
- Janelas em Mosaico: A ausência de janelas sobrepostas limitava a flexibilidade em comparação com o Macintosh e o Lisa.
- Dependência do MS-DOS: Como um ambiente gráfico, não um sistema operacional completo, o Windows 1.0 dependia do MS-DOS, o que limitava sua independência.
- Poucos Aplicativos Gráficos: Inicialmente, havia poucos aplicativos projetados especificamente para o Windows, com exceção dos incluídos, como Paint e Notepad.
Por que o Windows 1.0 Sobreviveu aos Concorrentes?
Embora o Windows 1.0 tenha recebido críticas mistas, sua sobrevivência e eventual domínio podem ser atribuídos a:
- Preço e Acessibilidade: Com um preço significativamente menor e requisitos de hardware modestos, o Windows 1.0 era viável para o mercado de massa, ao contrário do Lisa e do Visi On.
- Estratégia de Desenvolvimento Aberto: A Microsoft incentivou desenvolvedores de terceiros, incluindo concorrentes, a criar aplicativos para o Windows, o que aumentou sua biblioteca de software ao longo do tempo.
- Compatibilidade com MS-DOS: A capacidade de rodar programas MS-DOS existentes garantiu uma base de usuários inicial, enquanto concorrentes como o Lisa exigiam novos aplicativos.
- Apoio de Fabricantes: Empresas como Compaq, Zenith e DEC prometeram suporte, ampliando a compatibilidade do Windows com diversos PCs.
- Persistência da Microsoft: Apesar dos atrasos e críticas, a Microsoft continuou a melhorar o Windows, lançando versões subsequentes (como o Windows 2.0 e 3.0) que corrigiram deficiências e conquistaram o mercado.
Comparação com Concorrentes em Interfaces Gráficas
Característica | Windows 1.0 | Apple Lisa | Visi On | Macintosh | TopView | DeskMate |
---|---|---|---|---|---|---|
Ano de Lançamento | 1985 | 1983 | 1983 | 1984 | 1984 | 1984 |
Preço | US$ 99 | US$ 9.995 | US$ 495 | US$ 2.495 | US$ 149 | Incluso com Tandy |
Requisitos de RAM | 192 KB | 1 MB | 512 KB | 128 KB | 128 KB | 128 KB |
GUI | Janelas em mosaico | Janelas sobrepostas | Janelas sem ícones | Janelas sobrepostas | Baseada em texto | Ícones simples |
Multitarefa | Cooperativa | Preemptiva | Cooperativa | Limitada | Cooperativa | Limitada |
Desenvolvimento | C e Assembly em MS-DOS | Proprietário | C em Unix | Proprietário | MS-DOS | Proprietário |
Compatibilidade | MS-DOS e Windows | Apenas Lisa | Apenas Visi On | Apenas Mac | MS-DOS | Tandy |
Principal Vantagem | Acessibilidade | Interface avançada | Portabilidade | Intuitividade | Leveza | Simplicidade |
Principal Desvantagem | Desempenho lento | Preço elevado | Desenvolvimento complexo | Preço alto | Sem GUI | Limitado a Tandy |
Curiosidades e Legado
O Windows 1.0 continha um easter egg, descoberto apenas em março de 2022, que lista os desenvolvedores com a mensagem "Congrats!". Sua retrocompatibilidade é notável: binários e códigos-fonte do Windows 1.0 ainda podem ser executados ou recompilados em versões modernas do Windows com poucas modificações.
O Windows 1.0 não alcançou o sucesso imediato do Macintosh, mas lançou as bases para o domínio da Microsoft no mercado de sistemas operacionais. Sua acessibilidade, compatibilidade e estratégia de abertura para desenvolvedores o tornaram uma escolha viável a longo prazo, enquanto concorrentes como o Lisa e o Visi On foram limitados por preços altos ou restrições técnicas. O Windows 1.0 foi o primeiro passo de uma jornada que culminaria no Windows 3.0 (1990), que consolidou a Microsoft como líder no mercado de PCs.
Instalação do Windows 1.04 no Proxmox
Vamos instalar a versão 1.04, para evitar os bugs já conhecidos. Estes eram os três discos do SO:
# VBoxManage clonehd --format RAW "Windows 1.04.vdi" "Windows 1.04.raw"
# qm importdisk 105 Windows 1.04.raw VM-Disk
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